Senhor presidente, senhoras e senhores deputados. Eu deveria concordar aqui com o deputado professor Lemos (PT), mas quero dizer o seguinte: não consigo entender algumas coisas da política. Deputado Tadeu Veneri, o senhor, com a sua experiência parlamentar, poderia explicar para mim quem é o titular da Secretaria do Planejamento e que elabora a peça orçamentária? Quem veio para a Assembléia Legislativa? Quem é o secretário do Planejamento do Paraná, deputado Nelson Justus (DEM)? Ênio Verri (PT), deputado estadual que integra o Partido dos Trabalhadores, foi ele que formalmente elaborou a peça orçamentária que veio para esta Casa. E é por conta dele estar licenciado para exercer o cargo de secretário do Planejamento que o professor Lemos (PT) é deputado estadual. Ele poderia, de forma leal ao companheiro que exerce uma função tão elevada no Estado, atravessar, aqui, a poucos metros do Palácio das Araucárias e visitar o seu colega de bancada, aquele que é o responsável por ele estar aqui exercendo a função, um cargo tão elevado de deputado estadual, e perguntar a ele, pedir a ele que ele pudesse explicar. Não. Ele vem à tribuna desta Assembleia Legislativa para poder falar mal do seu companheiro de partido, porque ele não faz aquilo que, na verdade, estou fazendo, dando os nomes. Ora, sejamos francos. Deputado Caíto Quintana (PMDB), vossa excelência foi chefe da Casa Civil deste governo, conhece o governo, quem é o responsável, tanto que o governador assina, o vice-governador veio com o secretário do planejamento. Todo mundo sabe, qualquer pessoa neste estado que tenha um mínimo de conhecimento da administração pública sabe que o responsável pelo orçamento é o secretário do planejamento. O deputado incoerente vem e fala justamente de quem? Daquele que se licenciou para que ele pudesse assumir o mandato e sabemos, até por um acordo político, quando o professor Luizão nos deixou e foi ser prefeito de Pinhais. Essas incoerências, eu não consigo entender. Não consigo compreender como alguém como ele foi ao jornal, que está ali na minha bancada e manipula dados reais. Quem conhece a educação nesse estado e frequenta as escolas, os colégios do Paraná, o nosso governo Requião pode andar de cabeça erguida pelas escolas. Fizemos um grande resgate de uma dívida que tínhamos e grandes investimentos estão sendo feitos na área da educação, especialmente na valorização dos profissionais na área de educação.O Professor Lemos, ao invés de vir á tribuna e reconhecer o quanto avançamos. Não. Ele vai ao jornal falar mal do governo e pega um dado de 0,001%, que é o professor que não tem o curso superior, dá como exemplo, como se isso fosse a categoria na vida real. Quem é professor sabe quanto ganha, na vida real, no contracheque, que é muito diferente do que ele afirma.A questão da lealdade, penso que é fundamental na vida das pessoas. Posso divergir ou discordar aqui dentro e todos sabem disso. A única coisa que não consigo é entender essa deslealdade. Inclusive, aqui, nesse caso específico, em relação dele com o titular do Planejamento, que é o secretário Ênio Verri, que deveria ter o mínimo de lealdade de bancada atravessar, conversar e não vir a tribuna da Assembleia Legislativa.Haverá de ter uma explicação muito clara e objetiva. Haveremos de ter uma explicação do secretário Ênio Verri. O fato concreto é que não é possível esse tipo de conduta. Lamento profundamente isso e não consigo entender. Se alguém puder me explicar, eu ficaria muito feliz ao ver alguém subir á tribuna e tão valente aqui ficar atacando um colega seu de partido. Ele poderia explicar para nós, porque ele tem esse tipo de comportamento e de conduta. É única e exclusivamente para jogar para a platéia. Não é para fazer política pública, com seriedade. Vem aqui dizer que 54% estão fora das escolas. Não vamos ser hipócritas. O Congresso Nacional está votando uma PEC tornando obrigatório o ensino básico, que é ensino fundamental mais ensino médio. Hoje, ensino obrigatório é o ensino fundamental. Alguém conhece alguém no Paraná que esteja habilitado para poder frequentar qualquer das séries do ensino fundamental ou do ensino médio, esteja fora de uma sala de aula, porque não há vaga? Eu queria que alguém me escrevesse, como fazem com o deputado Belinati, por e-mail, e dissesse que está fora da sala de aula, porque não tem vaga para fazer o ensino médio. Ora, não é possível querer manipular e mentir para as pessoas, como um comportamento irresponsável. Se houver uma única pessoa, indiquem quem é ela. O nosso governo faz uma campanha de alfabetização procurando resolver esse grande problema. Visitamos as casas das pessoas e trabalhamos duro para mudar completamente a realidade. Vem aqui um deputado, suplente do deputado Ênio Verri, para poder querer manipular os dados da opinião pública. É uma falta de responsabilidade, que perco um pouco o meu eixo. Vim falar aqui uma coisa tão boa, da mensagem que o governador Requião mandou.Antes, concedo um aparte ao deputado Caíto Quintana (PMDB) e logo após ao deputado Lemos (PT), para que ele possa se explicar, aqui.Deputado Caíto Quintana: Permite um aparte, deputado?Deputado Romanelli, eu acho que vossa excelência, embora mais contundente do que o normal, faz uma defesa necessária da questão educação no Estado