09/07/2009 13h46 | por Setor de Taquigrafia//Zé Beto Maciel/Francisco Vitelli / h2foz@hotmail.com – contato@luizromanelli.com.br – zbm@omanelli.com.br / (41)9241-2401/(41)33
Senhor presidente, senhoras deputadas, senhores deputados. Os nossos jovens e intrépidos deputados não precisam ficar alvoroçados, porque aquilo que devia dizer com a responsabilidade que tenho de líder do Governo, eu disse ontem no pronunciamento. O que eu não posso deixar de registrar, senhor presidente, senhoras deputadas e senhoras deputados é o seguinte: ontem nós tivemos um debate no final da sessão, o presidente Augustinho Zucchi havia recebido do presidente Nelson Justus uma informação sobre a inscrição nas Explicações Pessoais. Os parlamentares que me conhecem bem sabem que eu tenho uma única palavra, não tenho duas. Para mim o que é certo é certo, o que é errado é errado, não dá para confundir as coisas. Ontem o presidente Nelson Justus disse para o plenário:- “A palavra está assegurada ao deputado Luiz Cláudio Romanelli. O deputado Douglas Fabrício tem todos os motivos para requerer as explicações pessoais para falar, mas temos sim que assegurar o direito ao deputado Romanelli de usar a tribuna”. Daí eu digo:- “Senhor presidente, me inclua nas explicações pessoais”, ou seja, só para deixar claro que houve a inscrição primeiro do nobre deputado Douglas Fabrício. Eu quero aqui dizer o seguinte: ontem à noite eu peguei a cópia do tal do programa do CQC que é um programa humorístico, que eu de passagem sapeando a TV já algumas vezes vi pedaços. Pessoalmente acho que é um programa de mau humor ao invés de ser um programa de bom humor. Para ser sincero não é exatamente o tipo de humor que eu gosto porque qualquer coisa que seja para ridicularizar pessoas, independente se elas forem políticos ou não, mas ridiculariza pessoas nas mais diversas situações, eu penso que expor pessoas ao ridículo público é um péssimo exemplo para um programa que é humorístico e que às vezes pretende ser jornalístico. É uma coisa ruim, tem programações muito melhores nos canais de TV deste país. É muito mais interessante ver o Pânico na TV que às vezes também coloca as pessoas em constrangimento, mas é uma coisa mais bem humorada, menos agressiva do que é o tal do CQC. Quem assistiu o programa do CQC sobre o transporte escolar, sobre os ônibus constatou como as coisas são rigorosamente verdadeiras, primeiro:- as duas únicas pessoas de Curitiba que deram entrevista como se fossem cidadãos indignados foram funcionários da Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, funcionários do gabinete do deputado Douglas Fabrício. É absolutamente verdadeiro o que eu estou dizendo, um deles foi meu superintendente jurídico na Cohapar, o Ivo Ericson de Lima, uma pessoas com quem eu tenho, aliás, um relacionamento muito bom, foi assessor jurídico também da Cohapar e hoje trabalha com o deputado Douglas e o PPS. O outro foi o estudante de sociologia, o Eduardo Miranda, que também trabalha como assessor de imprensa do deputado Douglas Fabrício. Se o programa CQC os tivesse identificados como funcionários do gabinete do deputado Douglas Fabrício, eu penso que seria normal. Ele é um deputado de oposição e está mostrando. Mas o programa de transporte escolar é um programa de R$ 133 milhões e da compra de 1104 ônibus. Já foram entregues 303 ônibus e estamos fazendo a entrega agora de mais 230 ônibus e é um cronograma de entrega, que efetivamente é administrado pela Secretaria Estadual de Administração a compra desses ônibus. Comprados pelo sistema de registro de preços, ônibus de 31 e de 23 lugares. E foram distribuídos por critérios técnicos. Ontem mesmo eu vi que o deputado Douglas Fabrício que pretendeu dizer quantos ônibus são de Roncador. Ele não sabe quantos ônibus são. Não são dois ônibus, deputado. São quatro ônibus: dois de 31 lugares e dois de 23 lugares. E efetivamente observamos os critérios técnicos. O governo observou a quilometragem quadrada do município, o número de estradas rurais, especialmente os municípios com maior dificuldade de transporte escolar, identificando o IDH do município, a extensão do município do ponto de vista das linhas que tem que percorrer. E procuramos ter um número equilibrado entre dois e seis ônibus por município, porque é a 1ª vez na historia do país que o estado distribui os ônibus para os municípios. Mas é um volume de ônibus que efetivamente vai melhorar muito. Não vamos resolver, para resolver calcula-se que seriam necessários entre 2,5 mil e 2,6 mil ônibus. Mas o dinheiro que tínhamos disponível R$ 133 milhões, ele foi efetivamente aplicado na compra, que serão cedidos por um prazo de 5 anos para os municípios em comodato, ou seja, o município na pratica se torna o responsável para utilizar esses veículos. Além de que o Estado todo ano em parceria com o governo federal estará repassando R$ 47 milhões nos convênios para poder fazer o transporte escolar dos municípios, que diga se de passagem ainda não é suficiente para poder de fato fazer face à grande demanda, porque os alunos da rede estadual são transportados também com os alunos da rede municipal. É um problema complexo, amplo e que está se trabalhando muito com esse programa. O que eu sinceramente quero dizer que é um grande desserviço e fico como pessoa, como paranaense, é com esses tiros nos pés que nós, paranaenses, temos dado. É a famosa autofagia do Paraná. Olha, quem escuta as rádios que tem rede no Estado o que escutamos dos outros Estados? Notícias boas, notícias neutras, notícias más. Do Paraná eu desafio alguém conseguir me trazer uma notícia que lá na cabeça de rede não foi selecionada a notícia ruim do Paraná. É uma coisa autofágica, é a notícia ruim que sempre toma proporção. E desta vez o que se tentou? O que aconteceu aqui? E ai sim ele diz que não, mas os únicos dois que falaram, eram funcionários do seu gabinete, uma tremenda de uma coincidência. E ainda mais foram no município de Barbosa Ferraz, que nós todos sabemos que também é base política do deputado Douglas Fabrício. Pior ainda é ver o que o CQC fez, e quem não viu veja, a ridicularizarão que eles fizeram de uma das festas populares mais tradicionais que temos no Paraná, que é a festa do Carneiro no Buraco. Essa foi a 19ª edição, foi criado essa festa para mostrar o prato típico, promover o turismo gastronômico. É muito interessante. As festas do Carneiro no Buraco congregam toda a região vem gente de fora, de outros estados, para participar e ficaram lá os humoristas, os maus-humoristas ridicularizando Campo Mourão e a Festa do Carneiro no Buraco. Não vou nem repetir o que eles falaram, piada de mau gosto – penso eu – porque recebi muitos telefonemas, inclusive, de Campo Mourão, das pessoas que assistiram e que virão o grande desserviço que o deputado, lamentavelmente prestou – aí nesse caso provavelmente involuntariamente – á cidade que ele pretende representar aqui na Assembléia Legislativa. A minha solidariedade ao povo de Campo Mourão, minha solidariedade ao prefeito Nelson Turek, a todos os vereadores. Dizer que nós todos sabemos da importância da Festa do Carneiro no Buraco, uma grande festa. Espero na verdade que comportamentos iguais a esses eles possam não ser reproduzidos. Não estou querendo ditar normas de comportamento para ninguém, mas usar um belíssimo de um programa para poder apoiar as nossas crianças e jovens, para poder ridicularizar o Governo, por uma questão política. Ridicularizar o Estado do Paraná à cidade de Campo Mourão é uma conduta.