Deputado Romanelli (pmdb)

06/08/2009 17h50 | por Setor de Taquigrafia/Zé Beto Maciel/Francisco Vitelli / h2foz@hotmail.com – contato@luizromanelli.com.br – daniel@luizromanelli.com.br / (41) 9648-110
Senhor presidente, senhores deputados, senhoras deputadas: subo a esta tribuna para comunicar a esta Casa que hoje pela manhã em contato com o secretário de Estado da Saúde, o médico Gilberto Martin, pudemos definir com ele aquilo que havíamos conversado ontem de poder convidá-lo para que ele pudesse vir a Assembleia Legislativa e poder conversar com os parlamentares e conversar com a sociedade paranaense através desse instrumento importante que a Assembleia tem de dar transparência ao que acontece aqui na Casa do Povo que é a TV Sinal. E se vossa excelência, senhor presidente, concordar, nós, na segunda-feira podemos confirmar a presença do secretário Gilberto Martin para poder de fato prestar todos os esclarecimentos sobre o tema que envolve aquilo que foi alvo ontem da sessão e que é motivo de preocupação das pessoas. Especialmente das famílias paranaenses que é essa pandemia da chamada gripe A, ou a H1N1, também conhecida como gripe suína, embora incorretamente. Quero publicamente adiantar que algumas das questões que foram tratadas aqui na Assembleia ontem me preocuparam muito, deputada Rosane Ferreira, porque a deputada Rosane Ferreira veio à tribuna da Assembléia para poder, tecnicamente - ela que é uma profissional da Saúde, enfermeira de profissão - explicar quais são os procedimentos que a área da saúde, pelo protocolo, definiu para que as pessoas que estiverem doentes, por conta da gripe A, possam ter acesso ao remédio que comercialmente tem o nome de Tamiflu, até porque o fabricante é a Roche.O princípio ativo do sal é um outro nome composto que eu não me recordo agora, mas que já está sendo produzido pelo governo brasileiro, através do princípio ativo que é o que de fato interessa. Serão produzidos, num prazo muito curto, 9 milhões de tratamentos que é assim que se define tecnicamente e que, efetivamente, vai atender todas as pessoas que necessitarem do medicamento. Ao mesmo tempo temos que reconhecer que há uma grande desinformação em relação ao tema e eu gostaria, até por conta do que conversei com o secretário da Saúde, Gilberto Martin, explicar a todos, é claro, muito provavelmente no final da sessão ainda vai chegar um deputado desavisado que não participou do processo de debate, mas que vai falar alguma coisa para alarmar mais as pessoas como se não bastasse a preocupação que os pais, as mães, enfim todas as pessoas estão com relação a esse tema. Ou seja, todos nós sabemos que os grupos de risco são aqueles mesmo que desde o começo se falou, as crianças menores de 2 anos, as mulheres grávidas, elas estão sendo vítimas desse processo todo, além, é claro, dos idosos com mais de 65 anos. Mas o fato é que a posição do Governo do Paraná é a posição do Ministério da Saúde, mas temos que dizer o seguinte, só para deixar claro, nenhuma única pessoa, inclusive tivemos ontem o anúncio do número de pessoas que depois que o Paraná passou a receber autorização do Ministério e através do Lacen realizar os exames e identificar as pessoas, nós temos que reconhecer que o número de pessoas que morreram por conta da gripe A foram 21 pessoas. Esse número, se formos comparar, não é isso que se trata agora, mas se formos comparar com as gripes de julho de 2008.Nós temos que pensar o seguinte:- o número de pessoas que têm falecido é proporcional ao número de pessoas que, por exemplo, em julho de 2008, quando não havia gripe A, tiveram por conta das complicações decorrentes do sistema imunológico dessas pessoas, pela sua fragilidade, acabaram sendo vítimas da gripe comum, da gripe normal. O que eu quero dizer é o seguinte: o Governo do Estado e a Secretaria da Saúde estão procedendo da seguinte forma, ninguém precisa ter o exame comprovando que está com a gripe para poder receber o remédio comercialmente conhecido como Tamiflu. Por que não precisa? Porque o procedimento é o seguinte o Governo do Paraná confia nos médicos que nós temos. Os profissionais da área de saúde do Paraná, os médicos, não só os médicos, mas todos os profissionais, mas especialmente os médicos. Refazendo deputado Rosane Ferreira aquilo que vossa excelência me explicava