Acidentes com menos vítimas depois da implantação do pedágio. Essa foi a uma das conclusões que a Polícia Rodoviária Federal apresentou na sessão da Comissão Especial de Investigação do Pedágio (CEI) da última quarta-feira na Assembléia Legislativa. Os deputados que compõem a comissão ouviram o superintendente da instituição no Paraná, Marcelo Gladson Pires. Na mesma sessão, o prefeito de Morretes, Helder Teófilo dos Santos, que falou sobre o fluxo de turistas no litoral paranaense.Foi a quinta reunião da comissão, que tem por objetivo encontrar meios de baixar a tarifa no Paraná. “É inegável que o pedágio trouxe benefícios para a infra-estrutura do Estado, mas também é inegável que a economia paranaense e principalmente os cidadãos não suportam pagar as altas tarifas”, afirma o presidente da CEI, deputado Fabio Camargo (PTB).O superintendente Gladson Pires afirmou que os acidentes nas rodovias em mau estado, anteriormente à implantação do pedágio, eram mais graves, e com as estradas conservadas diminuiu o número de mortos e feridos. “Outro serviço importante prestado pelas concessionárias é em relação à conservação da sinalização. Com isso, nossos patrulheiros ficam liberados para trabalho de inteligência, dar mais segurança nas estradas”, diz Gladson Pires.Para o relator da comissão, deputado Plauto Miró (Dem), o depoimento foi importante para se constatar como está se procedendo a fiscalização nas rodovias do Paraná. “É preciso que seja analisado os pontos em que estão previstas as obras para reduzir os pontos críticos”, analisa.O vice-presidente da CEI, deputado Cleiton Kielse (PMDB), afirma que pretende reunir todos os segmentos envolvidos com a questão do pedágio e as concessionárias, para que se chegue a um acordo sobre o que pode ser feito em benefício da economia e da população paranaense. “Em 60 dias deveremos concluir as investigações e na última reunião vamos promover um debate amplo”, disse Kielse.