Liderança do Pmdb – Deputado Waldyr Pugliesi

08/05/2008 15h09 | por Ronildo Pimentel / 41 3350-4156 - 9188-8956 / ronipimentel@hotmail.com - imprensa@lideranca.pmdb-pr.org.br / www.lideranca.pmdb-pr.org.br - www.waldyr
“É como agora, estou vendo aqui a apresentação de emendas ao projeto de lei do Governo do Estado concedendo 5% de aumento que, na prática, não tem viabilidade, mas o discurso fica fácil. O Governo manda uma proposta de reajuste de 5%. Aí alguém fala: mas por que não 10? Por que não 20 ou 30 ou 50? Por que não darmos mil por cento de aumento?”. Trecho do pronunciamento do deputado Waldyr Pugliesi – líder do PMDB na Assembléia Legislativa – na sessão desta quarta-feira (7). Leia a seguir a sua íntegra. Senhor presidente, senhor deputados, quero falar a respeito um pouco da demagogia. O deputado Douglas Fabrício se referenciou a demagogia querendo dizer que nós do PMDB, do Governo, estávamos sendo demagogos. Mas, senhor presidente, se recuarmos no tempo, lá na expressão grega, primitiva, o termo demagogo não era deprimente. Ele não tinha uma conotação pejorativa, o termo demagogia. Parece-me, Pastor Edson (Praczick), que depois com a chegada de alguns do PFL é que este termo começou a ser pejorativo, por que o que é a demagogia se não a promessa daquilo que não pode ser cumprido? Eu tenho visto muito isso em toda a minha caminhada política – políticos em todas as cidades prometem aquilo que não podem, na prática, concretizar. É como agora, estou vendo aqui a apresentação de emendas ao projeto de lei do Governo do Estado concedendo 5% de aumento que, na prática, não tem viabilidade, mas o discurso fica fácil. O Governo manda uma proposta de reajuste de 5%. Aí alguém fala: mas por que não 10? Por que não 20 ou 30 ou 50? Por que não darmos mil por cento de aumento? Ora, isso aí deveríamos nós, políticos, avaliando a realidade objetiva que está colocada, expurgarmos definitivamente estas coisas. O Governo tem uma folha de pagamento de R$ 529 milhões que foi agora a folha de pagamento do mês de março, com 5% nós chegaremos a um aumento de mais R$ 26,2 milhões. Então como é que vamos, isso é até inconstitucional querermos fazer o privilégio de determinadas categorias para a concessão desses reajustes salariais. Mas tem gente que não entende dessa maneira, de jeito nenhum, e aí então somos obrigados a ver este tipo de discurso. Senhor presidente, senhores deputados, fui três vezes prefeito (de Arapongas). Na última vez que fui prefeito, de (19)93 a (19)96, sabem quantos aumentos concedi ao funcionalismo público? 48 aumentos, todo mês tinha aumento. Por quê? Porque eu queria corrigir a inflação como o Governo com dificuldade está tentando fazer. Então imaginem, um prefeito que concede 48 reajustes salariais nos quatro anos de mandato! Estou falando isso para embasar a minha posição que não é de contrariedade aos aumentos que nós poderemos conceder. Agora existe a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), estão aí os homens, as mulheres competentes do Tribunal de Contas para fiscalizar todo mundo! Existem leis, a vontade nossa não pode ser colocada em prática se ela se bate contra as leis, se ela vai ao confronto com aquilo que a realidade financeira de um Estado tem nesse momento. Agora, o que é que podemos fazer? Podemos caminhar seguramente na direção de uma nova política, acredito até e estava falando agora há pouco com o deputado Stephanes (Júnior) em relação as reuniões que os jovens políticos estão fazendo, os Menudos estão se reunindo! Estão falando muito em juventude, deputado Élio Rusch, gostaria de propor ao grupo dos Menudos que eles colocassem, por exemplo, como patrono deles o jovem Fernando Collor de Mello. Apareceu