inclusive, fazendo um exame físico no paciente, para identificar efetivamente se ou não os indícios da presença da pessoa ter de fato sido contaminado com o vírus H1N1. Por quê? Porque a pessoa vai ter uma febre alta. É uma febre alta mesmo, não é uma febre de 38 graus. É febre de 39 graus, 40 graus. É a pessoa que tem um tipo de tosse que é característica e o médico identifica isso com muita facilidade. Ao mesmo tempo, o que faz o médico? Ele vai prescrever o Tamiflu e em contato com a Sesa, porque o Governo Federal tem um controle hoje, ou seja, a vigilância epidemiológica é que vai o controle do medicamento. Em havendo a prescrição do médico, independente se tenha o resultado positivo do exame, esta pessoa recebe o Tamiflu para que o tratamento se inicie imediatamente e não se espere o resultado que demora 48 horas. Quando começamos a fazer aqui demorava 15 dias, para fazer esse exame. A verdade é que nós temos medicamentos, tem Tamiflu para todas as pessoas que contraírem a gripe A. Os médicos são pessoas responsáveis. Eles fazem exame clínico, físico, identificam os sinais e vão prescrever o Tamiflu de acordo com a necessidade. O que não podemos é achar que cada um de nós vai quer ter uma cartelinha de Tamiflu em casa, guardada. É claro que não! Tamiflu não é como Aspirina, como qualquer outro remédio comum que está ai nas prateleiras das farmácias. O Tamiflu é um remédio específico para combater esse determinado tipo de vírus. O que acontece bem pontualmente, nós temos os tratamentos, a Secretaria de Saúde administra essa situação junto com os profissionais da área médica. O que não podemos é fazer uma epidemia de histerismo e levar as pessoas a ficar mais nervosas do que estão hoje. Nós temos que ter clareza que a situação tem que ser administrada. O medicamento tem que ser prescrito e está sendo prescrito de acordo com a sintomatologia do paciente identificado pelo profissional. O exame confirmatório vem depois. O médico antes prescreve dá o Tamiflu e trata da pessoa. É assim que está sendo feita aqui no Paraná. É desse jeito que está funcionando e vai funcionar dessa forma.O que não podemos fazer é o seguinte, tem lá os tratamentos necessários, está se produzindo mais medicamentos que dá para sair num estado, que tem 10 milhões 456 mil habitantes. Distribuir 10 milhões 456 mil tratamentos para as pessoas. Quem precisa de tratamento é quem está doente, que tem que ser prescrito o remédio por um médico, que sabe exatamente o que está fazendo, que vai notificar a vigilância epidemiológica da Secretaria de Saúde, com ela estabelece a relação para poder prescrever. Diga-se de passagem, hoje mesmo no meu gabinete eu recebi uma pessoa do município da região Sul que já contraiu a gripe A e que já foi tratada com o Tamiflu, no segundo comprimido que a pessoa toma a gripe desaparece como por mágica. Na verdade o remédio é extremamente eficaz para combater de fato a gripe. Agora de fato tem que ser dado muito rapidamente para poder de fato combater já nos primeiros sinais da gripe. Com a palavra o Deputado Reni Pereira. Deputado Reni Pereira: Na verdade vossa excelência traz à tona com muita responsabilidade esse problema que é uma pandemia, mas os paranaenses estão na verdade num pandemônio. Eu acabei de receber uma ligação do município de Prudentópolis onde não sei de quem foi a irresponsabilidade, um comerciante que não tem a gripe H1N1 inclusive já está praticamente restabelecido, mas devido, hoje todo mundo tem um sintoma de gripe vem para cá. Inclusive a deputada Rosane Ferreira está tentando contatar, ver se conseguimos o resultado, a negativa desse exame. O que acontece? A irresponsabilidade de alguns agentes divulgarem o nome desse comerciante. Ele me ligou: “estou desesperado, ninguém passa nem na quadra do meu posto de gasolina.” Uma cidade pequena isso ventilou. Está um pandemônio no município. Então, esse diagnóstico e essa apuração é grave? É grave, acredito que tomando as medidas profiláticas daqui a pouco já está esquentando e já vai minimizar as condições para a propagação do vírus. Mas quero me somar a vossa excelência e dizer que essa irresponsabilidade principalmente de algumas pessoas que não preservam o nome. Hoje foi noticiado em Foz do Iguaçu um óbito, não vi o nome da pessoa e espero que não saia, porque há um preconceito