Deputados não descartam CPI da Linha Verde e defendem fiscalização conjunta

27/04/2021 13h32 | por Cláudia Ribeiro
Podcast Audiência pública ouviu sociedade sobre os atrasos nas obras da Linha Verde, em Curitiba.

Audiência pública ouviu sociedade sobre os atrasos nas obras da Linha Verde, em Curitiba.Créditos: Reprodução

Audiência pública ouviu sociedade sobre os atrasos nas obras da Linha Verde, em Curitiba.

  Desde 2016, César Kayser, lida com uma situação precária em frente à sua casa, que fica perto do trevo do Atuba, em Curitiba, por causa da obra de construção de uma trincheira, que nunca termina. Ele conta que perdeu as contas de quantas vezes tentou falar com a prefeitura, sem sucesso.

(Sobe som)

 César e Renata Kuss, que já foi síndica de um condomínio com três mil moradores na mesma região, que integra a Linha Verde, compartilharam as angústias de viver num lugar que se transformou num caos no trânsito e virou sinônimo de insegurança nos últimos anos.  Foi durante uma audiência pública remota da Assembleia Legislativa do Paraná, na manhã desta terça-feira (27), que tratou das obras da Linha Verde, com o tema: As obras da Linha Verde – Trevo Atuba - os atrasos na obra e os impactos gerados na vida da população, proposto pelos deputados Goura (PDT) e Galo (PODE), contou com Tribunal de Contas, Polícia Rodoviária Federal, CREA/PR, Conselho de Arquitetos e Urbanistas (CAU), OAB/PR, prefeitos, vereadores, menos com representantes da Prefeitura, que o  deputado Galo considerou um descaso.

(Sobe som)

 Tanto Galo como Goura disseram que não está descartada a possibilidade de uma CPI para apurar os constantes problemas da via.

(Sobe som)

 Todos defenderam uma integração entre os órgãos públicos nas operações permanentes de fiscalização das obras, do trecho e na sinalização mesmo que temporária do trecho.  

    Respondendo a cobrança dos parlamentares sobre firmar uma parceria com a Câmara Municipal de Curitiba, tanto para obter respostas, como na fiscalização, o vereador Mauro Bobato, que representou o presidente Tico Kusma,  que visitou a obra recentemente, contou que a pandemia e problemas com a empresa responsável pela execução, contribuíram para a atual situação. Mas também se comprometeu com os deputados e com a população em ajudar.

 (Sobe som na última fala dele)

As obras da Linha Verde já duram 14 anos. Envolvem 22 bairros e afeitam mais de 200 mil pessoas. Maior obra da história de Curitiba, a Linha Verde atravessa a cidade de Norte a Sul tornando urbano o trecho da rodovia BR-116 que corta a Capital, e os constantes atrasos em sua conclusão geram polêmica. Atualmente as obras foram retomadas e estão concentradas no eixo Norte da via, que é justamente no Trevo do Atuba. Segundo a prefeitura as obras devem ser concluídas até o início de 2022. A preocupação dos deputados e da comunidade que precisa utilizar a via, além do alto custo, que passou de R$ 200 milhões de reais em 2001, para quase meio bilhão, em 2021, é com os enormes congestionamentos que perduram desde o início. É contraditório afirmar que Curitiba seja reconhecida como referência em mobilidade urbana até no cenário internacional, enquanto as obras inacabadas da Linha Verde provoquem o contrário, afirmou o prefeito de Campina Grande do Sul, Bihl Zanetti.  

Elizandro Brollo, coordenador de fiscalização do Tribunal de Contas do Paraná (TCE/PR), que representou o presidente Fábio Camargo, disse que, ao longo desses 14 anos, o TCE tem feito uma série de auditorias. Presidente do Crea/PR, Ricardo Rocha de Oliveira, explicou que o Conselho atua em parceria com o TCE na fiscalização de obras públicas, que são em grande volume e que, devido à demora, elevam os custos.

Milton Cazelatto, presidente do CAU, acha que faltou um bom planejamento, o que  acarretou em tantos gargalos.

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