Liderança do Pmdb

04/08/2009 17h42 | por Ronildo Pimentel / (41) 3350-4156 e 9188-8956 / imprensa@lideranca.pmdb-pr.org.br - ronipimentel@hotmail.com / www.lideranca.pmdb-pr.org.br
Senhor presidente, senhores deputados. Tenho ouvido repetidas vezes esses relatos desses assassinatos que acontecem não só aqui no Paraná, mas em todos os cantos do Brasil. São legiões de jovens submetidos às drogas que se consomem e não é fácil o impedimento dessas coisas. Na realidade a pergunta mais pertinente, no meu entendimento, em relação a esta questão seria naquele sentido – mas por que estas coisas estão acontecendo? Será que não é o fracasso total do modelo capitalista que está deixando sem rumo milhões de jovens por aí afora? O capitalismo pregou a solução das questões que envolvem os seres humanos, mas não deu solução a eles. A corrupção, o desemprego, a falta de perspectiva no amanhã são coisas do dia a dia. Então, é simples se falar assim – “olha, aqui aconteceram meia dúzia de assassinatos” – é como falaram ali – “um tem 15 anos, assassinou alguém de 17 anos que deu uma facada antes em não sei quem”, não estudam, não trabalham, estão submetidos ao craque. Então, é fácil se colocar todos esses problemas na cota de débitos de qualquer Governo. Outras coisas não. São de responsabilidade sim dos governos. Agora, as coisas são assim na política. Outro dia vi manifestações em favor de aumentos absurdos que deveriam ter sido concedidos aos funcionários públicos e hoje se questiona o Governo porque aumentou em 13% os gastos com os funcionários públicos efetivos, não efetivos, pensionistas, aposentados. Então, não sei qual a posição. As coisas são assim. Vejam bem, Dr. Batista, vossa excelência que é muito interessado nas questões políticas, veja bem, tem uma declaração aqui do presidente nacional do meu partido, dizendo o seguinte – “saiam do PMDB e não terão questionamentos em relação a fidelidade partidária”. Olha, conheço muito bem o presidente Michel Temer – é um grande constitucionalista e ele não poderia, no meu entendimento, nem num momento de rara infelicidade fazer uma declaração dessas, porque a declaração, no meu entendimento, é antipartidária. O que o presidente do PMDB nacional está dizendo – “baguncem o coreto dentro da nossa organização e saiam livres e soltos para onde bem entenderem e nós não vamos fazer questionamento nenhum”. A direção nacional poderá não fazer questionamento, mas aqui o PMDB do Paraná vai fazer sim, presidente Michel Temer. Nós levamos décadas e décadas construindo um partido, trabalhando no sentido da construção do regime democrático e o regime democrático pressupõe a existência de imprensa livre, pressupõe a existência de partidos fortes e não de partidos de aluguel e não de membros que achincalham a vida partidária. Discordo da presidência nacional do meu partido quando de maneira infeliz diz isso aqui, tanto é que o deputado Mauro Moraes, que não está presente na sessão de hoje, e se ele estivesse aqui faria o mesmo pronunciamento. O que ele pretendeu, presidente Nelson Justus, nesses dias anteriores? Bateu às portas da Justiça Eleitoral, do Tribunal Regional Eleitoral. O que pediu ele liminarmente? Uma decisão da Justiça Eleitoral para que ele abandonasse o PMDB e levasse o mandato consigo. Logicamente que a Justiça Eleitoral, antes do aprofundamento da questão, não tomou uma decisão favorável a ele negando-lhe a liminar, essa questão está em discussão. Nós hoje, nessa segunda-feira, estamos terminando o nosso arrazoado para dizer em relação a essa questão tudo aquilo que aconteceu. É a visão partidária, o partido é uma parte e como ele próprio diz para representar a sociedade. Agora, alguém quando entra num partido deveria ter a convicção que ali estão elencadas as posições que ele pretende ser implantadas no seu Estado, no seu País, mas no afã de conquistar, muitas vezes votos de maneira fácil, os partidos escancaram as