Já existe uma lei que prevê: a indústria precisa colocar nos rótulos se os produtos contêm ou não glúten. E ainda este ano, essa rotulagem vai valer também para qualquer alimento alergênico, como ovos e leite. Outra legislação determina que os supermercados tenham espaços separados para produtos que não contêm nem glúten, nem lactose e nem açúcar. E ano passado a Assembleia aprovou um projeto que institui o selo sem glúten para estabelecimentos que comercializem produtos que não contenham a proteína. O projeto, que agora já é lei, é da deputada Cláudia Pereira (PSC), que nesta sexta-feira, reuniu no plenário especialistas para esclarecer e orientar o público sobre diagnóstico, sintomas e tratamento da doença celíaca. Ela aproveitou a comemoração do Dia estadual de Celíaco no Paraná, outra Lei de sua autoria. Além dos palestrantes, donos de empresas que se especializaram em produzir esse tipo de alimento para atender os portadores da doença também trouxeram parte da produção que não contém aveia, trigo, cevada e centeio na composição. E foi um sucesso. O único tratamento para quem é portador da doença celíaca é não consumir produtos que contenham glúten.
Durante a palestra de Paulo Santana, diretor do Centro Estadual de Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual da Saúde, ele disse que a fiscalização acontece, mas que precisa ser ainda mais efetiva para que as pessoas saibam o que realmente estão consumindo.
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Na palestra da nutricionista e autora de livros sobre o tema, Denise carreiro, ela demonstrou que a doença celíaca é apenas a ponta do iceberg de outras doenças. Lembrou que a alimentação precisa ser mais natural, sem ser industrializada para que se possa prevenir um processo alérgico, inflamatório e a própria doença celíaca. Ela destacou que Intolerância ao glúten não é modismo. Como exemplo, falou do trigo, que antigamente era mais puro. A partir do momento que as plantações passaram a receber agrotóxicos em excesso, doenças como a celíaca começaram a aumentar. Por isso, elas são consideradas novidade. Mas lembrou: isso tem feito com que muitos profissionais da área da saúde não estejam preparados para diagnosticar esse tipo de doença.
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O público, que veio em peso para o evento, gostou do que ouviu. Saiu da Assembleia mais esclarecido. Caso da estudante de Nutrição Eduarda Folly.
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