e era o jovem, era a novidade, era aquilo que estava aparecendo e deu no que deu! Então muitas vezes, senhor presidente, aqueles que estão começando a caminhada política precisam, como o deputado Jocelito (Canto) falou, ter um pouco de respeito àqueles que já fizeram a sua caminhada. Não concordo com o deputado quando ele diz que o ex não é nada, é sim! Vossa Excelência, presidente, foi secretário dos Transportes, eu o substitui, e sou um ex-secretário dos Transportes que comandei uma grande obra que foi a restauração das estradas nesse Paraná. Então nós vamos acumulando, ao longo das nossas vidas, muitas coisas positivas que pudemos fazer para nossas populações. Agora nunca fui demagogo, nunca fiz promessa antes de eleição, como muitos fazem, que não possam ser cumpridas depois no exercício do mandato. Aliás gostaria de chamar a atenção dos Menudos que uma das soluções que poderíamos encontrar, por exemplo, é na fiscalização desses caras que são sonegadores de impostos no Brasil. Outro dia um deputado aqui falou que os brasileiros, todos os brasileiros pagam impostos. Não é verdade, não é verdade, tem muita gente que não paga nada! Tem muita gente que deveria pagar bastante e não paga nada, não são alcançados pelo braço da lei. Então veja bem, o deputado (Professor) Luizão fala aqui do lucro dos bancos. Olha, eu era menino, deputado (Valdir) Rossoni, e eu falava desses anticristãos lucros dos bancos. Eles estão aí até agora sob o governo do companheiro Lula, no qual votei todas as vezes e apoio, porque ele transforma a realidade neste País. Tem muita gente que acendeu na direção da cidadania por causa do governo Lula, mas os bancos estão aí de maneira pornográfica, exibindo monstruosos lucros que fazem com que as pessoas nesse país fiquem coradas. Se houvesse uma lei fazendo com que eles pudessem pagar mais impostos sobre o lucro, acredito que nós poderíamos ter neste país uma nova realidade. Era para eu ter falado ontem a respeito dessas questões que ainda envolvem o Banestado. Estava eu e o vice-governador Orlando Pessuti numa oportunidade inaugurando um trecho asfaltado que entregávamos a população no Vale do Ivaí. Lembro-me que falei naquela oportunidade, que nós estávamos entregando uma obra que tinha consumido R$ 11 milhões e que naquele mês, nós do Governo do Estado, tínhamos efetuado o pagamento de R$ 55 milhões que era uma divida mensal com relação aquilo que tinha acontecido ao Banestado. Todo mundo sabe que houve um enquadrilhamento dentro do Banestado. Eles comeram o fígado do banco. Comeram por dentro. Uma verdadeira quadrilha foi montada dentro do Banestado. Lembro-me que o (ex-)governador (Jaime) Lerner, dirigiu Expediente ao Banco Central, quando ele assumiu o governo naquela época sucedendo ao governador (Roberto) Requião dizendo que as condições do Banestado eram boas e com pequenos ajustes o banco continuaria sendo um instrumento de fomento do desenvolvimento paranaense. Pois bem, esta comunicação do (ex-)governador Lerner logo que ele assumiu, depois teve que ser modificada ao longo do tempo, levando, por exemplo, a esta situação de realidade hoje que nós estamos pagando todos os meses R$ 65 milhões pelo empréstimo que o Governo do Estado fez junto ao Banco Central para resolver os problemas do banco e, em seguida, praticamente, foi doado ao Itaú, que neste trimestre, como foi dito aqui, ainda hoje tem um lucro de bilhões de reais. Então essas coisas aconteceram e elas não podem voltar a acontecer. Quero dizer aos jovens políticos que eles podem, se baseando, naquilo que muitos fizeram caminhar com muita segurança na direção do futuro. É o que espero de todos eles. Obrigado!

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