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Plauto faz balanço de medidas da Alep e fala sobre eleições em entrevista ao Diário dos Campos

Créditos: Adriana Ribeiro (41) 3350-4314
Em uma entrevista especial concedida ao jornal Diário dos Campos, de Ponta Grossa, e veiculada domingo (3), o deputado Plauto Miró (DEM), 1º secretário da Assembleia Legislativa, fez um balanço dos primeiros meses de gestão da nova Mesa Executiva do Legislativo. Plauto Miró, que hoje ocupa o segundo cargo mais importante da Assembleia Legislativa, recebeu a reportagem do Diário dos Campos em seu gabinete, na 1ª Secretaria da Assembleia Legislativa, na última quinta-feira (30).
A conversa teve início com um balanço das medidas implementadas na Assembleia, passou pela avaliação do governo Beto Richa (PSDB) e terminou com o deputado falando sobre uma possível candidatura à Prefeitura de Ponta Grossa em 2012. “Minha prioridade neste momento está sendo administrar a Assembleia Legislativa, que foi um compromisso que assumi e estou cumprindo, mas tenho vontade sim de disputar a eleição”, admitiu. Plauto disse que pretende se dedicar mais a esse assunto nos próximos meses.
Veja a entrevista feita pelo repórter Anderson Gonçalves e que teve a participação do diretor-presidente do jornal Diário dos Campos, Wilson de Oliveira:
DIÁRIO DOS CAMPOS – A nova Mesa Executiva da Assembleia está completando quatro meses de gestão. Conseguiu-se implantar aquilo que havia sido planejado?
PLAUTO MIRÓ GUIMARÃES – Quando da formulação da chapa para participar da eleição da Mesa nós trilhamos junto com o deputado Valdir Rossoni uma linha de ação que achávamos necessária para modernizar a Assembleia. A Casa vinha de um processo de desgaste muito grande, com uma série de denúncias de irregularidades existia. Vários passos foram dados, começando pelo afastamento da segurança da Casa. A segunda parte veio com as mudanças: o afastamento de todos aqueles que estavam dirigindo a Assembleia, a escolha de um quadro de diretores capacitados a ajudar a administração, o fechamento da gráfica e a revisão de todos os contratos. Chegamos ao mês de junho em uma situação na qual temos uma Assembleia aberta, que pode ser fiscalizada pela opinião pública. Estamos conseguindo fazer aquilo que imaginávamos e, ao mesmo tempo, está claro o apoio popular a essa nova Assembleia.
DC – Qual seria a principal mudança do que era a Assembleia até o ano passado para o que ela é hoje?
PLAUTO – A abertura da Casa. Acredito que a principal ação foi a publicação de todos os atos: nomeação dos servidores, contratos, licitações... na minha opinião essa abertura total trouxe para a Assembleia a condição de responder por seus atos e ser cobrada pela opinião pública como um todo. O clima mudou, trouxe nova motivação aos deputados, que recebem em sua base uma palavra de contentamento e faz com que estejam mais presentes na Assembleia.
DC – O início dos trabalhos foi bastante tenso. Esse clima já foi amenizado?
PLAUTO – O começo foi muito pesado, internamente e de pressões externas. A cultura que havia na Casa era uma cultura acomodada dentro da administração. Existiam muitos interesses e nós rompemos. Fizemos as mudanças, todos os excessos foram cortados, entre eles os supersalários dados através de gratificações, colocamos uma ação administrativa para tentar conter os gastos exagerados e ao mesmo tempo motivamos os servidores que aqui trabalhavam.
DC – No contato com população, o senhor percebe essa melhora na imagem do Legislativo?
PLAUTO – No dia-a-dia a gente vê manifestações de pessoas, dizendo que a Assembleia está no caminho certo. Elas destacam essa abertura, as mudanças, a diminuição dos gastos e a devolução do dinheiro para os cofres do governo Estado. A Assembleia já devolveu R$ 10 milhões ao Executivo, até o final do ano vamos devolver mais R$ 30 milhões. Gradativamente estamos cumprindo com o compromisso que assumimos de administrar com muita firmeza e devolver as economias para que o governo aplique onde a população mais pede.