muito grande que se criou no imaginário coletivo que parece que é o fim do mundo. É grave? É grave, não vamos aqui minimizar. Só que a situação hoje, se falar em gripe H1N1 a 1 km daqui todo mundo sai correndo. Imaginem quando você identifica o fulano está com H1N1, sai todo mundo de perto dele, dos parentes, de todo mundo. Isso está sendo criado hoje no Estado do Paraná.Deputado Luiz Claudio Romanelli: Noventa e oito por cento das pessoas vão ter a gripe na forma benigna dela. Muitas pessoas nem vão saber que estão com a gripe, apenas 2% apenas que vão ter que ter que tomar o remédio, o Tamiflu para enfrentar a gripe A. É muito histerismo, da pandemia virou um pandemônio, mas por que? Por conta da desinformação profunda de pessoas que são irresponsáveis do ponto de vista de causar uma grande aflição nas pessoas de forma desnecessária, quando temos que ser absolutamente preventivos.Deputado Marcelo Rangel: Deputado Romanelli, é muito importante o seu pronunciamento na Assembleia Legislativa para tratar desse assunto. Porque o que mais precisamos e o que vamos cobrar muito na Assembleia, porque ontem houve uma discussão e o senhor falou muito bem, nós não podemos partidarizar um problema gravíssimo de saúde, uma doença que infelizmente está se estabelecendo no mundo. Mas temos que fazer uma cobrança, a cobrança por informações claras para que as pessoas, os cidadãos paranaenses tenham ciência dos problemas e como se precaver e como se prevenir com relação a essa terrível doença. É claro que não podemos criar pânico nas pessoas. O senhor está corretíssimo. Porem é algo seriíssimo, é algo grave, é uma doença que mata jovens, inclusive sadios, mulheres grávidas que tiveram essa doença faleceram por causa desse vírus. Portanto, o senhor que é Líder do Governo, o senhor tem uma responsabilidade muito grande, porque o senhor está em contato diretamente com o secretário de Saúde que é um médico responsável, já falei varias vezes, já disse várias vezes mesmo sendo deputado de oposição, faço cobranças muito grandes com relação à saúde, ele é muito responsável, um homem muito sério. Mas ele precisa entrar em contato mais vezes com a população, ir a TV Educativa, utilizar esse grande veículo que tem uma penetração muito grande nos lares paranaenses para trazer informações claras com relação a essa doença, porque é o que os cidadãos estão cobrando de nós deputados. Gostaria de fazer esse pedido ao senhor para que leve esse pedido ao secretário para que ele também se pronuncie o mais rápido possível.Deputado Luiz Claudio Romanelli: Obrigado. Ele está tomando todas as medidas. Hoje pela manhã conversei longamente com o governador Requião sobre esse tema. O governador me relatou as conversas que teve com o ministro da Saúde, Gomes Temporão, com os técnicos, não só os técnicos, mas os dirigentes da Fundação Oswaldo Cruz, da FioCruz que foram as grandes responsáveis e estiveram aqui no Paraná. Essa gente é gente especialista em saúde pública, eles sabem exatamente o que estão fazendo. Nós temos uma situação grave, é grave, só que nós não podemos, na verdade, tentar surfar na desgraça de uma doença que todos nós sabemos que é muito grave. Mas é uma gripe, igual às outras gripes com aquelas condicionantes que nós temos de alguns dos grupos específicos. Estou tentando explicar porque é que as mulheres gestantes têm que tomar mais cuidado.Presidente deputado Augustinho Zucchi: Antes de permitir os apartes quero dizer que foi recomendado a esta Casa que façam sessões rápidas tendo em vista os problemas que são eminentes e a situação do plenário. Temos os nossos funcionários e seria bom que pudessem se deslocar para as suas casas antes das seis horas da tarde temos outra Sessão depois dessa.Deputado Plauto Miró: Agradeço senhor presidente e essa preocupação tomou conta de todas as pessoas, jovens, pessoas de mais idade e meia idade. Uma informação importante que o senhor nos traz aqui a questão da flexibilização do uso do medicamento dizendo que todos terão acesso e naturalmente com muito mais agilidade e rapidez. Isso é importantíssimo, questão de saúde é uma coisa para ser discutida por todos, mas as decisões são tomadas pela área da saúde. Está nas mãos das autoridades em especial da saúde, as atitudes que tem que ser tomada para tentar conter o avanço