Movimento dos Focolares celebra 80 anos enaltecendo a cultura da paz e a fraternidade Solenidade promovida pelos deputados lotou o Plenário da Assembleia Legislativa e destacou a importância da realização da 1ª edição do Genfest no Brasil.

01/04/2024 19h42 | por Nádia Fontana
Solenidade ocorreu na noite desta segunda-feira (1º), no Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná.

Solenidade ocorreu na noite desta segunda-feira (1º), no Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná.Créditos: Orlando Kissner/Alep

Solenidade ocorreu na noite desta segunda-feira (1º), no Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná.

Solenidade ocorreu na noite desta segunda-feira (1º), no Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná.Créditos: Orlando Kissner/Alep

Solenidade ocorreu na noite desta segunda-feira (1º), no Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná.

O impacto positivo da disseminação da cultura da paz, da fraternidade e da solidariedade foram sentimentos manifestados pelo público que esteve no Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná, na noite desta segunda-feira (1º), quando aconteceu a solenidade de celebração dos 80 anos do Movimento dos Focolares. O deputado Professor Lemos (PT), presidente da sessão especial e um dos proponentes da cerimônia, destacou as realizações e a importância junto às comunidades de um dos movimentos mais influentes dentro da Igreja Católica.

Ele explicou que essa é uma organização leiga de inspiração cristã, que prega o ecumenismo, com adeptos em diversas confissões religiosas. Segundo Lemos, os Focolares servem como inspiração para novas ações e iniciativas que promovam a fraternidade, a unidade e a paz em todo o mundo, especialmente entre os jovens. “São pessoas leigas que trabalham pela unidade, estão presentes em cerca de 180 países, defendendo que devemos nos unir naquilo que é convergente. Buscam a construção de uma sociedade fraterna, evidentemente com respeito as suas diversidades. Mostrando, diariamente, que podemos viver harmonicamente nesta sociedade tão plural como a nossa”, afirmou.

Conforme Lemos, o objetivo principal é cooperar na construção de um mundo mais unido. Ele lembrou que os Focolares são cristãos impelidos pela oração de Jesus ao Pai, e seguem um dos principais ensinamentos registrados no Evangelho do apóstolo João: “para que todos sejam uma coisa só (Jo 17,21)”. “O Movimento faz uma grande diferença no Paraná, nas mais diversas regiões do estado, acolhendo as pessoas que mais precisam, com base na justiça social”, pontuou.

Durante a sessão solene, o deputado Professor Lemos falou, igualmente, sobre a magnitude do Genfest Internacional – festival juvenil, que neste ano acontecerá pela primeira vez no Brasil, e é realizado há 50 anos. O administrador Guilherme Baboni, que representou os jovens na celebração de aniversário, e é um dos coordenadores do Genfest, abordou a importância do evento, que deverá reunir mais de seis mil jovens, de mais de 50 países, neste ano, no Brasil: “São jovens que atuam em diversas áreas e projetos para a construção de um mundo mais solidário”. O encontro dos jovens acontecerá em Aparecida (SP) e numa das etapas vai contar com um trabalho de voluntariado envolvendo organizações não governamentais (ONGs).

Para a professora Ana Paula Pinheiro da Silveira, responsável pelo Movimento no Paraná, a realização da solenidade no Plenário da Assembleia reflete o carisma da italiana Chiara Lubich, fundadora do Movimento, que vem rompendo barreiras. No Paraná, de acordo com Ana Paula, mais de duas mil pessoas atuam, diretamente, no desenvolvimento de ações e projetos em prol daqueles que mais sofrem. No Brasil, são mais de 80 mil pessoas. Nesse momento, há um intenso trabalho em diversas regiões paranaenses voltados para o acolhimento dos imigrantes. Durante a homenagem, ela e Tiago Ferreira Rolim, corresponsável do Movimento no Paraná, apresentaram um breve histórico sobre os Focolares, abordando o trabalho desenvolvido, as iniciativas e formas de atuação.

