O deputado Valdir Rossoni (PSDB), líder da Oposição na Assembléia, disse nesta terça-feira (16) estar estarrecido com os valores gastos em viagens pelo governo Requião. “Os dados estão no Balanço Geral do Estado do Paraná e são um espanto”, disse Rossoni. “Em quatro anos (2003 a 2006) o governo Requião torrou R$ 150 milhões em viagens. Destes, R$ 50,5 milhões foram gastos somente em 2005”. O líder da Oposição chama a atenção para o fato que esses gastos em viagens cobrem apenas os custos de hospedagem e alimentação, não englobam o custo das passagens e se referem ao pessoal civil e militar. Valdir Rossoni se disse impressionado com o crescimento vertiginoso dos gastos em viagens a partir da posse em 2003. “No primeiro ano foram R$ 21,8 milhões, em 2004 R$ 29,6 milhões, em 2005, o recorde, R$ 50,5 milhões, em 2006 R$ 47,9 milhões”. Para Rossoni, é um fenômeno curioso, que deveria despertar a atenção do Tribunal de Contas, o fato que, quando se observa apenas os gastos dos civis, as despesas são sempre crescentes, atingindo o máximo de R$ 39 milhões em 2006, justamente um ano eleitoral. Segundo o deputado, a descoberta dessas novas despesas revelam que existe uma caixa-preta que o governo Requião resiste em abrir mas que precisa ser conhecida por todos os paranaenses. Cartão Corporativo O deputado Valdir Rossoni já havia alertado ontem (15) para o gasto excessivo do governo em viagens com a utilização do cartão corporativo. Rossoni revelou despesas no valor de R$ 18,8 milhões em 2007, segundo dados obtidos no Siaf – Sistema Integrado de Administração Financeira da Secretaria da Fazenda. O sistema é restrito e o acesso às informações depende de liberação da Secretaria.. O parlamentar pediu explicações sobre os gastos, criticou a falta de transparência e cobrou a implantação de um programa com as informações discriminadas. Segundo Rossoni, no site Gestão do Dinheiro Público os dados são de difícil acesso e não são detalhados. Nem todos os funcionários do governo utilizam cartão corporativo para saldar despesas de viagem. Os funcionários do alto escalão são ressarcidos posteriormente, mediante apresentação das notas fiscais.