Homem de ação, Arnaldo Busato foi um dos líderes mais carismáticos a passar pela Assembleia Legislativa Parlamentar foi várias vezes cogitado para concorrer ao Governo do Estado, mas problemas de saúde impediram o projeto de seus correligionários.

05/09/2018 10h05 | por Sandra C. Pacheco e Kharina Guimarães
Familiares estiveram presentes na inauguração da Sala Deputado Arnaldo Busato, na Assembleia Legislativa, em 2016.

Familiares estiveram presentes na inauguração da Sala Deputado Arnaldo Busato, na Assembleia Legislativa, em 2016.Créditos: Pedro de Oliveira/Alep

Familiares estiveram presentes na inauguração da Sala Deputado Arnaldo Busato, na Assembleia Legislativa, em 2016.

Arnaldo Faivro Busato, que dá nome à sala de reuniões anexa ao Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná, foi uma das mais importantes lideranças políticas do estado nas décadas de 1960 e 1970. Chegou a ter seu nome várias vezes cogitado para a disputa do governo estadual, em função das excelentes gestões que realizou à frente da Secretaria de Estado da Saúde nos governos de Paulo Pimentel e de Jaime Canet Júnior, e de um carisma incomum, que o transformou num verdadeiro campeão de votos.

Nascido em Jaú (SP), formou-se em Medicina pela Universidade Federal do Paraná em 1957, estabelecendo-se em seguida no município de Clevelândia, no Oeste do Estado, onde foi professor de Inglês, Ciências e Noções de Anatomia, Fisiologia Humana e Higiene no Colégio São Luís e na Escola Normal Madre Maria dos Apóstolos, além de exercer a medicina, tornando-se diretor-clínico do Hospital e Maternidade São Sebastião e médico-chefe da Universidade Sanitária. Indicado sucessor político do sogro, Cândido Machado de Oliveira, líder regional do antigo Partido Democrata Cristão, elegeu-se deputado estadual com a quinta maior votação da eleição de 1962.

Campeão de votos – Na Assembleia Legislativa presidiu e integrou várias comissões técnicas, entre elas a Comissão de Terras, Imigração e Colonização, a Comissão de Finanças, a Comissão de Orçamento e a de Saúde. Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2, de 27 de outubro de 1965, e posterior implantação do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), pela qual se reelegeu para a Assembleia com a maior votação daquele ano. Continuou a exercer intensa atuação nas comissões técnicas e, em 1968, licenciou-se para assumir a Secretaria de Estado da Saúde durante o governo de Paulo Pimentel. No ano seguinte, respondeu pela Secretaria do Trabalho e Assistência Social.

Em 1970, foi o deputado paranaense mais votado para a Câmara Federal, com 42 mil votos. Era o candidato mais cotado de seu partido para a disputa ao Senado, mas, por motivo de saúde, abdicou da indicação. Na Câmara também integrou e presidiu comissões técnicas, entre elas a Comissão Especial de Reforma da Constituição. Em 1974 voltou a ser cogitado para voos mais ambiciosos, desta feita para o Governo do Estado. Mais uma vez a saúde fragilizada o levou a recusar o convite dos correligionários. Reelegeu-se deputado federal. Licenciou-se para ocupar, de 1975 a 1978, a Secretaria de Estado da Saúde, onde realizou importantes campanhas imunizatórias e ações de grande repercussão na área.

Em 1978 seu nome foi novamente lembrado para a disputa majoritária, mas a saúde – sempre a saúde – o fez optar pela disputa à Câmara Federal. Mais uma vez mostrou-se um campeão de votos, obtendo 118 mil. Em 1979, com a saúde já bastante abalada, ainda ajudou a criar o Partido Democrático Social (PDS), atendendo apelo do então presidente general João Batista Figueiredo, que veio ao Paraná visitá-lo. Depois de uma das mais brilhantes carreiras políticas do estado, perdeu a luta de mais de oito anos contra o câncer e morreu em Curitiba no dia 1º de março de 1980, com apenas 45 anos de idade.

 

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