O trabalho na emissora de rádio da família, onde começou ainda muito jovem, acabou conduzindo o deputado Marcelo Rangel (PPS) para a política. Como radialista, ele ouvia os reclamos da população, relatos alegres e tristes, pedidos de toda ordem que acabavam formando um grande painel das demandas populares. Além disso, havia o exemplo do pai, Nilson de Oliveira, profissional e dono de rádio muito popular em Ponta Grossa, que chegou a eleger-se vereador na cidade. O irmão, Sandro Alex, também começou no rádio e acabou seguindo a carreira política, elegendo-se deputado federal

Formado em Direito pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, casado e pai de um casal de filhos, Marcelo Rangel disputou três eleições, todas elas pelo PPS, e em todas teve êxito. Em 2006 elegeu-se deputado estadual pela primeira vez com quase 52 mil votos. E reelegeu-se quatro anos depois com cerca de 70 mil votos. Nas duas ocasiões foi o parlamentar mais votado de seu partido no Estado.

Voto jovem – Ele considera que contou com uma parcela muito grande de votos dos jovens, que depositaram nele suas esperanças de renovação no cenário político. “Esta Casa dos paranaenses me ensinou quase tudo o que sei. Aprendi a convivência política, que exige o respeito às diferenças, conheci pessoas abnegadas que se dedicam sinceramente à vida pública. Aprendi a trabalhar sob pressão, pois alguns projetos demandaram uma luta homérica, mas também se transformaram em referência de superação, me mostrando que com dedicação e vontade podemos alcançar as mudanças desejadas. O convívio com opiniões e personalidades diferentes, afinidades e divergências, sem dúvida nos prepara para encarar a Prefeitura com seus muitos desafios e demandas”.

E destaca a oportunidade de ter participado do momento histórico de mudança de conceito político do Poder Legislativo, com a implementação do processo de transparência e a recuperação do prestígio e da credibilidade junto à população. “Acompanhei e participei do movimento de segmentos organizados em defesa da moralização das práticas políticas. Propus e presidi CPIs, como a da Comunicação ou a da Transparência, fui relator da CPI dos Leitos do SUS. Mas penso que todos os momentos vividos no Parlamento são importantes. Aquele pequeno projeto, que não chama a atenção, mas representa conquista importante para parcelas da sociedade, é muito gratificante. Cada dia de trabalho fez com que eu me apaixonasse ainda mais pela política e me sentisse participante da história do meu Estado. Eu me orgulho de, com o meu trabalho, fazer parte da história do meu Estado”.

Administração – Durante seus seis anos de atuação parlamentar Rangel dedicou especial atenção a temas ambientais, educação, saúde, direitos humanos, entre outros, e foi um dos recordistas na apresentação de proposições. Também procurou exercer o papel de fiscal da administração pública, prerrogativa constitucional atribuída aos deputados, conforme atesta seu desempenho em comissões parlamentares de inquérito (CPIs). À frente da prefeitura de Ponta Grossa, acena com medidas que não fogem muito dessa linha. Está criando uma Secretaria de Meio Ambiente, que o município não tinha, e concentrou propostas na área da saúde, visando agilizar e humanizar o atendimento. Também tem entre suas principais preocupações a recuperação do parque industrial da cidade, que já foi um dos maiores do estado e que hoje, a seu ver, passa por uma fase de estagnação.

“Os desafios são muitos, e o principal talvez seja justamente o de se fazer entender pelo povo. Para ser um bom administrador é preciso saber dizer “não” quando isto for necessário, ter pulso firme para conduzir a cidade. Nem sempre será possível agradar a todos. Muitos poderão não compreender de imediato a necessidade de certas medidas. Espero fazer com que as pessoas compreendam que minha missão é fazer o melhor para o futuro da minha cidade”, completa.