16/04/2008 15h01 | por Karina Andrade / 41 3350-4053 - 4253
Na manhã desta quarta-feira, 16, foi realizada por proposição do deputado estadual e líder do PT, professor Luizão Goulart, uma Audiência Pública para debater com as Centrais sindicais e entidades de movimentos sociais a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução salarial.Compuseram a mesa da Audiência Pública que lotou o Plenarinho da Assembléia Legislativa, Roni Barbosa, presidente da Central Única de Trabalho (CUT), Sérgio Butka, presidente da Força Sindical do Paraná, Gláucio Oliveira, procurador do Ministério Público do Trabalho, Ernani Ferreira, coordenador da Federação Brasileira de Trabalho do Paraná, Heleno Bezerra, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, Luiz Fernando Busnardo, auditor fiscal, Manasses de Oliveira, vereador de Curitiba, Raul de Araújo Santos, da Secretaria Municipal do Trabalho, Núncio Manala, representando o secretário do trabalho Nelson Garcia, Epitácio dos Santos, presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores, Paulo Rossi, prsidente da União Geral dos Trabalhadores, José Aguinaldo, coordenador da Central Sindical dos Trabalhadores.Luizão acredita que o Brasil passa por um bom momento econômico, o que tem resultado num amadurecimento que possibilita travar essa discussão da redução da jornada. “Na Europa e na maioria dos países desenvolvidos já se pratica essa carga horária, o que significa mais pessoas no mercado de trabalho e mais dinheiro injetado na economia”, declarou o deputado.Para o presidente da CUT, este é o momento ideal para implantar a redução da jornada, necessária no Brasil. “Essa redução trará muitos benefícios aos trabalhadores, inclusive a queda de acidentes no trabalho visto que a maioria deles ocorre no final da jornada”, conta Barbosa. De acordo com cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) a redução da jornada de 44 para 40 horas semanais pode gerar 2,2 milhões de novos empregos em todo país. Dentre os benefícios destacados pelos componentes da mesa estão: mais qualidade de vida para o trabalhador que terá mais tempo para o estudo, família e lazer, aquecimento da economia, redução das desigualdades sociais, a diminuição do número de acidentes de trabalho, redução da taxa de desemprego e menos gastos com programas de transferência de renda.O projeto que prevê a redução da jornada já foi encaminhado ao Congresso Nacional, mas para ele ser votado, é preciso pressionar os deputados federais e senadores. Para isso, um baixo-assinado reivindicando a redução, circula em todo Brasil com o objetivo de reunir 1,5 milhões de assinaturas e entregá-lo ao presidente Lula no dia 1º de maio.Outra discussão levantada durante a audiência foi sobre a convenção 151 e 158.