Deputado Soldado Fruet anunciou que votará contra os novos pedágios Parlamentar alertou que, em pouco tempo, as tarifas estarão mais caras que as atuais e sugeriu uso do IPVA para custear a manutenção das rodovias.

09/08/2021 16h07 | por Assessoria parlamentar
Deputado Soldado Fruet (PROS).

Deputado Soldado Fruet (PROS).Créditos: Toni Ricardo

Deputado Soldado Fruet (PROS).

O deputado Soldado Fruet (PROS) anunciou, na sessão desta segunda-feira (09) da Assembleia Legislativa do Paraná, que votará contra o projeto de lei que autoriza a delegação de rodovias estaduais para a nova concessão rodoviária federal por 30 anos, encaminhado pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa. "Eu votarei com o povo do Paraná. Votarei com minha consciência tranquila, sabendo que esse é o voto esperado por cada cidadão paranaense”, declarou, ressaltando que “daqui a alguns anos, cada um poderá olhar para trás e lembrar do seu voto nesta Casa, ver se fez o bem, se respeitou o cidadão ou se semeou uma praga”.

“Desde sempre, manifestei-me contrário a qualquer nova praça de pedágio e a qualquer pedágio com valores exorbitantes, como é o caso aqui no Estado do Paraná”, destacou. Segundo ele, após divulgar em suas redes sociais um vídeo expondo sua preocupação com o tema, recebeu muitos comentários da população revoltada com as novas concessões. O Líder do PROS na Assembleia Legislativa criticou o discurso “requentado” do governador Carlos Massa Ratinho Junior, “o mesmo usado pelo ex- governador Jaime Lerner, que deixou um legado incrível no Estado, mas deixou também um mal chamado pedágio”.

Na avaliação de Soldado Fruet, o fato de a licitação ocorrer na Bolsa de Valores não é sinônimo de transparência nem de legalidade, caso contrário, toda licitação realizada em outro local não seria transparente. Para ele, faltou transparência ao realizar uma reunião fechada com deputados da base, sem ouvir a todos os representantes da população, e ao apresentar um projeto que não detalha onde serão as praças de pedágio, sem levar em conta as contribuições das audiências públicas realizadas em todo o Estado. 

Peso no bolso - O parlamentar até concordou que o Paraná terá um gigantesco canteiro de obras, mas criticou o reajuste de 40% nos valores após as duplicações, “afinal, serão 15 novas praças de pedágio e, somadas às que já existem e à ânsia das concessionárias por ganhar mais, com certeza teremos muitas obras, pois são elas que garantirão a cereja do bolo, que é o degrau tarifário - maldita peça incluída no processo para garantir mais alguns bilhões às concessionárias e para sangrar ainda mais os bolsos dos paranaenses”.

Além disso, o deputado alertou que, em pouco tempo, os preços dos novos pedágios já superarão os valores atuais. Na praça de São Miguel do Iguaçu, no Oeste do Estado, onde hoje o valor é de R$ 18,30, com o desconto inicial mínimo de 30%, alardeado pelo governador, e supondo que a concessionária ofereça mais 10%, chegando a 40% de redução, “parece um ótimo negócio, mas, em sete anos, com os reajustes inflacionários mais o degrau tarifário, já teremos uma tarifa de pelo menos R$ 22 nesse pedágio”. Por isso, indagou: “Onde está o preço justo? Onde estão os menores preços?”, frisando “Chega de mentiras, chega de iludir o povo paranaense. Pedágio não é bom, pedágio nunca será barato, pedágio é retrocesso".

Chamou a atenção do deputado a mensagem recebida do Juliano, morador de São Luiz do Purunã. Para trabalhar, ele passa diariamente pelo pedágio instalado a poucos metros de casa e calcula que pagará cerca de R$ 112 mil em pedágio nos próximos 30 anos. “Pelo Juliano e por cada paranaense, eu não me calarei, jamais concordarei com a cobrança de pedágio no Estado”, afirmou, citando que há outras fontes de recursos para manter as estradas. “A arrecadação de IPVA nos próximos 30 anos será de mais de R$ 120 bilhões, R$ 4 bilhões por ano, dinheiro que deveria ser usado na manutenção de rodovias e hoje é usado ao bel-prazer dos governantes”. A justificativa para os novos pedágios é que serão investidos R$ 44 bilhões nas rodovias em 30 anos. “Se for assim, realmente não precisamos de pedágio, pois apenas o IPVA arrecadado nesse período é quase três vezes maior”, comparou Soldado Fruet.

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