Oposição Vai à Justiça Contra Compra de Ações Pela Copel Sem Autorização da Assembléia

11/12/2007 17h49 | por Sonia Maschke / Jaime Santorsula Martins / 41 3350-4193 / MATÉRIA DE RESPONSABILIDADE DO GABINETE DA LIDERANÇA DA OPOSIÇÃO
Por isso, o líder da bancada, deputado Valdir Rossoni (PSDB), afirmou que vai manter a decisão de entrar na Justiça com ação popular e pedido de liminar para impedir o negócio. Os parlamentares não concordam com a alegação da Copel de que não há necessidade de autorização da Assembléia para efetuar a compra porque "não existe lei que proíba a Copel de permanecer minoritária". Segundo Rossoni, a Justiça é que fará a interpretação da lei. "Estamos entrando com ação popular exigindo que a Copel cumpra as formalidades da lei. Queremos que o governo encaminhe para a Assembléia um projeto de lei pedindo autorização para efetuar o negócio. Nosso posicionamento de que é preciso uma lei específica é claro. Não está em discussão se o negócio é bom ou ruim. Estamos questionando a legitimidade e transparência do processo. O mérito deverá, sim, ser analisado, discutido e votado pelos deputados. Somos representantes do povo e estamos tratando de dinheiro público. A Copel é do povo paranaense e nós devemos satisfação a esse povo". Outro ponto divergente é o que trata do valor da compra. Segundo a Copel, o valor a ser pago, acima da proposta inicial, é referente ao saldo disponível em caixa. "Quando a Sanedo fez a proposta foram 42 milhões de euros. Aí vieram uma série de artifícios que não conseguimos entender para justificar um aumento de 495 mil euros. Quando foi feita a proposta já existiam valores disponíveis em caixa. Por que isso não foi levado em conta?", questionou Rossoni. Plauto Miró aponta contradições nas posições da Copel A explicação de que a diferença do preço da proposta de compra das ações da Sanedo está vinculada ao saldo de caixa da empresa não convenceu o deputado Plauto Miró, do DEM. “O saldo de caixa muda diariamente, é receita e despesa. Esse saldo de caixa não teria que ser analisado no dia do pagamento, caso a Copel venha a comprar?”, questionou o deputado. “Até lá o valor pode ser menor do que o proposto e eventualmente pago pela Copel”, completou. “Essa Casa apresentou uma lei, resultado da CPI da Copel, impedindo que ela fosse sócia minoritária. Agora alegam que não precisa de lei para participar, mesmo que de maneira minoritária. Fica uma larga dúvida no ar. Temos a lei dizendo uma coisa, a argumentação da diretoria da Copel caminha em outro sentido, dizendo que está protegido pela Constituição Estadual. Precisamos chegar a um denominador comum e o caminho será encontrado pela Justiça”, disse Plauto. O deputado disse estranhar as informações da Copel que as ações da Daleth também estariam sendo negociadas. “Conversei com o diretor presidente da Daleth, senhor Pedro Paulo Campos, que deixou claro que até às 11h de hoje (11) nenhum emissário, nenhum representante da Copel havia o procurado e se pronunciado para formalizar o interesse na compras das ações”. “O correto seria suspender toda essa negociação e fazer uma consulta ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas e à Procuradoria Geral do Estado. Agora querem aprovar tudo no afogadilho. Todas essas contradições e posturas incongruentes sugerem que a Copel para atender as exigências do governador, vem tomando atitudes temerárias que colocam em risco os verdadeiros interesses da empresa e do povo do Paraná”, disse Plauto.

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