Foto: Nani Gois------------------Uma das principais lideranças políticas do Oeste do Paraná, o deputado estadual Dobrandino da Silva (PMDB), está confiante na organização do partido em todo o Estado e assegura que o PMDB terá uma ligeira vantagem nas eleições municipais de 2008. “Aqui na região Oeste posso garantir que o PMDB está pronto para disputar, com chapa completa de prefeito e vereador, todas as prefeituras nos 50 municípios que integram a Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná)”.“Lógico que com isto não está descartada a possibilidade de coligação, mas hoje o partido tem esta condição”, completou. Dobrandino recebeu, em 3 de outubro do ano passado, 45.623 votos e conquistou a sétima eleição em sua trajetória política iniciada em 1977. Nesta entrevista exclusiva ao O Paraná, o deputado fala das dificuldades enfrentadas no pleito do ano passado, da preparação do PMDB para as eleições municipais de 2008, da Escola de Formação Política criada para preparar os militantes e candidatos e da sua perspectiva para o terceiro mandato do governador Roberto Requião.O Paraná – Como o senhor analisa o quadro político neste momento?Dobrandino – Olha, não posso falar pelos outros partidos, mas vejo que há muita movimentação das lideranças percorrendo praticamente todas as cidades do interior. Neste quesito posso assegurar que o PMDB está com uma boa vantagem sobre os demais, isso porque o nosso partido está presente, com diretórios já constituídos ou comissões provisórias, nos 399 municípios do Estado. No próximo dia 15 de julho serão realizadas as convenções municipais, consumando esta organização em definitivo.O Paraná – Esta organização, segundo o senhor, deve assegurar uma ligeira dianteira para o PMDB nas eleições municipais. Como será a participação do partido nas eleições aqui no Oeste?Dobrandino – Este trabalho de organização começou lá atrás, logo que assumi a presidência do Diretório Estadual e teve uma continuidade bastante satisfatória agora, sob a coordenação do nosso presidente, o Renato Adur com uma assistência muito valiosa do secretário-geral, o João Arruda. Agora, aqui na região Oeste posso garantir que o PMDB está pronto para disputar, com chapa completa de prefeito e vereador todas as prefeituras nos 50 municípios que integram a Amop. Lógico que com isto não está descartada a possibilidade de coligação, mas hoje o partido tem esta condição.O Paraná – Este trabalho de organização ficará restrito a constituição do partido nos municípios?Dobrandino – Não. Acredito que não ficará apenas na formação dos diretórios municipais. Já conversei com os dois (Adur e Arruda) e demais membros do diretório, para acelerar a articulação do PMDB com vistas à eleição de 2008. A própria Escola de Formação Política, criada pelo PMDB em conjunto da Fundação Pedroso Horta e o Idesp (Instituto de Desenvolvimento Sócio-político), é um exemplo disso. Assim que terminar a primeira turma o PMDB vai levar o curso ao interior para preparar politicamente sua militância e os futuros candidatos. A tendência é este trabalho não parar por aí.O Paraná – Só para fechar esta questão da política. Como o senhor avalia o resultado das eleições 2006 e a performance do PMDB?Dobrandino – Foi uma eleição muito complicada devido eu estar à frente do diretório estadual do partido e exercendo a liderança do Governo na Assembléia. Não sobrava muito tempo para cuidar da minha base eleitoral em é Foz e na região Oeste, tanto é assim que abri mão dos dois cargos depois da eleição. Hoje posso dizer com clareza que a minha campanha foi feita principalmente pelos meus amigos. Mas o resultado final da apuração, do primeiro e segundo turno, indicou que fomos amplamente vitoriosos, reconduzimos Requião ao seu terceiro mandato, elegemos 17 deputados estaduais e oito federais.O Paraná – E como está à relação com os prefeitos e lideranças agora que o senhor se dedica exclusivamente ao parlamento?Dobrandino – Tenho recebido diariamente na Assembléia prefeitos de vários municípios da região que buscam apoio para conseguir obras que parecem pequenas, mas para as comunidades são de grande importância. Estamos viabilizando, junto aos órgãos do Estado a liberação da nova sede da prefeitura de Ramilândia, quadras cobertas e bibliotecas para praticamente todos os municípios, repasse de equipamentos de segurança, de saúde enfim, melhoria das redes de água tratada e de esgoto e uma série de benefícios que vão ajudar a melhorar a qualidade de vida das populações.O Paraná – Em termos de obras de grande porte para a região, o que o senhor destaca?Dobrandino – Cascavel e Toledo receberam uma das obras mais importantes executadas pelo governador Roberto Requião, que é esta duplicação da rodovia entre os dois municípios. Esta obra há muitos anos vinha sendo cobrada e finalmente ela foi entregue aos usuários. Quem não se lembra do número de pessoas que perderam a vida em acidentes de trânsito devido à estrada não ser duplicada? A meu ver, esta é a principal realização de Requião para estas comunidades. Agora, claro que existem muitas outras, só para citar algumas, especificamente de Foz, nos quatro primeiros anos do governo Requião foram investidos R$ 307 milhões em pavimentação de ruas, ampliação dos sistemas de água, esgoto e energia elétrica, construção de uma penitenciária, R$ 3 milhões para hospital municipal, R$ 2,5 milhões para Hospital Itaipu e R$ 13,6 milhões em programas sociais como o Luz Fraterna, Tarifa Social e o Leite das Crianças, entre outros.O Paraná – Para concluir, qual a sua perspectiva de novos investimentos do Estado?Dobrandino – Olha, sou amigo pessoal e estou em contato direto com o governador Requião. Ele já antecipou que o Estado vai retomar, no início do segundo semestre, os investimentos em novas obras, ações e programas do governo em todo o Paraná e especialmente na região Oeste, que conta com sete representantes na Assembléia, o que dá muita força política junto ao governo.