Buscar no Portal ALEP
Filtrar resultados

Pesquisador e estudioso da araucária recebe homenagem da Assembleia

Podcast
(Descrição do áudio))

Ele é de Criciúma, Santa Catarina, mas a partir de agora é Cidadão Honorário do Paraná. O professor Flávio Zanette recebeu o título na tarde desta sexta-feira (3) no plenário da Assembleia Legislativa. A iniciativa de homenagear o professor, um dos maiores estudiosos da Araucária do país, foi do deputado Rasca Rodrigues (PV). Para o parlamentar, uma forma de reconhecer esse trabalho tão importante para a preservação da árvore símbolo do Paraná.

(Sonora)

Flávio Zanette é agrônomo, mas fez diversas especializações, inclusive fora do país.  Na Universidade de Firenze, na Itália,  se especializou em agricultura tropical e subtropical. Experiência que, segundo ele,  foi fundamental para que conhecesse  temas como a preservação ambiental, que só viria a entrar em discussão no Brasil 15 anos mais tarde.   

   O pinheiro de proveta é um dos resultados das pesquisas desenvolvidas por Zanette  na UFPR.  Ele surgiu para ajudar a combater a extinção da espécie da Araucária Angustifólia, o Pinheiro do Paraná. Ele também criou as técnicas de enxerto como uma saída para estimular o plantio econômico da espécie, contribuindo para a preservação. Entre as vantagens dessa técnica estão pinhas mais pesadas e uma produção antecipada de  15 para  10 anos, gerando renda para os produtores. 

   Para Flávio zanette, nesses 30 anos pesquisando  a espécie, ele entendeu que, mais que proibir o corte, é preciso incentivar o plantio de araucária.

(Sonora)

 O diretor-presidente da Itaipu Binacional, Jorge samek, foi aluno de Flávio Zanette e fez questão de participar da sessão solene de entrega do título. Para ele, o trabalho do professor é um dos  grandes legados para as novas e futuras gerações.

(Sonora)

O trabalho do professor é conhecido em todo o Brasil e em outros países.  Ele tem 26 livros e 99 artigos científicos publicados. Durante a sessão, ele demonstrou em imagens não apenas a importância de se preservar a araucária, como também deu números alarmantes que comprovam  a extinção da espécie. Atualmente, há apenas  2% de mata de araucária virgem no Paraná. Num passado nem tão distante assim, eram 45%.  Mas mostrou também que o trabalho dele ao longo dos anos, vem gerando frutos. Já foram plantadas mais de 70 mil mudas nesse tempo.

 Ao receber o título das mãos de Rasca Rodrigues,  Flávio zanette  fez uma analogia com a causa que não se cansa de defender.

(Sonora)

O reitor da Universidade Federal do Paraná, Zaki Akel Sobrinho, diz que homenagear o professor Flávio Zanette também é homenagear a UFPR.

(Sonora)

Apesar de ainda atuar na Universidade Federal, Flávio zanette é professor emérito da instituição, mas não se cansa de zelar pela preservação da araucária, porque sabe que salvando  o material genético enquanto ainda se encontra mudas para a reprodução, é mais fácil garantir novas árvores.    Porém,  ele diz que é difícil encontrar  um pinheiro novo, com menos de 30 anos.  E lembrou  que, como todos os seres vivos, a araucária precisa de regeneração. Ela não é uma peça de museu. A luta de Flávio Zanette agora é para que se criem leis que  facilitem  o plantio, porque as araucárias, como todos os seres vivos, estão envelhecendo e morrendo.

Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Cláudia Ribeiro. 

Assembleia Legislativa do Estado do Paraná © 2019 | Desenvolvido pela Diretoria de Comunicação