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A previsão é que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconheça definitivamente a condição do Paraná como estado livre da febre aftosa sem vacinação em maio de 2021. Para isso, algumas providências já foram tomadas e outras estão em andamento, como por exemplo, a construção da última das 33 barreiras sanitárias e a contratação de pelo menos 30 médicos veterinários, e 50 técnicos, por concurso público, como anunciou ao longo da audiência pública, o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara.
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A iniciativa de promover a última das discussões sobre o tema na Assembleia foi do deputado Anibelli Neto (MDB), que preside a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. Com o objetivo, segundo o parlamentar, de atualizar os produtores das medidas tomadas nesses três meses, desde os primeiros debates, realizados no mês de maio, no interior do estado.
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Uma conquista que atesta a qualidade do produto paranaense para o mundo e que deve abrir ainda mais mercados internacionais, inclusive, para o agronegócio do estado, como prevê o presidente da Ocepar, José Roberto Ricken.
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O vírus da aftosa não circula no Paraná desde o ano de 2006. Tanto que o estado já é considerado livre da doença, mas com vacinação. Ficar livre sem a vacinação representa estar preparado para o combate do surgimento de um possível caso. Por isso, a necessidade das barreiras sanitárias e de pessoal especializado.
O presidente da Fetaep, Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado do Paraná, Marcos Júnior Brambilla, está confiante e diz que a nova condição que o Paraná está prestes a alcançar é uma luta de 15 anos e o resultado de muito esforço dos setores ligados ao agronegócio e os produtores.
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Em 2018 apareceram casos de febre aftosa na Colômbia. Na América do Sul, a Bolívia tem o status de área livre sem vacinação. No Brasil, o único estado que ostenta o status, e desde 2007, é Santa Catarina. Esta semana, o Paraná obteve mais uma vitória junto ao Ministério da Agricultura para buscar alcançar o mesmo patamar, passa a integrar o bloco formado pelo estado catarinense e o gaúcho. Até agora, estava em um bloco com outros 24 estados. Na prática, se um caso de aftosa surgisse em Roraima, por exemplo, o Paraná também seria penalizado.
E se por aqui, a doença está totalmente controlada, o motivo são equipamentos precisos, cadastros e análise minuciosa da movimentação de animais que entra e sai da região. O que muda com o status é que os produtores vão precisar comprovar que o seu rebanho é saudável. O estado ocupa a primeira colocação na avicultura brasileira; o segundo na suinocultura e é o quarto em bovinocultura. O custo para o produtor com a vacinação atualmente chega a R$ 40 milhões/ano somente com vacinas. Além de deixar de disputar os melhores mercados. Um valor que não pode ser mensurado, mas sabe-se que é significativo, como lembrou Otamir Cesar Martins, diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), durante uma das palestras na audiência pública.
Lideranças e representantes das principais entidades do setor agropecuário, técnicos, empresários, além de diversos parlamentares e também o secretário-chefe da Casa Civil, Guto Silva, prestigiaram o evento.