As três emendas ao projeto que reajusta em 6% o quadro de servidores do Paraná, de autoria do deputado Mauro Moraes e com a assinatura de outros parlamentares vão continuar vivas, apesar de Moraes ter mostrado interesse de retirar a matéria, depois que sofreu ameaças do partido de que seria expulso por não assimilar o fechamento de questão do PMDB em torno da mensagem original do governo. “Ele pode não assinar, mas nós da oposição vamos continuar firmes na idéia e queremos que ela tramite no plenário para votação”, destacou ontem o líder do PPS, deputado Marcelo Rangel, que conta com o apoio também do deputado Douglas Fabrício, do mesmo partido.O deputado se baseia nos artigos 117 e 118 do Regimento Interno da Assembléia Legislativa que não considera que uma emenda seja de autoria exclusiva de um único deputado, mas de todos os seus signatários: “é uma questão de gênero de proposição”, alertou Rangel.A emenda precisou do apoio de vários deputados. E assim, mesmo que Mauro Moraes se veja forçado a não apresentá-la, poderá retirar seu nome e será substituído por outro parlamentar da oposição, mas a idéia não será arquivada. Moraes foi ameaçado de expulsão do PMDB e com isso perderia o mandato, seria substituído nas comissões em que é membro na Assembléia e corria o risco de perder o mandato. Tudo por ter apresentado emenda fixando o reajuste de policiais, professores aposentados da ativa, inativos e profissionais da policia científica em 21%. “Se ele não pode, nós podemos e fazemos questão de que a matéria tramite e receba o crivo do plenário”, afirmou Rangel.
