Oposição Vai à Justiça

05/12/2007 09h31 | por
Os deputados da bancada de oposição na Assembléia querem explicações sobre a nebulosa negociação que envolve a compra, pela Copel, da participação da Sanedo no consórcio Dominó. Os parlamentares querem convocar quatro integrantes do governo para esclarecer aos deputados a negociação: Rubens Ghilardi, presidente da Copel; Sergio Botto de Lacerda, procurador do Estado; João Bonifácio Cabral, presidente do Conselho de Administração da Copel e Raul Munhoz Neto, diretor de Geração e Transmissão de Energia e de Telecomunicações. O presidente do Conselho de Administração da Dominó Holding. Marlik Bentabet será convidado. Depois de um acordo de lideranças, os requerimentos foram adiados para a próxima segunda-feira. O líder do Governo sugeriu a realização de uma audiência pública para discutir o assunto. A Oposição quer também impedir na Justiça a realização do negócio, através de uma ação popular com pedido de liminar. A ação será protocolada até sexta-feira. “O governador Requião é especialista em tomar atitudes à revelia das leis. Mais uma vez terá que se acertar com a Justiça. Todos os deputados da bancada vão subscrever a ação para impedir que o negócio seja realizado”, afirmou o líder da Oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB). O deputado Plauto Miró (DEM) considerou uma negociação suspeita por diversos fatores, como o valor fixado na proposta de compra, que é superior ao capital social da Sanedo registrado na Junta Comercial. “É muito estranho que o capital subscrito seja de R$ 75 milhões e a Copel ofereça R$ 110,5 milhões na compra”. Miró Guimarães questiona, ainda, o interesse da Copel em comprar as ações da Sanedo, já que continuará minoritária. A Copel tem 15% das ações e ao comprar os 30% da particiapação da Sanedo do grupo Dominó ficará com 45%. E estranham também um aumento de R$ 1,3 milhão (500 mil euros) no negócio inicialmente orçado em R$ 109,2 milhões (42 milhões de euros). Os parlamentares alertam, ainda, que a compra não pode ser concretizada sem autorização da Assembléia, conforme determina a lei 14.286 sancionada pelo governador Requião em 2004. “É um assunto de extrema gravidade. É inacreditável ver a Copel fazer uma proposta por escrito com um valor superior ao que foi ofertado. Sem a autorização da Assembléia esse negócio não pode ser concretizado. E da maneira como está não tem como ser aprovado”, afirmou o deputado Durval Amaral (DEM). Negócio A intenção de compra da participação da Sanedo no consórcio Dominó foi confirmada em reunião do conselho realizada dia 27 de novembro. No dia 27 de Julho de 2007 a Sanedo enviou comunicado aos participantes do grupo determinando as condições para a venda das ações. Segundo a correspondência, o preço acertado é EUR 42.000.000. A proposta de compra assinada pelo diretor-presidente da Copel, Rubens Ghilhardi enviada ao diretor-presidente do grupo Sanedo no dia 30 de outubro de 2007 informa que o preço da aquisição é de EUR 42,495.123,00. Grupo O consórcio Dominó Holdings S/A comprou 39,7% das ações da Sanepar em junho de 1998. O consórcio é formado pelo grupo francês Sanedo (ex Vivendi - 30%), AG Concessões (27,5%), Daleth Participações (27,5%) e a Copel Participações (15%).

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