dessa gripe que nós diariamente vemos através das informações que acontecem em todo mundo, em especial no nosso país. Quero parabenizar o seu pronunciamento pela responsabilidade, porque agora é hora de responsabilidade. Quando se fala em flexibilização que todos terão acesso no momento certo ao remédio Tamiflu, isso é uma grande informação que vossa excelência traz como líder do Governo em nome do Governo e também em nome do secretário de Saúde do Estado do Paraná.Deputado Luiz Claudio Romanelli: Não se trata de mudar nada do que está sendo feito. O Governo e a Secretaria de Saúde desde o início têm tomado essa atitude. Todas as pessoas que foram examinadas clinicamente por um médico ou médica, receberam quando prescrito o remédio indispensável para o tratamento que é o nome comercial Tamiflu. O fato é que o Governo é que ele não está flexibilizando, ele está agindo com firmeza, porque efetivamente não dá para esperar o exame ficar pronto para a pessoa receber o remédio, até por causa dos prazos que nós estamos tratando. Se trabalharmos na prevenção, nós vamos ter um resultado que daqui a duas semanas vai diminuir muito a tensão que estamos vivendo.Deputada Rosane Ferreira: Só para lembrá-lo, que nós conversamos com o Doutor Gilberto Martin e o senhor também é conhecedor dessa informação. O Doutor Gilberto Martin estava disponível para estar aqui na Assembléia conosco no dia de amanhã, só não o fará porque nós anteciparemos a sessão para à tarde de hoje, ele estará apto para estar aqui na segunda-feira para que possa fazer uso dessa tribuna e responder os questionamentos dessa Casa. Foram as palavras do secretário, ontem, com a minha pessoa. E se for do entendimento desta Casa e com a devida autorização da mesa diretora, na segunda feira ele estará aqui. O senhor confirma esta informação. Parabéns pelo seu pronunciamento e muito obrigado.Deputado Luiz Claudio Romanelli: Perfeitamente, deputada. Agradeço muito, até porque a interlocução com vossa excelência tem sido extremamente importante, do ponto de vista de buscarmos, de fato, as informações técnicas indispensáveis que vossa excelência, que é profunda conhecedora, sabe do tema melhor que qualquer um de nós, também os profissionais médicos desta Casa. Mas vossa excelência, além de ser enfermeira, tem o marido que é médico, que cuida das pessoas, que sabe o que está acontecendo. Então, isto é muito importante.Penso eu que segunda feira o Doutor Gilberto Martin estará aqui nesta tribuna para poder esclarecer todos os detalhes. Vamos ter cautela. Recomendar segurança. Vamos dar o exemplo de Curitiba. Curitiba tem o secretário municipal da Saúde, que é o vice-prefeito Luciano Ducci. Curitiba tem uma rede, postos de saúde, a Prefeitura de Curitiba trabalha em perfeita sintonia com o Governo do Estado na questão que envolve a Gripe A como trabalham os municípios da região metropolitana. Vamos manter bem articulada esta rede de assistência básica à saúde. Ela é fundamental. As pessoas têm que procurar os postos de saúde. Os profissionais sabem o que tem que ser feito. E cada um, seja o governador Roberto Requião, seja o prefeito de Curitiba, Beto Richa, sejam os prefeitos da região metropolitana e cada prefeita ou prefeito do Paraná está tomando as medidas necessárias.O que temos que ter é muita cautela e ao mesmo tempo, trabalhar com a prevenção. Inclusive, este tema que vossa excelência falou, deputado Augustinho Zucchi, da questão da aglomeração, da lavagem dez vezes por dias das mãos, com sabão, passar álcool com gel, tomar cuidado, quem estiver gripado, não ficar com outras pessoas. São coisas simples, como deixar os ambientes arejados. São estas medidas que fazem a grande diferença. É a prevenção. É só olhar aqui. Nós temos o mesmo risco de pegar a Gripe A quanto pegar uma gripe comum. Eu, por exemplo, faz 10 anos que não pego uma gripe. Pode ser que até eu seja vítima da Gripe A, mas, veja bem, em tese a pessoa que não pega gripe, que está com o sistema imunológico bom, normal, não vai pegar a gripe. É a Gripe A. Pega-se da mesma forma que a gripe comum. Quem não tem, ultimamente, problemas com a gripe comum, não vai ter a Gripe A também. Não tem um índice maior de contaminação das pessoas. Vamos ter cautela com o que estamos fazendo.

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