DC – Como foi possível essa economia?
PLAUTO – Primeiramente através do quadro funcional: foram extintos cargos, deixamos de nomear servidores em comissão, cortamos gratificações e os supersalários. Só na administração deixamos de nomear 260 cargos. Nas comissões foram extintos 114, só aí gerou economia muito grande. Depois veio revisão de todos os contratos. Assim geramos economia e também devolvemos parte desses valores aos servidores que realmente trabalham.
DC – O senhor já anunciou pretende fazer com que parte da economia devolvida ao governo seja aplicada em Ponta Grossa e na região dos Campos Gerais. Isso é possível?
PLAUTO – Nós estamos fazendo um trabalho para conter as despesas. Devolvendo o dinheiro, é natural pedir para o governador beneficiar a região que nós representamos. Na primeira etapa uma parcela foi para melhorar o Hospital Regional com equipamentos. Vamos continuar trabalhando para que tenhamos a condição de ter Ponta Grossa cada vez melhor e bem atendida.
DC – O senhor esteve ao lado do governador Beto Richa durante a campanha. Que avaliação faz do governo até agora?
PLAUTO – Se analisar como ponta-grossense daria nota 11. Nas duas vezes que ele visitou a cidade foi para anunciar programas e liberar recursos. O Beto tem um carinho todo especial pela cidade. A área de educação me preocupa muito. Nos últimos oito anos Ponta Grossa ficou sem receber uma nova escola. A cidade cresceu muito e tem dificuldades muito grandes nesse sentido. O transporte escolar tem custo elevado para que as crianças sejam transportadas de um bairro para outro. Há uma necessidade clara, urgente e vamos trabalhar para que isso aconteça. No ensino superior também estamos trabalhando afinados com a UEPG [Universidade Estadual de Ponta Grossa], projetos para a implantação de novos cursos já foram encaminhados e estão em estudo.
DC – E quanto à saúde, que também é alvo de muitas cobranças?
PLAUTO – A saúde é onde os governos precisam ter uma atenção especial, para que o cidadão possa ter atendimento digno. A Secretaria de Saúde está preocupada porque recebeu uma situação muito difícil de contratos vencidos, pagamentos atrasados, estrutura física sem funcionamento e hospitais regionais que não foram concluídos. Estamos atentos também, tanto que parte dos recursos já devolvida foi para o Hospital Regional. Na segurança pública também não existia um programa concreto. No dia 12 o Beto vai anunciar um programa com investimentos significativos, fazendo com que se estruturem as polícias com novas delegacias e contratação de policiais.
DC – E quanto às eleições do ano que vem? O senhor é pré-candidato a prefeito de Ponta Grossa?
PLAUTO – Tenho vontade de disputar a eleição. Não tenho desenvolvido um trabalho político partidário neste momento porque tenho me preocupado em cumprir com a responsabilidade de administrar a Assembleia. Estamos trabalhando, ajudando a cidade, demonstrando que administrativamente temos condição de realizar bom trabalho na Assembleia, prezando pelo zelo do dinheiro público. No momento correto vamos discutir alianças partidárias para que possamos montar um plano de governo que possa ser 100% implantado. Já disputei uma eleição em 1996, não obtivemos sucesso, mas serviu como uma grande experiência. O que tenho de concreto é que temos boas ideias, uma equipe competente e que precisa ser ampliada. A partir do segundo semestre começamos a discutir questões relacionadas à eleição do ano que vem, buscando sempre companheiros que pensem da mesma forma e tenham uma linha de coerência na caminhada política, para que tenhamos a união de boas cabeças, pessoas que possam somar na defesa dos interesses de Ponta Grossa.

Foto: Pedro de Oliveira

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