18/03/2009 19h00 | por Daniel Abreu /Zé Beto Maciel / h2foz@hotmail.com – contato@luizromanelli.com.br – daniel@luizromanelli.com.br / (41)9241-2401/(41)3350-4120 / www.luiz
Senhor presidente, Senhoras deputados, sinceramente, eu nem iria falar, aqui, hoje, mas o deputado Élio Rusch me estimulou a vir à tribuna. Deputado Élio Rusch, jogo rápido, sem tropeço! Diga-me quantos ônibus, quando o senhor foi base da apoio do governo anterior, entregou nos municípios em que representa.Deputado Élio Rusch - 500 creches foram construídas no governo passado, mais de 600 escolas foram reformadas, US$ 350 milhões foram investidos na educação, na construção de laboratórios e centros. É isso que vossa excelência quer saber?Deputado Luiz Claudio Romanelli – Deputado Élio Rusch, o senhor não entregou nenhum único ônibus. Deputado Élio Rusch - Cumprimos com os 25%. O seu governo cumpriu de comprar ônibus.Deputado Luiz Claudio Romanelli - Saibam todos, aqui, que avisei o deputado Élio Rusch. Dei a chance para ele preparar a resposta para mim de quantos ônibus. Deputado Jocelito Canto: Pela ordem, senhor presidente? (assentimento) Questão de justiça, senhor presidente. Desculpe interromper o deputado Romanelli. O deputado acaba de citar algo, que eu não poderia deixar de falar aqui. Ele disse que o governo Jaime Lerner cumpriu os 25% da educação. Não é verdade. Nos oto anos do governo Jaime Lerner acompanho isso, porque estou tratando da minha questão da prefeitura de Ponta Grossa. É só pegar os dados. Não foram cumpridos os 25% em educação.Presidente da Assembleia Legislativa (Augustinho Zucchi): Não há questão de ordem. O deputado Romanelli continua com a palavra.Deputado Luiz Claudio Romanelli - Vim aqui e ouvi o discurso do deputado Élio Rusch. Fiz uma provocação de uma forma absolutamente respeitosa. Dizer que o tema tem que ser tratado com muita responsabilidade. O deputado Caíto Quintana, falando no horário da liderança do PMDB, fez muito bem feito o seu pronunciamento. Porque temos mantido em todos os segmentos dos servidores públicos, um relacionamento respeitoso nesse governo. Conseguimos avançar muito em algumas áreas, especialmente na área da educação, que foi a área em que mais conseguimos avançar. Temos que reconhecer, em um relacionamento, em relação à Polícia Civil ou à Polícia Militar, temos que avançar ainda mais. Temos que ter de fato um novo plano de cargos e salários, moderno, que possa melhor estrutura a carreira dos policiais civis. Temos que resolver um tema que é complexo de ser resolvido. Porque todos sabem que a lei complementar, que foi votada por esta casa, foi declarado inconstitucional pelo Tribunal de Contas. Todos aqueles policiais que se aposentaram, com aposentadoria especial de 25 anos, não foram homologados, foram anuladas as suas aposentadorias. Mais de 400 policiais tiveram que retornar para ao trabalho. O que reconheçamos que desestrutura a vida dessas pessoas. Ao mesmo tempo, sabemos que a segurança pública no nosso país é um tema extremamente complexo, em função da profunda desigualdade social que temos. Reconheço que os policiais civis e militares têm uma atividade extremamente estressante. Tem que ter um regime especial de aposentadoria. Mas esse é um tema que tem de ser tratado no bojo de toda uma reestruturação da carreira, que está sendo estudada, tanto no âmbito da Secretaria de Segurança Pública, quanto da Secretaria de Estado da Administração e Previdência, onde a secretária Maria Marta Lunardon se dedica, para poder promover no âmbito dessa questão, que é da competência dela, uma solução a ser apresentada ao governador Roberto Requião. Isso será feito. Deputado Marcelo Rangel, acho que essa área da segurança pública, às vezes mexe com as pessoas. Hoje mesmo estávamos trabalhando na CCJ. Tem uma proposta do governo, em que o relator era o deputado Nereu Moura e que nós tínhamos, na minha avaliação, urgência em aprovar essa proposta que é justamente a criação da Cia. de Policiamento e Operações de Fronteira, a Cipofron em Guaíra. E aí o deputado Douglas Fabrício, desinformado, ele resolve obstaculizar o andamento regular da criação do batalhão da Cia. Independente de Policiamento, dizendo que o governo queria extinguir o Batalhão Independente de Umuarama que recentemente foi criado e está sendo estruturado.Na verdade, quero dizer, como vossa excelência, deputado Marcelo Rangel, fez um anuncio aqui do caos em Ponta Grossa. Aliás, dou um aparte ao deputado Jocelito, para que vossa excelência possa de fato falar sobre esse tema de Ponta Grossa.Deputado Jocelito Canto (aparte) - Fiquei impressionado com os números apresentados pelo eminente deputado Marcelo Rangel e como já conheço o deputado, ele usa o slogan “ele não inventa, mas ele aumenta”. Queria dar os números aqui, que liguei para o 1ºBPM e busquei as seguintes informações: as viaturas que temos hoje, na verdade não são 30 que estão nessa oficina. São 13, 13 para 30, qualquer criança sabe que a diferença é 17; sendo que 8 são do 1ºBPM, 4 devem ser liberadas amanhã, 1 caminhão bombeiro que está pronto hoje, 2 viaturas da Policia Rodoviária