O deputado estadual Felipe Lucas (PPS) já apresentou ao Itamaraty as minutas dos acordos de cooperação educacional entre o Brasil e os governos da Polônia e da Ucrânia. O acordo bilateral trata da reciprocidade que permite que estudantes dos três países possam fazer intercâmbio. Também reforça os laços e aprofunda a relação cultural, econômica e tecnológica. Acompanhado pelo deputado federal Angelo Vanhoni (PT) e pelo presidente da Representação Central Ucraniano-Brasileira Vitório Sorotiuk, Felipe Lucas entregou os documentos ao embaixador Samuel Pinheiro Guimarães Neto, que aprovou a idéia. “Todos os procedimentos serão tomados para que a proposta seja aprovada o mais rápido possível”, afirmou. O deputado Felipe Lucas também está otimista e acredita que o acordo seja concretizado em breve. A proposição inicial é que um acordo internacional de educação estabeleça vagas no Brasil, na Polônia e na Ucrânia para estudantes de educação superior em áreas de interesse desses países. A minuta já passou pelo Ministério da Educação. Lucas lembrou que o Paraná é o estado brasileiro que apresenta o maior número de descendentes de poloneses e ucranianos. A intenção do acordo é fomentar as relações nos campos cultural e tecnológico. Em agosto do ano passado, uma comitiva paranaense esteve reunida com a equipe de educação superior do Ministério da Educação da Ucrânia na capital do país, Kiev, quando foi proposto o aumento da cooperação educacional entre os dois países. Atualmente, oito alunos brasileiros estudam em universidades ucranianas. Binacional Brasil-Ucrânia No final do ano passado, o governo brasileiro assinou acordo de cooperação para a construção da Binacional Brasil-Ucrânia para fazer a exploração comercial e pacífica do Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA), no Maranhão, como base de lançamento de satélites a partir dos foguetes ucranianos Cyclone-4. Localizado nas proximidades da linha do Equador, o CLA possibilita lançamentos mais competitivos, com mais carga e menos combustível. O deputado federal Angelo Vanhoni já solicitou ao governo brasileiro que a cidade de Curitiba abrigue uma sede da Binacional. Como a região Sul do Paraná foi colonizada por ucranianos e poloneses, Vanhoni diz que “nada mais justo que uma sede da empresa seja na capital do estado”, destaca. De acordo com o Ministério de Ciência e Tecnologia, a parceria com a Ucrânia reforça a inserção nacional no time de países com capacidade de acesso ao espaço e promove o desenvolvimento e aquisição de tecnologia.