*Luiz Cláudio Romanelli A economia paranaense continua crescendo num ritmo superior ao nacional, oi que está levando o Paraná a ocupar progressivamente uma parcela maior do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Os dados revelados na última semana pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social) apontam que o PIB paranaense registrou em 2007 um crescimento de 6,76%, atingindo o valor de R$ 161,58 bilhões. No mesmo período, o PIB nacional cresceu 6,09%, chegando a R$ 2,66 trilhões. O Paraná agora é responsável por 6,07% do PIB brasileiro, sendo o quinto estado brasileiro na produção de bens e serviços (atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais e aproximando-se rapidamente do Rio Grande do Sul, que responde por 6,64% do PIB nacional). O crescimento do Paraná vem sendo significativo já há alguns anos. Em 2005, a taxa foi de 5,90% e, no ano seguinte, de 5,77%, mesmo com os prejuízos causados à agricultura pela forte estiagem. É bom lembrar que, embora a agropecuária represente apenas 8,56% do PIB paranaense, a atividade tem grande efeito multiplicador, principalmente nos municípios do interior, pois aumenta o poder de compra da população e a aquisição de implementos agrícolas, beneficiando assim o comércio e a indústria. A indústria de transformação foi a principal responsável pelo aumento do PIB paranaense, registrando um crescimento de 6,69%, sendo que em alguns ramos, como o dos veículos automotores (30,46%) e máquinas e equipamentos (21,39%), o avanço foi muito maior. Isso mostra, sem sombra de dúvida, que estamos no caminho de uma rápida industrialização. Registrou-se crescimento, igualmente, nos setores primário e terciário. A venda de equipamentos de escritório, informática e comunicação cresceu 28,41%, enquanto na agricultura a produção de trigo, cana-de-açúcar, milho e soja aumentou, respectivamente, 55,89%, 35,29%, 26,85% e 26,85%. Por que estou dizendo tudo isso? Porque há tempos insisto na tese de que o atual governo paranaense adotou uma política que, a par de beneficiar as parcelas da população mais carentes e as regiões menos favorecidas, é também uma política ousada e inteligente, que conduz o Paraná na trilha do desenvolvimento seguro. Falando nisso, quero aproveitar para aplaudir a decisão de meus colegas deputados, que aprovaram projeto do governador Roberto Requião que prevê a remissão de dívidas das companhias municipais de desenvolvimento de Curitiba, Londrina, Maringá, Araucária, Campo Largo, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande e Piên. Essas dívidas alcançavam o valor de R$ 959,9 milhões, sendo a maior a de Curitiba (R$ 464,6 milhões). Eram dívidas impagáveis, mas que restringiam o acesso desses municípios a financiamentos e empréstimos públicos. O prefeito de São José dos Pinhais, Ivan Rodrigues, avalia que a medida possibilitará o investimento em obras que impulsionem o desenvolvimento do município, cuja dívida era a segunda maior: R$ 241,7 milhões. Posições semelhantes manifestaram também os prefeitos de Londrina, Barbosa Neto, de Piên, Gilberto Dranka, e de Curitiba, Beto Richa. Em resumo: com o perdão dessas dívidas, que não seriam pagas de qualquer jeito, o Estado nada perde, os municípios ganham e, com isso, ganhamos todos.Luiz Claudio Romanelli, 51, advogado, especialista em gestão urbana, deputado estadual, vice-presidente do PMDB do Paraná, líder do Governo na Assembleia Legislativa – www.luizromanelli.com.br – romaneli@uol.com.br