Os deputados que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) que investiga possíveis irregularidades na manutenção e gestão de frotas de veículos oficiais do Governo do Paraná em contrato com a empresa JMK para atender 52 órgãos do Estado ouviram na manhã desta terça-feira (2) dois ex-secretários de Estado da Administração que estiveram à frente da pasta nos primeiros anos da gestão do contrato.
O atual secretário de Estado da Administração, Reinhold Stephanes, que também esteve à frente da pasta no período de março a outubro de 2016, relatou que no passado a preocupação era com os atrasos nos pagamentos, mas destacou que o sistema adotado é bom, “desde que aperfeiçoado”. O que ele e a equipe da Secretaria pretendem fazer agora, já que dentro de 30 dias deverá ser publicado um novo edital para a contratação dos serviços de manutenção da frota do estado e que prevê uma auditoria nos serviços, o que, segundo ele, não constava no contrato anterior.
Já a ex-secretária Dinorah Nogara foi taxativa ao afirmar que nos primeiros meses do contrato, a Secretaria não recebeu nenhuma reclamação de problemas na execução dos serviços ou de fraude na apresentação dos valores a serem cobrados e que o orçamento médio foi reduzido de R$ 1.600 para R$ 1.300 em relação ao sistema anterior. “No primeiro ano de gestão tivemos sucesso no modelo e são números que o Tribunal de Contas ratificou”, relatou. Ela detalhou o seu ingresso na vida pública, como estagiária e depois concursada da Prefeitura de Curitiba e que já são 37 anos de vida pública sem que tivesse “nenhuma pendência nos meus cargos e contas aprovadas pelo Tribunal de Contas” e que por competência foi convidada para ser secretária de Estado da Administração, o que considerou ser o “topo da carreira” na vida pública.
O presidente da CPI, deputado Soldado Fruet (PROS), considerou a reunião produtiva e relatou que “todos os ex-secretários de Administração serão ouvidos”. Para o relator dos trabalhos, delegado Jacovós, os esclarecimentos apresentados “foram importantes para que ao final a CPI possa fazer sugestões para que o Estado no futuro não venha a ser lesado por empresas que prestam o serviço da gestão da frota oficial”.
Também participaram da reunião a deputada Mabel Canto (PSC), e os deputados Jonas Guimarães (PSB), Luiz Fernando Guerra (PSL), Alexandre Amaro (PRB), Delegado Fernando (PSL) e Michele Caputo (PSDB).