que saem amanhã à tarde, 1 do IML que já saiu hoje e 1 UTI móvel que já está saindo. Agora, é importante dizer, as pessoas que utilizam carro popular, o carro popular; esses mais modernos, não utilizam tanto as pastilhas de freio e outras coisas, mas o carro popular que a policia usa, troca-se muito freio, a elétrica dá problema, as pastilhas tem que ser trocadas a cada instante, a troca de óleo cada instante. Automaticamente essas viaturas que estão lá, hoje segundo informações da Montalvi, na rua Minas Gerais,2384, na Boa Vista, tem 13 viaturas e saem rápidas, são viaturas que tem que fazer pequenos consertos. São 13 viaturas e a maioria estão sendo liberadas hoje e amanhã. Só para contribuir. Deputado Marcelo Rangel - Pela Ordem, senhor presidente. Acredito que o deputado Jocelito Canto está mal-intencionado. Parece-me que ele não escutou muito bem. No meu discurso, falei sobre o Batalhão dos Campos Gerais. E ele está falando apenas de uma empresa. Gostaria de deixar registrado para que a mesa executiva se pronunciasse num momento de injustiça por parte de um parlamentar dentro da Assembléia Legislativa. Era isso, senhor presidente.Presidente da Assembleia Legislativa, deputado Augustinho Zucchi: Deputado Romanelli, vossa excelência tem a prerrogativa e concedeu o aparte. O aparte dentro do assunto que vossa excelência trata. Tem a palavra.Deputado Jocelito Canto - Quero dizer que as palavras do deputado Marcelo Rangel estão aqui. Só nessa empresa são 30 viaturas, inclusive ambulâncias e viaturas móveis. Não estou mal-intencionado, só não quero ter o slogan de inventar coisas que não são verdade. Chega de mentira.Presidente da Assembleia Legislativa, deputado Augustinho Zucchi: Não há questão de ordem a decidir. A palavra continua com o orador que está na tribuna, o deputado Romanelli. E vou repor a vossa excelência. Vossa tem dois minutos para concluir.Deputado Luiz Claudio Romanelli - Senhor presidente, eu concedo sempre a palavra aos meus debatedores e entendo que efetivamente nesta Casa aqui o contraditório é fundamental. Eu sei que às vezes incomoda as pessoas. Eu vi o deputado Élio Rusch falando sobre o piso do salário mínimo, deputado Élio Rusch, e pelo que eu percebo, inclusive, vossa excelência não assinou ainda a PEC do deputado Marcelo Rangel, que é uma cópia original, acrescida da questão das demissões coletivas em relação à tramitação da PEC do emprego. Muito provavelmente vossa excelência vai fazer um “cavalo de batalha” também contra o piso do salário mínimo no Paraná de R$ 629, porque, sinceramente, nós vamos fazer o seguinte, nós vamos lotar essas galerias aqui no dia da votação do piso com as centrais sindicais, com os trabalhadores, porque se não é capaz de derrubarem também o piso salarial. Sinceramente! Eu nunca vi uma reação tão dura que se tem aqui contra os trabalhadores. Eu estou francamente indignado! Eu fiz um acordo, inclusive, com o deputado Marcelo Rangel, falei para ele, inclusive, para votar na PEC naquele dia, deputado Marcelo Rangel, e vossa excelência vai ver os seus companheiros que também junto votaram vão fazer de tudo para essa PEC não prosperar. E cada hora vão inventar uma desculpa, ah não precisa, que é isso, que é aquilo, mas vossa excelência sabe, é a poderosa federação das industrias andando pelos corredores da Assembleia, fazendo lobby para não aprovar uma legislação protetiva ao trabalhador no estado do Paraná, das empresas que são beneficiarias daquilo que é fruto da sociedade paranaense que são os impostos. A empresa recolhe os impostos e não repassa para o estado e ao mesmo tempo quer demitir seus trabalhadores e isso, sinceramente, é rigorosamente inaceitável. Por isso que quando começo a ouvir o discurso, esse discurso de vossa excelência, deputado Élio Rusch, falava há pouco tempo atrás, até as cadeiras aqui desta casa sabem “o que o senhor vinha para a tribuna e falava: O estado do Paraná está quebrado, o governo está falido, o Governo não tem dinheiro para pagar as contas” era esse o discurso, ficaram mais de um ano falando que o estado estava quebrado. Podem pegar as notas taquigráficas aqui desta casa e todo mundo se lembra o discurso que tinha e qual o tema, na verdade? O tema é o seguinte, o governo tem uma política salarial para os servidores públicos. E a outra coisa, não me venham com essa conversa que só é a iniciativa privada que paga. Iniciativa privada, vírgula. O piso salarial destina-se, tem como destinatário 170 mil trabalhadores que não são sindicalizados e que ganham o salário mínimo no Paraná. Também um milhão de trabalhadores que ganham o salário mínimo e não tem carteira assinada. E também, é claro, como uma referencia para os sindicalizados, como estabelecendo um novo piso. E vossa excelência, deputado Elio Rusch, sabe muito bem, como sabe o deputado Douglas Fabrício, que quem ganha 630 Reais hoje não vai ter aplicado no setor privado, deputado Valdir Rossoni, nenhum Real de reajuste. Esse reajuste é para quem ganha o salário mínimo. Então, pelo amor de Deus, vamos parar de trabalhar contra os trabalhadores, porque, sinceramente, isso nem cristão é.