suas portas! Não é o caso do deputado, mas muitas vezes acontece isso, escancaram as suas portas para entrada de picaretaços de todos os tamanhos, malandros que muitas vezes querem, sob uma sigla partidária, fugir das ações que a própria Justiça pode fazer no sentido deles. Então era comum e é comum ainda e nós todos os dias vemos isso: gente se homiziando, como se fossem bandidos, entrando nos partidos e aí os partidos ficam apequenados e daí para chegar na generalização de tudo é muito fácil. Existem partidos e partidos, o que presido pretendo fazer ser respeitado como sempre foi! Inclusive, senhor presidente, nessa questão do presidente do Senado, até hoje falei para a imprensa: “não sei por que o José Ribamar entrou no PMDB, não tem nada a ver com o PMDB, nada a ver!”, mas está lá usando a sigla do partido e exercendo a presidência do Senado! Me perguntaram o que achava? Acho que ele deveria se afastar da presidência para que, de maneira imparcial, pudesse ser julgado, porque o Senado não pode ser propriedade de ninguém, mesmo que tenha biografia de ex-presidente como pretendeu o presidente Lula fazer muita gente crer! Então, alguém vem corretamente durante 50 anos tendo uma vida irrepreensível, depois ali adiante comete as maiores estrepolias, em tese estou falando e na hora do julgamento falam: “Não, esse cara não era assim!” Não, não é assim, portanto está aqui a declaração, estou batendo de frente com uma decisão. Decisão não porque ela é ineficaz, no meu entendimento. Como é que pode o presidente do partido falar: “Saiam, levem os mandatos.” Não, quando quiseram entrar no PMDB muitas vezes eu estava na porta da entrada impedindo a entrada de determinadas figuras desse Estado no meu partido e agora se o presidente está querendo ser o vice da Dilma Rousseff, querendo costurar uma aliança do PT com o PMDB acho tudo isso legítimo, o PT é nosso parceiro preferencial. Vejo assim: temos questões populares, precisamos decidir a presença do Estado na economia, precisamos discutir propostas, agora não me venham com essa! Concedo um aparte ao deputado Valdir Rossoni.VALDIR ROSSONI (aparte): Deputado Pugliesi, como Presidente do PSDB quero inicialmente cumprimentá-lo pelo pronunciamento. Segundo dizer-lhe, que imagino a sua angustia, porque viver partidariamente hoje no Brasil, é extremamente difícil, porque poucos fazem partido, alguns fazem confusão. Imagino vossa excelência, um homem de uma história longa dentro do MDB e do PMDB, ver o que está acontecendo no Senado da República. Quero apenas cumprimentá-lo. Ser solidário a vossa excelência e, certamente as pessoas e os eleitores do Paraná sabem diferenciar como sabem diferenciar dentro do PSDB as pessoas que agem partidariamente correto. Essas pessoas que vossa excelência cita e o que está acontecendo no cenário político brasileiro, o que mais me assusta de tudo isso é a defesa que o presidente Lula faz do José Sarney.WALDYR PUGLIESI: Senhor presidente, agradeço o aparte do deputado Valdir Rossoni, queria fazer ainda com a proverbial tolerância um registro. Sou um homem que me habituei desde criança a ler jornais, era característica do Jornal Estado de São Paulo apresentar na primeira página muitas vezes receitas de bolos ou de poesias de vários autores, porque naqueles espaços onde estavam as receitas de bolos, eram espaços onde a censura da ditadura militar tinha batido. Então o jornal foi censurado por ai afora. Agora vejo um desembargador do Distrito Federal, ligadíssimo à família Sarney, proibindo o jornal de noticiar coisas que no meu entendimento são importantes para que os eleitores possam se valer de informações para formarem a sua opinião, o seu juízo. Então na verdade é uma censura prévia que em tempos de estado democrático de direito aparecem de novo. A gente não pode concordar nunca com nenhum tipo de censura à imprensa. Muito obrigado!

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