Deputado utiliza cadeira de rodas para representar as pessoas com deficiência Deputado Subtenente Everton (PSL) fez um alerta para a falta de acessibilidade nas cidades.

17/12/2019 13h52 | por Diretoria de Comunicação com assessoria parlamentar
Deputado Subtenente Everton (PSL).

Deputado Subtenente Everton (PSL).Créditos: Orlando Kissner/Assembleia

Deputado Subtenente Everton (PSL).

A acessibilidade deve existir em todos os lugares para que todas as profissões possam ser ocupadas por pessoas com deficiência. “Essa é a verdadeira inclusão. Precisamos entrar no mundo das pessoas com deficiência para entender suas dificuldades”, disse o deputado Subtenente Everton (PSL) quando, utilizando uma cadeira de rodas adentrou ao plenário da Assembleia Legislativa do Paraná, para chamar a atenção da sociedade e demais autoridades. O parlamentar falou de discriminação, de direitos e do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, lembrado em 3 de dezembro.

Antes, o deputado Subtenente Everton passou pela experiência de percorrer de cadeira de rodas a extensão da Avenida. Cândido de Abreu, onde estão localizados a prefeitura, o Palácio Iguaçu e a Assembleia Legislativa. O parlamentar teve a oportunidade de perceber as principais dificuldades de acessibilidade. “Curitiba pode ser modelo para muitas coisas, mas para acessibilidade deixa muito a desejar”, declara. “Sabe por que é difícil? Porque as pessoas que tomam as decisões, elas não andam de cadeira de rodas”, conclui.

Dificuldades gerais dos deficientes - No plenário, o deputado informou que tem encontrado um quadro lastimável em instituições que atendem pessoas com deficiência intelectual, lugar onde elas encontram sua principal fonte de alimentação. “Elas vão para estas instituições para, além de aprenderem, comer. Esta é uma triste realidade do mundo moderno, no qual avançamos tanto em alguns aspectos, mas as pessoas com deficiência ainda estão esquecidas pela sociedade e pelo poder público”, lamenta. Outro ponto levantado por ele e que ninguém fala é o preconceito. “Precisamos deixar de ser hipócritas porque o preconceito existe sim, a maioria das pessoas desconhece a forma de lidar com uma pessoa com deficiência”, afirma.

O parlamentar cogitou a hipótese de utilizar um bastão para cegos e ir para a Assembleia de olhos vendados, mas optou pela cadeira de rodas, porque particularmente teria muito mais dificuldades sem a visão. “Deixo os meus parabéns a todas as pessoas com deficiência que se superam todos os dias, mesmo sabendo que as nossas cidades não são preparadas para recebê-las”, disse.

Homenagem merecida - Segundo o deputado Subtenente Everton, ele gostaria de ter feito essa homenagem em 3 de dezembro, no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, mas lembra que neste dia a Assembleia Legislativa foi invadida. “Foi invadida, depredada, destruída por pessoas que vieram pedir tantas coisas”, disse. “Todos que vieram aqui se manifestar, gritar e quebrar, todos eles eram pessoas perfeitas, tinham todos os seus sentidos plenos, tinham vitalidade, tanto que depredaram a Assembleia Legislativa. Que essas pessoas se lembrem que isto tudo será consertado com dinheiro público”, esclarece.

Em seu discurso, o deputado ainda citou o exemplo da mãe que parou de trabalhar para cuidar do filho de dez anos, vítima de uma bala perdida. “Não tem renda, não tem emprego, infelizmente a legislação trabalhista não ajuda”, destaca e lembrou que muitas pessoas como ela vivem na penúria.

Projetos de Lei - O deputado Subtenente Everton é membro da Comissão da Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente, do Idoso e da Pessoa com Deficiência; é coordenador da Frente Parlamentar em Apoio e Defesa ao Paradesporto e coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Primeira Infância. Ele acredita na inclusão através do esporte e tem protocolado o Projeto de Lei 667/2019 que garante a acessibilidade das pessoas com deficiência às praias do Paraná através da aquisição de cadeiras de rodas anfíbias e esteiras facilitadoras de deslocamento.

Pessoas com Deficiência no Brasil - Muitas pessoas não sabem, mas o maior índice de deficiência no Brasil é a visual, são 3,4% de deficientes visuais. Por isso, o deputado Subtenente Everton também é autor do Projeto de Lei 913/2019 que assegura às pessoas com deficiência visual no Paraná o acesso à certidões de registro civil confeccionadas em braile. O projeto abrange as certidões de nascimento, casamento e óbito.

O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência (PcD) foi criado em 3 de dezembro de 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU), e abrange deficiências físicas e mentais. De acordo com a ONU, 10% da população mundial possui algum tipo de deficiência, no Brasil são 45 milhões, segundo dados do IBGE. No Paraná esse índice é de 22%, ou seja, uma em cada cinco pessoas possue deficiência visual, auditiva, motora ou intelectual. São 2,4 milhões de pessoas.

No censo do IBGE de 2010, a deficiência visual estava presente em 3,4% da população brasileira; a deficiência motora em 2,3%; deficiência auditiva em 1,1%; e a deficiência mental/intelectual em 1,4%.

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