Liderança defende a criação do Conselho pela Cultura da Paz

11/06/2012 17h43 | por Nádia Fontana
O monge budista e lama Padma Samten participou da sessão plenária desta segunda-feira (11), na Assembleia Legislativa, quando usou a tribuna para falar sobre o movimento cultura da paz. Segundo ele, vivenciamos hoje um mundo “adoecido”, que precisa redescobrir a importância do “mundo interior”, com respeito à vida e à diversidade.
O mestre budista estava acompanhado de lideranças de diversos movimentos sociais e centros de estudos que participam dos debates, que têm o objetivo de implantar no Paraná o Conselho Parlamentar pela Cultura da Paz (ConPaz). A criação do conselho é uma proposta defendida no Poder Legislativo pelo deputado Péricles de Mello (PT), presidente da Comissão de Cultura da Assembleia.
Físico, com bacharelado e mestrado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o lama Padma Samten, anteriormente chamado de Alfredo Aveline, foi professor de 1969 a 1994. Neste período, dedicou-se especialmente ao exame da física quântica, teoria na qual encontrou afinidade com o pensamento budista. No início dos anos 80, intensificou seu interesse pelo budismo e em 1996 foi ordenado lama pelo mestre tibetano Chagdud Tulku Rinpoche, título que significa líder, sacerdote e professor.
Em Viamão (RS), onde reside, está situada a sede do Instituto Caminho do Meio – Centro de Estudos Budistas Bodisatva (CEBB), entidade que dirige, e que atua também no Paraná. Atualmente, seu trabalho está voltado à orientação das atividades de seus alunos, através do estudo, da prática de meditação, de retiros e, sobretudo, através do auxílio na compreensão da espiritualidade e da cultura de paz como caminho para que desenvolvam boas relações no ambiente onde vivem.
Unesco – Ao discursar no Plenário, o deputado Péricles de Mello explicou que a intenção é contribuir para a promoção de políticas públicas que incentivem a tolerância entre as pessoas, para que todos convivam em paz, em um mundo cada vez mais diverso, de culturas, tradições e costumes distintos. A ideia, segundo o parlamentar, é estimular o respeito à vida, o fim da violência e da intolerância, e por isso, entende ser importante a instituição do ConPaz.
Uma audiência pública, inclusive, já foi realizada na Assembleia Legislativa, para formatar as diretrizes deste Conselho. Além das ações já citadas, o projeto também prevê a criação da Semana da Cultura de Paz e a instituição de um prêmio para fomentar ações pacificadoras. O Conselho seria formado por deputados, representantes de entidades religiosas, de conselhos estaduais, integrantes do Poder Executivo e sindicatos patronais e de trabalhadores. A proposta de implementação do ConPaz foi construída com base no movimento criado pela Unesco, órgão das Organizações das Nações Unidas (ONU), ao declarar o período de 2001 a 2010 a Década Internacional por uma Cultura de Paz e Não-Violência para as Crianças do Mundo.

 

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