A advogada Maria Helena Fonseca Faller, representante da Comissão Internacional da Economia de Comunhão, explicou que o fez Chiara Lubich propor a Economia de Comunhão foi o desconforto que ela sentia diante da pobreza e da desigualdade social percebida durante uma das suas visitas ao Brasil. Ela explicou que o projeto tem como finalidade produzir riquezas em prol de quem se encontra em dificuldade e fomentar uma nova cultura em que a economia não esteja atrelada ao individualismo e ao crescimento das desigualdades. Dessa forma, a Economia de Comunhão reúne empresas que se comprometem, entre outras metas, a empregar o seu lucro em favor do sustento daqueles que se encontram em necessidade, de propostas de formação cultural e de incentivo ao empreendedorismo e ao incremento da própria empresa.

Esperanças

“Participar deste momento me deixa com o coração cheio de esperanças. Vivemos num momento de muitas polarizações. Vemos aqui pessoas que lutam por uma sociedade equilibrada, justa, onde todos têm valor no mundo”, declarou a deputada Marcia Huçulak (PSD), também proponente da homenagem. Para o deputado Evandro Araújo (PSD), que apoiou a iniciativa da solenidade, esse momento reflete um reconhecimento importantíssimo: “Nunca foi tão importante e tão necessária a mensagem de unidade da Chiara (Lubich)”, declarou. A deputada Ana Júlia (PT), igualmente assinalou a proposta da homenagem, e disse, ao participar da sessão especial, que considera uma dádiva poder apoiar e debater os propósitos defendidos pelo Movimento, especialmente, as ações que contribuem para o combate às desigualdades e a pobreza: “Estou muito feliz em celebrar esses 80 anos”, completou.

O evento em comemoração do aniversário do Movimento dos Focolares recebeu aprovação unânime do Plenário, e teve também como proponentes os deputados Luiz Claudio Romanelli (PSD), Doutor Antenor (PT), Requião Filho (MDB), Renato Freitas (PT), Arilson Chiorato (PT), Goura (PDT) e a deputada Luciana Rafagnin (PT). Uma menção honrosa, marcando a data, foi entregue aos representantes do Movimento.

Itália

Uma corrente de renovação espiritual e social. Assim pode ser definido o Movimento dos Focolares, que tem a fisionomia de uma grande e variada família, de um “povo novo nascido do Evangelho”, assim como o definiu a sua fundadora, Chiara Lubich, que o criou em 1943, em Trento (Itália), durante o momento histórico da Segunda Guerra Mundial.

Foi aprovado pela Igreja Católica em 1962 com o nome oficial de Obra de Maria. Hoje, fazem parte do movimento cristãos de muitas igrejas e comunidades, fiéis de outras religiões e pessoas de convicções não religiosas. Cada um adere ao movimento compartilhando as suas finalidades, objetivos e a sua espiritualidade, na fidelidade à própria igreja, fé e consciência. No mundo, o movimento, presente em 182 países, está organizado em 15 áreas geográficas, com mais de dois milhões de participantes. As atividades são sempre coordenadas por uma delegada e um delegado, juntamente com um Conselho.

Juventude

Já o Genfest é um festival focado no público juvenil do Movimento dos Focolares promovido pelo Movimento Gen (Geração Nova) e Jovens por um Mundo Unido (JPMU). Também reúne pessoas inúmeros países, de diversas convicções religiosas e não religiosas, etnias e culturas diferentes. O evento é realizado a cada seis anos em nível internacional, e em 2024, pela primeira vez o Genfest será no Brasil, entre os dias 19 e 24 de julho, em Aparecida (SP). O objetivo é despertar o protagonismo da juventude na concretização da fraternidade universal, conectando, promovendo e celebrando ações que ousem cuidar do meio ambiente, das pessoas e dos povos, especialmente os mais vulneráveis.

Homenagem

Em 2011, numa sessão solene marcada pela emoção, a Assembleia Legislativa prestou uma homenagem póstuma a Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares e presidente honorária da Conferência Mundial das Religiões pela Paz. A solenidade foi proposta pelo então deputado Stephanes Junior, que, na ocasião, destacou o fato de “Chiara Lubich ser um nome reconhecido internacionalmente em razão do trabalho desenvolvido em prol da unidade e da fraternidade universal”. “Nada do que é feito por amor é pequeno. Esta pequena e singela frase retrata muito bem o pensamento de uma das grandes mulheres de nosso século, que infelizmente nos deixou em março de 2008”, declarou Stephanes Junior, ao entregar a homenagem aprovada pela Assembleia aos representantes do Centro Internacional do Movimento dos Focolares.

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