“dia do Alfabetizador” Reconhece Trabalho de Educadores de Jovens e Adultos No Paraná

31/10/2007 14h58 | por Zé Beto Maciel / Luiz Filho / Daniel Abreu / 41 9648-1104 - 9241-2401 - 9121-2114 - 3350-4191 / poetagotica@msn.com - contato@luizromanelli.com.br - h
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Assembléia Legislativa aprovou nesta quarta-feira (31) o projeto de lei que institui o Dia do Alfabetizador. O projeto do deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB) estabelece o dia 19 de setembro, data de nascimento do educador Paulo Freire, para lembrar o trabalho realizado pelos alfabetizadores de jovens e adultos do Paraná. “O educador pernambucano dedicou sua vida para alfabetizar jovens e adultos do Brasil. Publicou várias obras, que foram traduzidas e comentadas em vários países. Sua contribuição se faz presente nos dias de hoje e suas idéias e práticas foram de grande contribuição para moldar a educação popular no País”, lembrou o deputado. Segundo Romanelli, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados no último mês, mostram a força dos alfabetizadores no processo educacional do estado. “A Secretaria de Educação realiza uma cruzada pelo Paraná para zerar o analfabetismo e o resultado não poderia ser melhor. Segundo os dados, até 2010 a meta será cumprida. Nunca antes na história política do Estado um governo se propôs alcançar esse tipo de meta”. INCLUSÃO – Romanelli afirmou que Paulo Freire sempre esteve à frente do seu tempo. “Freire apontava a exclusão social pela educação numa sociedade de abismos sociais, que sempre favorecia os privilégios de uns, impedindo que a maioria usufruísse dos bens produzidos”. O projeto agora segue para a Comissão de Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia. Depois de ser discutido e aprovado pelos deputados membros da comissão, a matéria volta para o plenário para votação. BIOGRAFIA - Paulo Régis Neves Freire nasceu em 19 de setembro de 1921, na cidade do Recife. Foi alfabetizado pela mãe, que o ensinou a escrever com pequenos galhos de árvore no quintal da casa da família. Com 10 anos de idade a família mudou para a cidade de Jaboatão. Dirigiu o Departamento de Educação e Cultura do Sesi nos anos 40, onde entrou em contato com a alfabetização de adultos. Na década seguinte desenvolveu um trabalho importante sobre educação e princípios de alfabetização. De acordo com suas idéias, a alfabetização de adultos deve estar diretamente relacionada ao cotidiano do trabalhador. Desta forma, o adulto deve conhecer sua realidade para poder inserir-se de forma crítica e atuante na vida social e política. Antes do golpe militar, foi convidado pelo presidente João Goulart para coordenar o Programa Nacional de Alfabetização. Logo após o golpe militar, o método de alfabetização de Paulo Freire foi considerado pelos militares uma ameaça à ordem. Viveu no exílio no Chile e na Suíça, onde continuou produzindo conhecimento na área de educação. Retornou ao Brasil após a Lei da Anistia, no fim dos anos 70. Durante a gestão da prefeita Luiza Erundina em São Paulo exerceu o cargo de secretário municipal da Educação. Depois deste cargo, assessorou projetos culturais na América Latina e África. Morreu na cidade de São Paulo, de infarto, em 2 de maio de 1997.

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