Jornalistas paranaenses estão entre os mais agredidos do país

11/04/2022 18h27 | por Cláudia Ribeiro
Podcast A violência sofrida por jornalistas no Paraná e no Brasil foi tema do Grande Expediente da sessão plenária desta segunda-feira (11).

A violência sofrida por jornalistas no Paraná e no Brasil foi tema do Grande Expediente da sessão plenária desta segunda-feira (11).Créditos: Dálie Felberg/Alep

A violência sofrida por jornalistas no Paraná e no Brasil foi tema do Grande Expediente da sessão plenária desta segunda-feira (11).

  Já faz cinco anos que os jornalistas que atuam no Paraná ocupam as primeiras posições no ranking das agressões, que incluem ameaças, agressões físicas e verbais, ataques virtuais, impedimento ao exercício profissional, assédio moral e sexual e até atentados. A mais recente aconteceu na sexta-feira (9) quando duas equipes, uma de rádio e outra de televisão, tiveram equipamentos confiscado e quebrado. Uma situação inaceitável dentro de um regime democrático, avaliou o presidente do SindiJor/PR, Célio Martins, ao usar a Tribuna da Assembleia Legislativa no início da sessão plenária desta segunda-feira (11).

   O Sindicato tem um protocolo de atuação para todos os casos de violência contra jornalistas, que passa pelo apoio, orientação sobre registros de ocorrência para que seja apurada a responsabilização, e, por fim, o amparo psicológico aos profissionais. 

Além do presidente, a diretora de Defesa Corporativa da instituição, Aline Rios, que acompanha as situações de violência contra jornalistas há três anos, lembrou que os fatores que mais motivam as agressões estão relacionados à cobertura política e à pandemia.

Segundo os dados apresentados, de 2017 a 2021, foram registrados 62 casos de violência contra os profissionais da comunicação no estado. Em 2021, segundo o ranking elaborado, o Paraná é o quarto estado em violência contra jornalistas.

A presença da direção do Sindicato na Assembleia também teve o objetivo de alertar os deputados para a importância de proteger a liberdade de expressão e garantir o livre exercício da profissão. O presidente da Casa. Deputado Adenar Traiano (PSD), afirmou que repudia qualquer ato de violência contra a liberdade de expressão.

O deputado Tadeu Veneri (PT) fez o convite para a apresentação do sindicato como forma de alertar a todos o constrangimento que muitos profissionais da comunicação passam.

A deputada Luciana Rafagnin (PT) protocolou nesta segunda-feira um projeto de lei que Institui a Semana de Conscientização sobre a Importância da Liberdade de Imprensa para a Democracia, a ser comemorada na primeira semana do mês de abril. O objetivo, segundo a parlamentar, é dar visibilidade e reforçar ações de combate à desinformação e ainda, garantir os direitos dos profissionais da imprensa.

 

De acordo com a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), entre 2017 e 2021, no Brasil, foram 140 casos de censura, 132 de descredibilização da imprensa, seguido de agressões verbais, ataques virtuais, ameaças, intimidações, agressões físicas, cerceamento de liberdade de imprensa, até injúrias raciais e assassinatos.   Os números da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) apontam que no ano de 2022 foram 119 ataques, uma média de um a cada três dias. Sendo que 38% foram relativos a gênero; 32 contra mulheres; oito homofóbicos e um transfóbico.

 Já a Ong Repórteres Sem Fronteiras (RSF) revela que entre 2020 e 2021, o Brasil perdeu quatro posições na avaliação dos países e do ambiente de trabalho para profissionais da imprensa. "A RSF classifica o Brasil “como um país em que a liberdade de imprensa encontra-se em situação difícil”.

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