do Paraná e não sobre a educação por si só, porque eu sou representante de municípios pequenos do interior do Paraná e vejo nos professores o agradecimento ás ações do governo em favor da educação. Vejo, não é um, não são dois, não é amigo, não é companheiro, eu vejo na manifestação dos professores o reconhecimento ao que o governo Requião fez pelo ensino, pelos professores do estado do Paraná. Esta é a regra. O que é ruim, mas vossa excelência colocou com propriedade, é de que nos nesta Casa e principalmente quem conhece o setor de educação, quando estive na Casa Civil, deputado Romanelli, eu recebi o então presidente APP, Professor Lemos, muitas vezes. E naquela época eu recordo que já contestava - para vir falar numa audiência com o governo não precisa mobilizar os professores do interior para ficar lá embaixo do prédio, única e exclusivamente para se firmar perante a categoria, porque a audiência está marcada, foi recebida, sempre trouxe o secretário de Planejamento, como vossa excelência colocou, que é quem define o orçamento do Estado, é quem sabe quanto o estado pode aplicar inclusive em pessoal. Sempre foi trazido o secretário de Administração, o Dieese se fez presente. Então, eu acho o seguinte – não dá para jogar assim para a platéia, não, e nem tampouco a totalidade dos professores querem isto – estabelecer o confronto na discussão com o Executivo nunca será o melhor caminho. O caminho será exatamente como vossa excelência diz – atravessa a rua e vai procurar resolver o problema no local que ele tem que ser resolvido. Não na acusação gratuita que eu desci do gabinete, deputado Romanelli, antes de vossa excelência ir para a tribuna exatamente por força desse pronunciamento que eu julguei absolutamente fora de propósito e desnecessário e que em nada contribui, inclusive, com a categoria que, lamento, o Professor Lemos tenta representar, mas com essas atitudes se afasta cada vez mais dos outros 53 deputados que trabalham também e muito pela educação do Paraná. Era isso.Deputado Romanelli: Obrigado, deputado Caíto.Deputado professor Lemos: - Permite um aparte, deputado? Deputado Romanelli, primeiro não sou suplente do deputado Ênio para ser secretário de Estado. Não pedi para ninguém colocá-lo lá para que eu viesse aqui. Eu vim para a Assembleia com o voto popular. Enquanto eu estiver aqui, vou elogiar aquilo que é bom que o governo faz, e faz muitas coisas boas, mas vou criticar sim, o comportamento, por exemplo, da secretária da fazenda que sabe que tem dinheiro da educação, o dinheiro está no banco, não libera o recurso para que a secretária da Educação faça, por exemplo, as promoções e progressões de carreira dos professores.Deputado Romanelli: Não é possível, qualquer pessoa sabe muito bem que o governo pagou no dia 15 último as promoções. Pagou as promoções de setembro, para os professores em folha suplementar. Não é possível isso, porque veja, a manipulação, ele tem que explicar mesmo, ele tem que explicar o seguinte, a deslealdade com o secretário de planejamento. E eu vou dizer, deputado Caíto Quintana, é que o Requião tem um estilo de fazer política diferente do nosso. Parece que o Requião é um homem radical, mas não é. Nós dois, não temos essa tolerância que ele tem, por que eu, não consigo ver sinceridade. A desfaçatez das pessoas de poder mentir para a opinião pública, eu não consigo fazer isso, e penso que é um desserviço. Na minha opinião, não é possível que para se jogar para a platéia, aqui tem situação e oposição. Nós sabemos que todos os governos, tem coisas positivas, coisas negativas, não é possível esta deslealdade, não é possível alguém vir aqui, dizer que tem aluno fora de sala de aula, no ensino médio do Paraná porque não tem vaga, como vossa excelência fez, fez porque está aqui nas notas taquigráficas. E eu escuto muito bem, e é uma profunda deslealdade, vossa senhoria não age com lealdade! Isso não tem cabimento, e eu espero que o secretário Ênio Verri, possa responder de forma objetiva. Eu não vou aceitar, porque tenho escutado aqui esse amontoado de questões, que são postas aqui pelo deputado. Ele trabalha sempre nessa linha tênue, meia verdade, meia mentira, desse jeito. Eu tenho ouvido aqui de forma tolerante, mas não vou deixar mais assim, vou responder tudo aqui, porque não é possível aguentar esses desaforos para um governo que tem compromisso com a educação. Eu felizmente tive do meu pai e da minha mãe, educação suficiente para poder manifestar o meu ponto de vista de forma objetiva. Mas ao mesmo tempo, corre nas minhas veias um sangue de um descendente de italiano, e nós não conseguimos aguentar essas coisas. Esses desaforos que nos são ditos e que ofendem a nossa inteligência. Eu vim aqui hoje (21) para anunciar a mensagem do governo Requião, que concede de forma definitiva, um grande benefício, no processo de industrialização do estado do Paraná, atendendo os municípios que receberam financiamento do Banestado, e do FDE, Curitiba, Maringá, Londrina, inclusive, a Codel também, mas segunda-feira (26) eu falo sobre isso, a mensagem que esta Casa vai ter que votar é uma mensagem muito importante, mas não é possível que a gente possa ficar ouvindo discurso, iguais aos que ontem (20), eu já tinha ouvido e, hoje, repetir aqui a dose. Obrigado a todos pela atenção.