Sras. e Srs. Deputados, Indaguei minha consciência para decidir o meu voto. Todos os meus pares sabem que não consigo, em hipótese alguma, declinar do meu mandato popular, onde, nas mais árduas lutas, me posicionei clara e abertamente. A mesma consciência me alerta sobre dois pontos fundamentais: de um lado fala o passado de companheirismo que trilhou a minha trajetória política com o deputado Hermas Brandão, com o qual, inclusive, disputei eleição interna neste Parlamento. Porém, no mesmo instante vêm às claras conceitos formulados sobre minha pessoa, com os quais me permito não concordar. A mesma consciência indica que há muito a ser considerado diante de um ato tão relevante para o Estado do Paraná. Quem será o conselheiro do Tribunal de Contas? Seria aquele Hermas, com quem dividi momentos difíceis quando foram lançadas inverdades? Lembro-me que quando eram lançadas inverdades contra o secretário Hermas, não tive dúvidas em tomar a tribuna desta Casa e defendê-lo com minha própria alma e honra. Também neste mesmo momento, restam ainda muito presentes as farpas lançadas pelo mesmo Hermas contra a minha pessoa. Indago qual dos HERMAS assumirá a cadeira de Conselheiro do Tribunal de Contas? Todos aqui presentes conhecem meu caráter e sabem que não julgo ninguém pelas aparências, mas sim pelo conjunto dos fatos. Os anais dessa Casa indicam que quando fui derrotado pelo deputado Nelson Justus apoiado pelo deputado Hermas Brandão na disputa pela Presidência, não guardei qualquer mágoa. Porém, Nobres Pares, no momento fala mais alto a minha admiração pelos verdadeiros homens. Homens que não se curvam, homens que não traem sua consciência pela conveniência. Partidariamente, minha vontade seria a que o Deputado Hermas continuasse nas fileiras do PSBD para ultimarmos nosso debate. Porém, aqui não estamos diante de questões partidárias, mesmo porque partido não se confunde com pessoas. Problemas partidários são resolvidos no campo das diretrizes, o que não é relevante neste momento. O meu voto, expresso agora, não é carregado somente pelo deputado Rossoni. Este voto representa a ansiedade de milhares de paranaenses que clamaram por mudanças. Mudança de conduta, mudança de hábitos, mudança de valores. Ao revelar meu voto, estou consciente de que quem assumirá a cadeira no Tribunal de Contas será o Hermas de sempre, que sempre honrou esse parlamento. A minha consciência indica que a mudança esperada no Tribunal de Contas só será consumada com a ida de homens de caráter, para oxigenar aquela Corte. Não são as rusgas presentes que mudarão meu conceito sobre o deputado Hermas Brandão. Quero crer que cargo tão relevante no Tribunal de Contas será ocupado por um homem sensato, justo e imparcial, com os olhos sempre voltados ao interesse público.Por esta razão, voto no Senhor HERMAS EURIDES BRANDÃO.