Estudantes recebem primeiras orientações do Parlamento Universitário na Assembleia Legislativa Articulações para as eleições das Comissões, Mesa Executiva e chefe do Poder Executivo já acontece antes da chegada ao parlamento.

18/07/2019 13h04 | por Trajano Budola
Os participantes do Parlamento ouviram, logo cedo, do diretor da Escola do Legislativo, lições iniciais de como a Assembleia funciona, de como eles devem se portar e sobre o comprometimento que devem ter com o projeto.

Os participantes do Parlamento ouviram, logo cedo, do diretor da Escola do Legislativo, lições iniciais de como a Assembleia funciona, de como eles devem se portar e sobre o comprometimento que devem ter com o projeto.Créditos: Dálie Felberg/Alep

Os participantes do Parlamento ouviram, logo cedo, do diretor da Escola do Legislativo, lições iniciais de como a Assembleia funciona, de como eles devem se portar e sobre o comprometimento que devem ter com o projeto.

O primeiro encontro entre os selecionados para a quarta edição do Parlamento Universitário, um projeto da Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), demonstrou o empenho na articulação política e a disposição dos jovens deputados na vivência das atividades públicas. Durante a ambientação, promovida na manhã desta quinta-feira (18) pela Escola do Legislativo com apresentação do diretor Legislativo da Casa, Dylliardi Alessi, os alunos falaram de suas expectativas com a experiência que se estende até o dia 26.

O deputado Evandro Araújo (PSC) acompanhou parte desse processo de ambientação dos ‘deputados universitários’ e fez um breve bate-papo com eles sobre a importância do Poder Legislativo para a democracia. “O Poder Legislativo é fundamental, seu valor precisa ser resgatado perante a sociedade e a democracia. Os deputados existem para fazer valer o que são os interesses da população. O Parlamento Universitário é louvável, é com estes jovens que podemos colocar a política em seu devido lugar”, afirmou o deputado.

Articulação - Apesar de ser o primeiro contato pessoal entre todos os participantes das 12 instituições de ensino superior, ficou evidente que as conversas para as composições no parlamento já estão adiantadas. O estudante João Rodolfo Miranda Gottardi, que cursa Direito na Universidade Estácio, pleiteia o posto de chefe do Poder Executivo. “Já estamos articulando esta posição há algumas semanas, no grupo de Whahsapp que formamos. Queremos formar um bloco de coalisão, com as bancadas menores”, explicou.

O aluno Renan Marques, do curso de Biologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), representa as universidades públicas estaduais. A Unioeste estreia no Parlamento Universitário nesta quarta edição. Ele também já havia se disposto a concorrer à chefia do Poder Executivo, mas abriu mão e colocou o nome à disposição para a liderança do governo. “A participação das universidades estaduais dá voz aos estudantes que não estão participando [do Parlamento] na luta pela educação, pela ciência e pelo ensino publico”, conta.

As bandeiras das pautas específicas, que refletem as experiências dos deputados universitários, da mesma forma como acontece com os parlamentares eleitos, ficam evidenciadas pela diversidade da composição do Parlamento Universitário. Cíntia Backschat, aluna de Direito da Estácio, é cadeirante e vai lutar, mesmo como suplente, pelos direitos de acessibilidade. “Vou ajudar os deputados da minha bancada na formulação de propostas que auxiliem os deficientes físicos. As demandas são muitas”, afirmou.

Entre os mais velhos do grupo, selecionado entre 1.419 inscritos para o parlamento Universitário de 2019, está Evonir Rodrigues de Souza, de 54 anos, cursa o 1º período de Direito na Unibrasil. A expectativa que ele tem é de aproveitar a experiência para aplicar em sua formação e atuar no assessoramento parlamentar. “Eu vejo uma carência nos políticos que não tem conhecimento do direito, algo que parece dificultar na elaboração de projetos e entendimento da Constituição. Espero usar este conhecimento para me tornar assessor jurídico de um deputado ou vereador”, explicou.

David Limose, que cursa Relações Internacionais na Uninter, é haitiano e está no Brasil há sete anos. Sua participação, além de enriquecer a vida acadêmica, inspira a criação de um grupo de migrantes interessados em transformar a política do Haiti. De acordo com ele, a situação atual do país caribenho, ainda é de precariedade. “Adoro política e vejo como uma maneira de ajudar meu país, onde falta responsabilidade dos governantes. Eu e um grupo de amigos nos articulamos em Curitiba para voltar e tentar mudar este sistema”, contou.

Acompanhamento – Não apenas os estudantes participaram da ambientação promovida pela Escola do Legislativo, mas também professores e orientadores. Para Mônica Andressa Silveira, assessora de assistência estudantil da Unioeste, o projeto dá aos alunos um panorama intenso e real da política, que é observado na grande expectativa dos jovens. “É um incentivo para os estudos este envolvimento com o parlamento. Estamos muito satisfeitos por participar pela primeira vez da iniciativa, uma novidade para nós”, disse.

Experiência – Jackeline Saori Teixeira, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), foi parlamentar universitária na edição do projeto em 2017. Desde a edição de 2018 ela auxilia a Escola do Legislativo como voluntária do Parlamento Universitário. Para ela, que está se formando em Ciências Sociais e escolheu seguir o bacharelado em Ciências Políticas, as angústias dos alunos participantes este ano são as mesmas que ela já sentiu. “Eu me revejo, o quanto animada e ansiosa estava. Só vivendo esta experiência para entender como é”, contou.

Organização – De acordo com Dylliardi Alessi, coordenador do Parlamento Universitário, esta é a maior ente as quatro edições do projeto e traz novidades em relação às anteriores. “Maior número de inscritos, de universidades participantes, maior volume de projetos de lei apresentados, que vieram com uma qualidade ainda melhor. Os estudantes do interior, das universidades estaduais, têm demandas diferentes, o que enriquece os debates”, afirmou.

Ele destacou a articulação feita pelos alunos mesmo antes de chegarem à Assembleia Legislativa, pelas redes sociais e nas próprias universidades. “Não é só o trabalho simulado no plenário e nas Comissões, algo que fomentamos como casa política. Dá pra ver que já estão bem adiantados nas negociações para as eleições das Comissões e da Mesa Executiva e do nome do governador. A simulação reflete a realidade do parlamento”, explicou.

“Neste primeiro momento demos aos participantes lições iniciais de como a Assembleia funciona, de como eles devem se portar e cobramos o comprometimento deles. Toda a estrutura da Casa está à disposição e se dedicando durante o recesso parlamentar ao Parlamento Universitário. A expectativa é sempre boa, a avaliação dos trabalhos dos estudantes é sempre muito positiva e o pessoal, mais uma vez, está muito motivado”, completou.

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