*Marcos Valente IsferAssisti assustado aos noticiários deste final de semana, com as cenas de violência explicita na cidade de São Paulo. Rebeliões nos presídios e unidades da Febem, ataques a postos policiais, ao Corpo de Bombeiros, viaturas metralhadas, ônibus incendiados no mais rico estado do Brasil.Muita gente de bem perdeu a vida nesta luta incessante em que Estado e marginais medem força. Estas imagens tristes me fizeram lembrar do recente conflito no Iraque. No Paraná também a situação fugiu ao controle e ao menos em seis cidades foram registrados incidentes: Cascavel, Toledo, Umuarama, Campo Mourão, Assis Chateaubriand e Foz do Iguaçu, sendo que ao menos cinco pessoas ficaram feridas. Isso mostra que o nosso estado não é uma ilha cercada e inatingível, e que o crime se expande de forma rápida e descontrolada. As primeiras informações dão conta que tudo teria iniciado devido à transferência de detentos de alta periculosidade para determinados presídios paulistas, o que não teria agradado aos líderes do PCC. Por outro lado, o governo do Paraná anuncia para breve, a inauguração de uma Penitenciária de Segurança Máxima para o município de Catanduvas, e cogita-se trazer para ela, moradores nada agradáveis. Estes mesmos líderes do primeiro comando da capital que estão causando um verdadeiro cenário de Guerra Civil na capital paulista.Será que estas mentes iluminadas que pretendem “hospedar” no novo presídio os novos visitantes, não sabem o quão perto é da fronteira a cidade de Catanduvas e que em uma eventual rebelião seria uma oportunidade fácil para fugas?Será que se percebe que o município é pequeno, tem apenas 11 mil habitantes, pouco policiamento e seria presa fácil para os bandos super-armados que fazem atos de terrorismo extremo na maior cidade do Brasil?As pessoas hoje em São Paulo temem sair às ruas, preferem ficar em casa com medo de serem vítimas da insegurança. E no Paraná, será que desejamos passar pelo mesmo?A segurança pública deste governo estadual precisa ser repensada. As pessoas se assustam com atos como os dos últimos dias e pedem providências urgentes.Temos recebido várias sugestões que podem ser levadas em consideração, parecem absurdas muitas vezes, e podem ser que firam os direitos humanos do preso, mas e os direitos humanos das pessoas de bem quem vai garantir?Entre as idéias que surgem, estão a transferência de detentos para área isoladas e não habitadas como ilhas, restrição nas visitas que deveriam ser sem contato pessoal e apenas através de contato vocal e visual, instalação de equipamentos que bloqueiem o uso de telefones celulares, enfim, sugestões existem, precisam ser analisadas e colocadas em prática.O povo tem medo e pede socorro pra não ficar refém da violência.*Marcos Valente Isfer, é deputado estadual (PPS-PR)3350-4098
