O projeto de autoria do deputado estadual Jocelito Canto (PTB) proibindo o governo do Estado do Paraná a construir obras e liberar financiamentos sobre a malha rodoviária foi aprovado na sessão desta segunda-feira. A proposição de Canto, aprovada pela diferença de um voto (18 votaram pelo não e 19 pelo sim), pretende garantir e preservar a estrutura das ferrovias do Estado, ainda que estejam inativas. Na justificativa, o parlamentar lembra a subutilização da malha ferroviária, mas o projeto ainda vai impedir a obstrução das linhas, cuja utilização no futuro estará inclusive garantida.Na discussão de hoje, os parlamentares votaram a constitucionalidade. Amanhã, o projeto volta à pauta e os deputados passarão a debater o mérito. “O projeto tem o parecer favorável da CCJ, respeitando a constitucionalidade. Portanto, temos que respeitar este parecer da comissão. Depois vamos discutir o mérito”, disse o parlamentar, referindo-se ao líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli, que pedia a rejeição do projeto de Canto.IMLAinda durante o pronunciamento no grande expediente, Jocelito Canto cobrou medidas urgentes para o Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Grossa. Segundo o deputado petebista, mais uma vez precisou interceder para que houvesse agilidade no atendimento, destacando que a responsabilidade pela contratação de pessoas, funcionários e médicos legistas cabe ao Estado e não ao parlamentar.“O IML continua fazendo o povo sofrer. O governo falou que faria concurso para funcionários. Sempre digo que o IML é o local mais triste de uma cidade. Algumas vezes sou acionado para ajudar na liberação de um corpo porque uma família está esperando por volta de 12, 15 horas. Mas esta não é função do deputado”.CartóriosSobre as informações recebidas na semana passada em relação ao 2º Registro de Imóveis de Ponta Grossa, Jocelito Canto afirmou que mesmo o plenário não aprovando os requerimentos ao Tribunal de Justiça do Paraná, alguns documentos sinalizam também a existência de um super-cartorário atuando na cidade dos Campos Gerais. De acordo com Canto, um desembargador emitiu um parecer sobre irregularidades no 2º Registro de Imóveis. Agora, as informações deverão ser levadas à Comissão de Fiscalização da Assembléia Legislativa para que as dúvidas sejam esclarecidas.“A informação é de que o super-cartorário tem dois cartórios em Curitiba e um em Ponta Grossa e me parece que está querendo o 3º Registro de Imóveis ainda. Pergunto. Não se pode ter, por exemplo, dois cargos públicos, um de deputado e prefeito ao mesmo tempo. Será que é possível ter quatro cartórios? Por isso, tenho informações e o voto de um desembargador que sinaliza o caso de Ponta Grossa como estarrecedor”.