A Assembleia Legislativa promoverá na próxima segunda-feira (1º), a partir das 9 horas, em seu Plenarinho, a segunda audiência pública para debater o tema do “Paraná Livre da Febre Aftosa Sem Vacinação”. O evento atende a uma proposição do deputado Anibelli Neto (PMDB), com apoio dos blocos parlamentares Agropecuário e da Agricultura Familiar.
A audiência contará com a participação já confirmada de representantes da Sociedade Rural do Paraná (SRP), da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (SINDAM), da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR) e da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), que apresentarão seus estudos a respeito do assunto.
Primeiro debate – Uma primeira audiência pública sobre o tema foi realizada na Assembleia Legislativa no último dia 11 de maio, também conforme proposição do deputado Anibelli Neto, ocasião em que diversas autoridades, lideranças e representantes do setor produtivo compareceram ao Legislativo estadual.
Naquele encontro foram debatidos os esforços do Governo do Estado para tornar o estado livre da febre aftosa sem a necessidade de vacinação, status que poderá ser conferido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) desde que alguns requisitos sejam ainda atendidos, conforme normas gerais da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Como disse na ocasião o secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, o Paraná precisa dar esse passo para que os produtores do estado obtenham melhores resultados comerciais. “A gente faz esse esforço aqui no Paraná para que a nossa produção entre em qualquer mercado sem qualquer restrição, batendo na porta e mostrando competência comercial. Nós queremos chegar a mercados onde nós não estamos hoje e manter os mercados que temos”, disse. O diretor-presidente da Adapar, Inácio Kroetz, afirmou que se o Paraná não tornar o estado livre da febre aftosa sem a necessidade de vacinação a pecuária paranaense perderá força no mercado. “Com certeza, se nós não valorizarmos nossa pecuária, logo nos tornaremos importadores de alimentos”, apontou.
Para o deputado Anibelli Netto, o tema é controverso e necessita de um debate mais aprofundado. “Todos nós queremos que a pecuária possa avançar e isso significa preços melhores para os nossos produtores. Uns entendem que tem que ser uma alternativa, com vacina, e outra parte entende que tem que ser outro caminho, sem a vacina contra a aftosa. Tanto que nós vamos fazer uma segunda audiência no dia 1º de junho, para ouvir aqueles que não puderam participar desta primeira audiência”, afirmou o parlamentar.
