Nota Política - Liderança da Oposição

30/10/2007 18h55 | por Sonia Maschke / Jaime Santorsula Martins / 41 3350-4193 / MATÉRIA DE RESPONSABILIDADE DO GABINETE DA LIDERANÇA DA OPOSIÇÃO
A audiência pública realizada pela Comissão de Obras, Transportes e Comunicação da Assembléia Legislativa na manhã desta terça-feira (30) não foi suficiente para esclarecer os deputados sobre os serviços prestados pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP) em convênio com o governo do Estado que resultou em repasses que chegam a R$ 28,9 milhões.Ao término da audiência, o presidente da Comissão, deputado Marcelo Rangel (PPS), concluiu que ainda há muito o que explicar. Segundo o parlamentar, várias questões apontadas pelo Tribunal de Contas não foram respondidas pelo presidente do IBQP, Carlos Artur Krüger Passos. “O TC apresentou um relatório com vários questionamentos, inclusive com o pedido de devolução de R$ 19 milhões já repassados ao instituto. O senhor Krüger teve dificuldade em apresentar os valores recebidos pelo instituto”. A Comissão decidiu investigar o convênio firmado entre o IBPQ e o governo após matéria da revista IstoÉ que denunciou repasses irregulares e falta de licitação em contrato firmado entre o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e Intituto de Tecnilogia do Paraná (Tecpar) com o IBPQ para “avaliação de conformidades” em obras rodoviárias. Rangel destacou que é preciso detalhar melhor os repasses, diante do volume de aditivos firmados no decorrer do contrato. “O convênio firmado em 2005 era de R$ 5,9 milhões. Já foram repassados mais de R$ 25 milhões e o total previsto beira os R$ 29 milhões. São aditivos em cima de aditivos que deixam dúvidas quanto à lisura da contratação, que foi efetivada sem licitação”, apontou.“Na minha visão, o trabalho executado pelo IBQP não tem nada de inovador. É um serviço de análise de solo, estrutura de asfalto e análises químicas que poderia ser efetuado pelo próprio DER, sem a necessidade de se contratar um terceiro e pagar esse valor exorbitante”, completou Rangel.Para o líder da Oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB), muito deverá ser explicado ainda sobre o convênio firmado. “Não foi explicado efetivamente o serviço prestado pelo instituto. Não poderíamos sair da audiência prevalecendo as informações da revista Istoé. O presidente Krüger não soube detalhar os números e justificar os gastos”, destacou Rossoni.Ao final da audiência e diante das dúvidas que ainda imperam os deputados acharam por bem convidar para a próxima semana o diretor do Tecpar, Mariano de Matos Macedo. Na seqüência, o convite será encaminhado ao diretor do DER, Rogério Tizzot. “Após ouvirmos os representantes do Tecpar e DER, convidaremos novamente o presidente do IBQP para aí sim tentarmos sanar todas as dúvidas. Até lá esperamos que ele nos envie os documentos prometidos durante a audiência”, finalizou Rangel.O presidente do IBQP se comprometeu enviar à Comissão de Obras cópia do convênio firmado com o Tecpar e DER, com todos os aditivos, além de relatório dos trabalhos realizados, os manuais de análise de qualificação e também a prestação de contas mês a mês, que resultaram no pagamento ao instituto.

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