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Governo Tenta Tirar o Foco de Problemas Com As Teves

O deputado Valdir Rossoni, líder da Oposição na Assembléia, acusou hoje (21) o governo Requião de tentar tirar do foco o aspecto mais indefensável da compra das 22 mil televisões laranja, adquiridas pela Secretaria da Educação: o preço excessivo dos aparelhos. Além do valor pago pelos televisores, a bancada de Oposição não obteve explicações convincentes sobre o processo de licitação e principalmente o fato da Cequipel, empresa vencedora, ser uma doadora de campanha para reeleição de Requião e que, até então, nunca havia vendido produtos eletrônicos. Segundo Rossoni, o governo pagou por cada uma das 22 mil televisões de 29 polegadas de tela plana, R$ 860,00. O total da aquisição R$ 18 milhões e 920 mil. O deputado diz ter encontrado, depois de uma rápida pesquisa, televisões similares por R$ 659,00 a unidade. “Como as compras do governo são isentas do ICMS de 17% o preço cairia para R$ 546,00. Qualquer um que for a uma lojinha e comprar dez aparelhos de televisão leva, sem chorar muito, mais 8% de desconto”, diz o deputado do PSDB. “Temos então que o governo poderia ter comprado essas televisões por R$ 500,00 a unidade ou R$ 11 milhões a compra total”, prosseguiu. “O governo argumenta que a diferença de preço se deve à cor laranja e a uma entrada USB para a inserção de um pen drive”, diz Rossoni. “Se isso for correto teremos de acreditar que o governo pagou R$ 360,00 a mais por televisor para ter essa cor espalhafatosa e uma entrada de pen drive”. Rossoni colocou em dúvida o bom senso dessa aquisição.“A questão da compra dessas televisões está cada vez mais confusa e misteriosa”, diz Rossoni. O deputado questiona também a utilidade do sistema. “Temos a informação que nem todo documento ou arquivo poderá ser lido por esse aparelho. Não há no mercado uma televisão com sistema operacional para ler arquivos de Word e Excel. Somente através de computadores é que isso é possível”, destacou.“Não queremos fazer julgamento precipitado. Só queremos acabar com as dúvidas existentes nesta intermediação”, concluiu Rossoni. O deputado Pastor Edson Praczyk (PRB) disse que é preciso obter uma cópia da nota fiscal da CCE, fabricante dos televisores, para tentar esclarecer de vez o assunto. “Sabemos que uma entrada USB e um leitor de cartão não custam mais de R$ 20,00. Somente com a nota fiscal de venda da CCE para a Indústria de Móveis Cequipel é que saberemos o valor dos televisores”. O requerimento pedindo a cópia da nota fiscal apresentado pela Oposição foi retirado em acordo com a presidência da Assembléia, já que as discussões atrasariam uma sessão solene marcada para às 17 horas.
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