Encontro promovido pela Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da ALEP em parceria com o Conselho Permanente de Direitos Humanos e as Secretarias da Justiça e da Cidadania e a da Criança e da Juventude teve a participação de representantes de 56 instituiçõesA formação de cidadãos conscientes sobre os direitos humanos centralizou as discussões do 1.º Seminário Estadual de Educação em Direitos Humanos, na última sexta-feira (21), na Assembléia Legislativa. O evento, promovido pela Comissão de Direitos Humanos da Assembléia, presidida pelo Deputado Francisco Bührer e o Conselho Permanente de Direitos Humanos, em parceria com a Secretaria da Justiça e da Cidadania e a da Criança e da Juventude, teve a participação de representantes de 56 instituições como universidades, faculdades, conselhos, organizações não-governamentais e prefeituras de Curitiba e Região Metropolitana.O seminário teve como pano de fundo a apresentação do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH), abrindo os debates para a formação do comitê estadual. A iniciativa será encampada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Os debates começaram pela manhã, com o coordenador nacional do PNEDH da Secretaria Especial dos Direitos Humanos do Governo Federal, Erasto Fortes Mendonça. Ele detalhou os objetivos gerais do plano e as linhas gerais de ação. São cinco pontos da educação: a básica, a superior, a informal, a dos profissionais dos sistemas de Justiça e segurança e mídia. De acordo com Mendonça, a mídia tem papel importante nesse processo, pois caberá a ela divulgar o PNDEH. No período da tarde, dois professores da UFPR, que ajudaram na formatação do PNDEH, falaram sobre a educação em direitos humanos. O professor de Direito Civil José Antonio Peres Gediel ajudou a delimitar as questões para os avanços na área. Os temas abordados foram: situar o plano num conjunto de políticas públicas, garantia de maior consistência, permanência, articulação e instrumentos para educação em direitos humanos. “Hoje temos dois problemas básicos: a desinformação e a deseducação. Portanto os veículos de comunicação de massa são meios eficazes para o fortalecimento dos direitos humanos e a informação da população”, salientou Gediel. Na seqüência, a professora adjunta de Direito Constitucional da UFPR Vera Karam Chueiri falou da criação do plano, feita de forma bastante democrática, com a participação de vários setores da sociedade. Ela revelou que em breve será aberto, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), um edital para estimular pesquisas sobre casos de violação dos direitos humanos. O vice-presidente do Conselho Permanente de Direitos Humanos, Guilherme Azevedo do Valle, disse que as pessoas e entidades envolvidas devem pensar além da criação de um Comitê Estadual. “O ideal seria a criação de um Fórum Permanente para debater assuntos ligados à educação em direitos humanos”, disse.Valle sugeriu que as pessoas e entidades façam uma lista para a formação de um grupo. Os envolvidos, segundo ele, deverão se reunir nas manhãs de terças-feiras no quarto andar do prédio administrativo da Assembléia. Nos encontros será tratada a instituição do Comitê Estadual, antes da realização da Conferência Estadual dos Direitos Humanos, de 19 e 20 de outubro, em Curitiba. Para o deputado Francisco Bührer, o Seminário obteve êxitos além dos esperados: “Tivemos uma intensa participação de entidades e organismos sociais e avançamos no sentido da implantação do Comitê Estadual de Educação em Direitos Humanos”, comentou.Ainda, outro ponto relevante considerado pelo deputado Bührer é com relação às parcerias formadas para a implantação do Plano e do Comitê. “Em outros Estados onde o processo esta mais avançado observamos que isso se deu através das universidades federais ou das Assembléias Legislativas e até mesmo, das secretarias de estado da educação. Aqui no Paraná, conseguimos reunir muitas instituições em prol do assunto e este processo de instalação do comitê e da implantação do PNEDH vai acontecer assim, com a união e os esforços de muita gente”, conclui.