Os deputados que integram a Frente Parlamentar Contra a Prorrogação dos Contratos de Pedágio no Paraná, que foi lançada oficialmente na manhã desta segunda-feira (16) no Plenarinho da Assembleia, elaboraram oito pontos que consideram fundamentais e que serão levados pelos deputados que compõem e Frente para serem discutidos com a sociedade em reuniões em várias regiões do estado. Entre eles, estão, por exemplo, o acompanhamento da execução das obras nas estradas pedagiadas, com base em documentos apresentados pelo Departamento de Estradas de Rodagem (D.E.R) e também, que todos os programas de investimentos e reformas em novas obras, além das discussões financeiras dos contratos, passem por análise da Frente, como explica o deputado Ademir Bier (PMDB), coordenador da Frente Parlamentar, que defende ainda a realização de um ovo processo de licitação para 2021, além da aprovação de um projeto e de uma PEC em tramitação na Assembleia.
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O lançamento oficial da Frente Parlamentar contou com a presença de parlamentares que integram o grupo, com participação de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, do deputado federal Toninho Wandscheer (PROS), do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), representantes de sindicatos, da Federação das Associações Comerciais do Paraná (Faciap) e da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), entre outras entidades da sociedade. Segundo o diretor de Operações do DER, Paulo Montes Luz, o Governo do Estado também é contra a prorrogação dos contratos e que, por meio do DER, tem acompanhado e fiscalizado a execução das obras e dos prazos das concessionárias de pedágio.
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O diretor de Operações do DER lembrou ainda que em 1997, ano em que foram implantados os pedágios, as estradas paranaenses apresentavam péssimas condições e que nesse tempo, os benefícios foram grandes para os usuários. O que Paulo Montes Luz deixou claro ainda é que, na época, o custo não era tão alto quanto hoje, já que a realidade também era outra. Porém, ele acredita que será necessária outra forma de licitação para que os motoristas tenham taxas menores e mais justas.
Ele também disse aos parlamentares que 40% das obras previstas em contrato pelas concessionárias já estão concluídas e que outras 20% estão em andamento. Portanto, ele acredita que até 2021, todas serão entregues. São obras de duplicação, colocação de passarelas, pavimentação, acostamento e sinalização, entre outras.
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O vice-presidente da Faciap, Ivaldo Sá Barreto Filho, destacou a importância da Assembleia criar a Frente Parlamentar para debater o tema, e lembra que será preciso uma grande mobilização tanto dos deputados quanto da sociedade para colocar em prática as decisões tomadas.
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Para Edson Campagnollo, presidente da FIEP, a instituição se solidariza com os parlamentares e apoia as ações que foram adotadas pela Frente. Ele apresentou números alarmantes sobre o custo do pedágio para o setor produtivo, como por exemplo, que uma empresa que transporta uma carga de Foz do Iguaçu para o Porto de Paranaguá, desembolsa mais de R$ mil reais só em pagamento de pedágio. E lembrou que esse alto custo tem sido um dos gargalos para o desenvolvimento do Paraná.
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O deputado Toninho Wandscheer, coordenador da Bancada Paranaense no Congresso Nacional, diz que acredita no trabalho da Frente, e que seria importante rever esse sistema dos contratos, que já nasceram errados, na opinião dele. Mas também avalia que a discussão deve se restringir ao estado.
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Participaram do lançamento oficial da Frente Parlamentar Contra a Prorrogação dos Contratos de Pedágio ainda os deputados Tercílio Turini (PPS), Evandro Araújo (PSC), Paranhos (PSC), Chico Brasileiro (PSD), Cobra Repórter (PSD), Adelino Ribeiro (PSL), Márcio Pacheco (PPL), Schiavinatto (PP), Requião Júnior (PMDB), Péricles de Mello (PT), Professor Lemos (PT), Anibelli Neto (PMDB), Márcio Pauliki (PDT). Nélson Luersen (PDT), Nereu Moura (PMDB), e Cláudio Palozi (PSC). .
A nova Frente Parlamentar já definiu um cronograma de encontros com lideranças locais que devem acontecer no interior do estado. Já está definido que o primeiro desses encontros será em Ponta Grossa, no dia 23 de maio. Em seguida, acontecerão reuniões em Foz de Iguaçu e Cascavel, no dia 17 de junho; Umuarama, no dia 24 de junho; e Londrina e Maringá, no dia 8 de julho.
O objetivo dos parlamentares é fazer uma grande mobilização contra a renovação nos contratos para deixar mais baratas as tarifas de pedágio no estado.