Deputado Renato Freitas (PT) defende Comissão Especial para apurar os crimes cometidos contra a população Xetá no Paraná

22/04/2024 10h35 | por Assessoria Parlamentar
“A luta do povo Xetá é, sobretudo, a luta pela democracia. A verdade é que o Estado brasileiro, e nesse caso o Estado paranaense, cometeu crimes sucessivos contra os povos Xetás”, argumentou o deputado.

“A luta do povo Xetá é, sobretudo, a luta pela democracia. A verdade é que o Estado brasileiro, e nesse caso o Estado paranaense, cometeu crimes sucessivos contra os povos Xetás”, argumentou o deputado.Créditos: Divulgação/Assessoria Parlamentar

“A luta do povo Xetá é, sobretudo, a luta pela democracia. A verdade é que o Estado brasileiro, e nesse caso o Estado paranaense, cometeu crimes sucessivos contra os povos Xetás”, argumentou o deputado.

Em audiência pública para debater a luta do povo indígena Xetá, o deputado Renato Freitas defendeu a criação de uma Comissão Especial de Investigação para apurar os crimes cometidos contra a população Xetá no estado do Paraná. O encontro aconteceu no início de abril, mês em que se celebra o dia de luta dos povos indígenas no Brasil.

“A luta do povo Xetá é, sobretudo, a luta pela democracia. A verdade é que o Estado brasileiro, e nesse caso o Estado paranaense, cometeu crimes sucessivos contra os povos Xetás”, argumentou o deputado.

Os Xetá são reconhecidos como a última etnia do estado do Paraná a entrar em contato com a sociedade nacional. A partir da década de 40, com a ofensiva das frentes de colonização, a população Xetá teve seu território invadido e foi vítima de massacres e expulsões. Esta violência causou redução demográfica, expropriação do território tradicional e uma dispersão involuntária do povo Xetá, até que foram considerados “extintos”.

O Cacique Júlio César da Aldeia Indígena São Jerônimo conta que seu pai foi considerado louco por conversar com o espelho para praticar a língua materna. “O meu povo é um povo sofrido. Os nossos mais velhos foram retirados da mata e separados um do outro. Essa perda dos nossos antigos só fez fortalecer a gente pelo fato de que eles morreram lutando em relação à demarcação do nosso território que era um sonho deles que a gente ta até hoje na luta”, conta.

Presidente da Comissão de Igualdade Racial da Assembleia, Renato Freitas criticou a inexistência de parlamentares indígenas na Assembleia. “Nós vivemos num estado onde o próprio governador é um latifundiário. O perfil da Assembleia Legislativa do Paraná é também de grandes proprietários de terra. A concentração fundiária gera também concentração econômica que, por sua vez, gera também concentração política”.

Entre os encaminhamentos fruto da audiência pública estão: a instauração de uma comissão especial de inquérito que investigue todos os crimes praticados contra o povo Xetá, a articulação para retomar o território Xetá e proporcionar o convívio da população remanescente hoje dispersa.

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