Inquérito Sobre Mortes Na Syngenta Foi Parcial, Diz Rusch

21/11/2007 17h54 | por Sonia Maschke / Jaime Santorsula Martins / 41 3350-4193 / MATÉRIA DE RESPONSABILIDADE DO GABINETE DA LIDERANÇA DA OPOSIÇÃO
O comentário é do deputado Élio Rusch ao criticar o resultado das investigações policiais sobre as mortes do sem-terra Valmir Mota de Oliveira, o Keno, e do segurança Fábio Ferreira. “Os dois – o segurança e o invasor - foram mortos durante um confronto provocado pela invasão da fazenda Syngenta em Santa Teresa do Oeste, mas a polícia responsabilizou somente os seguranças e o proprietário da empresa pelas mortes. A polícia não identificou o autor dos disparos que mataram o segurança e ninguém da Via Campesina, que promoveu a invasão que resultou nas mortes foi responsabilizado pelo confronto”, estranha Rusch. Segundo o parlamentar, não houve imparcialidade nas investigações. "É lamentável que a Polícia chegue a essa conclusão. Os seguranças sequer foram ouvidos para dar a versão do ocorrido. Quem provocou a invasão foram os integrantes da Via Campesina e eles não foram responsabilizados pelo ato", alegou. Rusch destacou que um embate com graves conseqüências era previsto, já que aquela era a terceira invasão ocorrida na fazenda sem qualquer interferência do governo para impedir. "Os seguranças defenderam a propriedade, e fariam o mesmo para defender a casa de qualquer cidadão. É inadmissível que aqueles que protegeram a fazenda sejam indiciados pelo conflito". Juiz adverte que ineficiência do estado promove "caos fundiário" O deputado Ney Leprevost (PP) afirmou que o resultado do inquérito policial abre um precedente complicado para o estado do Paraná: “o governo será responsável por um passivo elevado por não cumprir desapropriações”. Leprevost citou a sentença do juz Gamaliel Sieme Scaff ao determinar a desocupação da Syngenta sob pena de multa diária de R$ 50 mil. “A histórica e endêmica má condução política em nosso país no setor fundiário fez (e fará) surgir grupos como o MST, os quais, por sua vez, buscam por meio da violência e da quebra da ordem legal sanar suas necessidades básicas afetando direitos também constitucionalmente protegidos de outros cidadãos”. Leprevost destaca que, no entendimento do juiz, o responsável final pela violência no campo é o estado que não cumpre suas funções. Diz o juiz: “No final das contas, nota-se que o responsável pelo ‘caos fundiário’ é a própria ineficiência estatal na criação de ações que busquem uma efetiva distribuição de renda e da propriedade”

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