Deputados Lançam Campanha do “não” No Paraná

10/10/2005 15h40 | por Flávia Prazeres
Para Editoria de PolíticaDistribuído em 10/10/05Jornalista: Flávia Prazeres DEPUTADOS LANÇAM CAMPANHA DO “NÃO” NO PARANÁLideranças nacionais e estaduais se reuniram na Assembléia Legislativa para o lançamento da Frente Parlamentar Pela Legítima Defesa, que defende o “Não” no referendo popular do próximo dia 23 “Proibir a venda legal de armas não é a solução.” Essa é a opinião de 33 dos 54 deputados estaduais paranaenses, que se opõem à proibição da comercialização de armas no Brasil. Para isso, lideranças nacionais e estaduais se reuniram nesta segunda-feira (10), no plenarinho da Assembléia Legislativa, para o Lançamento da Frente Parlamentar Pelo Direito à Legítima Defesa. O movimento é encabeçado no Paraná pelo deputado estadual Élio Lino Rusch (PFL) e pelo deputado federal Abelardo Lupion, presidente estadual do PFL. Ambos assinalam que o referendo popular do dia 23 de outubro vai contra a Constituição Federal, pois retira do cidadão o direito de defender a sua família e sua propriedade, o que estabelece a Constituinte, promulgada em 1988. Durante seu pronunciamento, Rusch falou sobre a importância desta discussão e da precariedade em que ela está sendo abordada. Na opinião do parlamentar, essa é uma questão complexa “que deveria ser debatida por muito mais tempo”. Ainda mencionou a repercussão no interior do Paraná sobre o referendo popular e disse que as pessoas são contra o desarmamento e defendem o direito de escolha individual, como ocorre hoje. Outro ponto levantado é o valor que será gasto para a realização do referendo popular, cerca de R$ 570 milhões segundo o presidente da Frente Parlamentar, Alberto Fraga (PFL). Para os defensores do voto “Não”, o valor poderia ser usado para o aparelhamento da segurança nacional. O presidente nacional da Frente Parlamentar pelo Direito à Legitima Defesa, Alberto Fraga, ao falar sobre o assunto, criticou o fato de a campanha do “Sim” ser veiculada em novelas e disse estar movendo um processo legal contra a Rede Globo pelo folhetim “Bang Bang”, pedindo sua suspensão. Ele alega que a novela se pronuncia a respeito do tema, pregando o desarmamento, mas não levanta a discussão sobre o assunto, apenas coloca a posição do autor. CONSTITUIÇÃO FEDERAL - O deputado federal Abelardo Lupion, 3º vice-presidente e delegado estadual da Frente Parlamentar pelo Direito à Legítima Defesa também se pronunciou. Lupion afirmou ser contra, pois acredita que o direito constitucional deve prevalecer. Em seguida, o deputado federal Max Rosenmann (PMDB) declarou ser defensor da vida e que encara a medida como “extremista”. Ainda abordou o fato de que nos Estados Unidos morrem sete norte-americanos a cada 100 mil por arma de fogo. Segundo ele, no Brasil morrem 78 a cada 100 mil pessoas a cada ano. O desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, João Kopytowski, disse abominar este referendo devido aos seus custos elevados, por apresentar uma pergunta capciosa, “quando o sim é não e o não é sim”. Ele ressalta que precisamos de uma política contra o crime organizado. Para o deputado estadual do PMDB, delegado Bradock, é “lamentável” a afirmação de que as “pessoas de bem” são responsáveis pelos crimes. Em relação aos chamados acidentes domésticos, o parlamentar indaga se “estamos lutando contra o crime organizado ou o doméstico”. E ele também defende o direito de defesa.Para Fraga, o referendo é uma “medida populista”. “Somos intitulados como bancada da bala, mas ao menos não somos a bancada da mala, pois defendemos o direito legítimo”, assinala. Ele ainda parabenizou o Paraná pela iniciativa do lançamento desta campanha e disse que este é o Parlamento com maior número de deputados contra o desarmamento no Brasil.Estiveram presentes o deputado estadual, Élio Lino Rusch (PFL), o presidente da Frente Parlamentar pelo Direito da Legítima Defesa, Alberto Braga (PFL), 3º vice-presidente e Delegado Estadual da Frente Parlamentar, deputado federal Abelardo Lupion, presidente do Comitê Civil da Frente Parlamentar, Antonio Carlos Walser, desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, João Kopytowski, deputado federal Max Rosenmann (PMDB) e os deputados estaduais, Francisco Buhrer (PSDB), César Seleme (PMDB), Delegado Bradock (PMDB), Ailton Araújo (PPS) e Nelson Justus (PFL).

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