10/05/2007 17h08 | por Zé Beto Maciel / Ronildo Pimentel / Luiz Filho / (41) 9648-1104 - 9241-2401 - 3350-4191 / contato@luizromanelli.com.br / h2foz@hotmail.com / www.luizr
Três emendas instrumentalizadas pela oposição obstruíram a pauta nesta quinta-feira (10) na Assembléia Legislativa e impediram a votação, em segunda discussão, do reajuste proposto pelo governador Roberto Requião aos servidores públicos estaduais. Dessa forma, o projeto de lei voltou a CCJ e deve ser votado em terceira discussão na próxima terça-feira (15). O reajuste variável entre 3.14% a 30,24% atende os 207 mil servidores públicos estaduais.“São emendas demagógicas que obstruiu a votação. A oposição propôs um acordo desde acatássemos, por exemplo, a emenda que prevê a anistia das faltas dos servidores da saúde. Isso é inadmissível, inconstitucional, uma medida administrativa que não pode interpor ao reajuste dos servidores”, disse o líder do Governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB) em relação à emenda proposta pela deputada Rosane Ferreira (PV) que abona a falta dos servidores de saúde nos dias 29 e 30 de março. As três emendas foram apresentadas na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e a liderança do governo ainda na quarta-feira (9) aprovou requerimento pela convocação de comissão geral para apreciá-las diretamente no plenário nesta quinta-feira. “A oposição atrapalhou a votação do reajuste dos servidores, criou obstáculos, impediu a votação ao apresentar emendas demagógicas que contraria inclusive o disposto da lei”. Demagogia barata - Romanelli esclarece que a liderança do governo tem mantida uma relação de respeito com os deputados de oposição e, especialmente, com todos os servidores estaduais. “Agora, o ônus de não ter tido a votação do reajuste dos servidores é da oposição que fez, na verdade, uma ação demagógica e não cumpriu o que havíamos acordado ontem na CCJ”. O líder do governo tranqüilizou os servidores e adiantou que o projeto será votado até terça-feira (15). “Nós vamos continuar conversando com os servidores. É uma relação que sempre conseguimos manter, respeitosa, na busca de entendimento. Agora, não venham aqueles que durante anos massacraram os servidores, fazer demagogia barata com as ações da Assembléia Legislativa”, disse Romanelli ao líder da Oposição, Valdir Rossoni. “O senhor foi líder de um governo que massacrou os servidores, não deu um aumento sequer aos servidores e foi o período mais triste da história do Paraná”, completou. Tentativa de fraude - Waldyr Pugliesi, líder do PMDB, também flagrou outra tentativa da oposição em fraudar nova convocação de comissão geral para segunda-feira (14). “Apresentaram um requerimento sem o número de assinaturas necessárias e tentaram fraudar esse requerimento ao buscar mais assinaturas depois de apresentá-lo. É inaceitável isso que está acontecendo na Assembléia”, disse. Pugliesi ponderou que apesar das três emendas serem “demagógicas”, duas não há nem a possibilidade da admissibilidade. “Elas são inaceitáveis, inconseqüentes e incabíveis”. “O governo Lerner não descontava falta de ninguém porque ele passou todo o tempo sem dar um centavo de aumento. Escarrou na cara dos funcionários públicos. E muitos se esquecem. É por isso que muitos estão querendo que não se fale do passado. Porque o passado condena tudo aquilo que a oposição está falando hoje”, completou.