Um dos painéis da 21ª Conferência da Unale que acontece em Foz do Iguaçu, até amanhã, foi na tarde desta quinta-feira (8) e debateu o panorama econômico e as reformas, e contou com a presença do ex-ministro da Fazenda do governo Sarney e consultor econômico, Maílson da Nóbrega e do cientista político, Paulo Kramer.
Maílson da Nóbrega afirmou que a situação econômica do Brasil é delicada, pontuando que a equipe econômica do Governo temer recebeu uma situação grave nas finanças públicas, com déficit primário, o país numa rota de insolvência, um aumento expressivo dos gastos públicos, um Banco Central subserviente às ordens da ex-presidente Dilma, mas disse que está otimista quanto à recuperação modesta tão comemorada na semana passada.
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O ex-ministro também avalia que estabelecer um teto para os gastos públicos foi a medida mais acertada pelo atual governo, já que esses gastos não podem aumentar acima da inflação. E que a reforma da previdência será fundamental para se manter essa sustentabilidade.
Já Paulo Kramer alertou que “para uma economia moderna funcionar é preciso haver regras claras, e ainda, que as pessoas respeitem essas regras, que acabaram quebradas por muitos políticos. Por isso a necessidade urgente de uma reforma política. mas uma verdadeira reforma. Ele acredita que para isso, as coligações partidárias proporcionais devem ser extintas e que deveria ser criada uma cláusula de desempenho para que se acabasse com o número excessivo de partidos políticos.
O cientista político avaliou que as outros reformas, previdência, trabalhista, são fundamentais, mas acha que só deverão ser consolidadas em um futuro governo. E adiantou: os governos estaduais também vão precisar fazer as suas próprias reformas. Paulo Kramer falou ainda sobre a importância e os rumos da Operação Lava Jato.
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Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Cláudia Ribeiro.