Entidades Ligadas à Agropecuária Pedem Medidas de Emergência

30/05/2005 19h22 | por Carlos Souza
Para: Editoria de Política e ColunasDistribuído em 30/05/05Jornalista: Carlos SouzaENTIDADES LIGADAS À AGROPECUÁRIA PEDEM MEDIDAS DE EMERGÊNCIAProblemas enfrentados pelos produtores rurais foi debatida por entidades de classe e pelos próprios deputados estaduais A Assembléia Legislativa promoveu nesta segunda-feira (30) um encontro entre os representantes da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Paraná (Fetaep) para debater a crise que toma conta da agropecuária paranaense. A iniciativa partiu do presidente da Casa, deputado Hermas Brandão (PSDB). “A Assembléia Legislativa entende que todas as solicitações feitas são justas e vai apoiar todas as medidas de emergência que vierem para auxiliar o homem do campo. Não podemos permitir que a locomotiva que move o Estado e o País pare de produzir. O setor agropecuário atravessa um momento de crise, mas podemos amenizar a situação desses produtores se houver um esforço coletivo e não a avaliação individual dos problemas enfrentados pelos produtores rurais”, afirmou Hermas Brandão. De acordo com as entidades, as principais medidas emergenciais a serem tomadas são: abertura de crédito emergencial para produtores e cooperativas com recursos do crédito rural; liberação de recursos para prorrogação dos financiamentos obtidos pelos produtores rurais; desconsideração dos débitos prorrogados para efeito de cômputo dos limites de crédito junto aos agentes financeiros; maior rapidez na aprovação das operações de pré-custeio da safra 2005/2006; restabelecimento da política de garantia do preço mínimo pelo mecanismo de AGF/EGF.Segundo o presidente da Faep, Ágide Meneguette, “o aumento no custo da produção agrícola, a quebra de safra em decorrência da estiagem, a redução no preço das commodities agrícolas e a valorização do real frente ao dólar acabou por criar um quadro de instabilidade e de endividamento muito grande entre os produtores. Hoje, o número de financiamento a serem quitados pelo produtores supera a marca de R$ 1 bilhão”.Para o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, “esta iniciativa dos deputados mostra a preocupação de todos com relação à agricultura. Acreditamos que este setor, que ao longo de diversos anos de boa colheita e que tem contribuído decisivamente para o equilíbrio da nossa balança comercial, deve receber ajuda do Estado e do Brasil”. “O interior do Estado e os municípios produtores de grão estão em crise e pode haver um desemprego em massa no campo. Já tivemos um perda que supera a casa dos R$ 2,3 bilhões, com redução de 22% na produção de grãos do Paraná”, atenta Koslovski.Para o vice-governador e secretário da Agricultura e do Abastecimento (SEAB), Orlando Pessuti, o governo estadual está fazendo o que pode. “Estamos tentando ajudar a minimizar as perdas no campo, inclusive, fornecemos máquinas agrícolas para alguns municípios que declararam estado de emergência. Além disso, nossos técnicos da Emater e do Iapar estão realizando diversos estudos que permitam uma saída ou melhora ao produtores rurais”, garantiu o secretário.PERDAS – Durante a explanação da crise que tomou conta do setor agropecuário, o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, lembrou que “133 municípios paranaenses decretaram estado de emergência. No entanto, somente 98 tiveram reconhecimento do governo estadual e apenas 32 cidades foram reconhecidas pelo governo federal. Como é que fica a situação desses 101 municípios, que não contam o apoio do governo federal, já que não poderão buscar recursos de programas especiais para refinanciamento de suas dívidas”, questionou o presidente da Ocepar.Ainda de acordo com informações da Ocepar, houve um aumento médio de 25,5% no custo total da produção de soja e milho, entre a safra de 2003/2004 e 2004/2005. Além disso, entre abril de 2004 e o abril de 2005, também houve uma redução dos preços recebidos pelos produtores paranaenses em R$/saca de 60 kg. No caso da soja, essa redução foi de 39%, seguido pelo algodão com 37%, trigo com 15% e milho com 11%. “Já tivemos medidas para atender os agricultores, mas elas não foram suficientes. Houve a publicação de nove medidas, mas elas não contemplam a todos”, ressaltou Koslovski.

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