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Plauto Miró Se Reúne Com Secretária da Justiça e Apresenta Projeto que Propõe Trabalho Para Presos

Créditos: Adriana Ribeiro
O deputado Plauto Miró (DEM), 1º secretário da Assembleia Legislativa, se reuniu com a secretária de Estado da Justiça, Maria Tereza Uílle Gomes, para apresentar o projeto “Superação”, da organização não-governamental (ONG) Abrace, que tem sede em Ponta Grossa. Plauto esteve no gabinete da secretária acompanhado do presidente da Abrace, Dorival Ignácio.
O projeto propõe a qualificação profissional de detentos durante o período de cumprimento de pena e depois, com a liberdade, a inserção no mercado de trabalho. A ideia é que os egressos sejam recebidos por incubadoras industriais – construídas por meio de parcerias público-privadas (PPP) - que devem empregar também os familiares desses ex-detentos. Além do emprego, todos receberão acompanhamento psicológico, social e religioso.
“Sabemos que ao voltar às ruas, depois de receberem a liberdade, os presos encontram dificuldade para trabalhar. Na maioria das vezes, até mesmo suas famílias não estão preparadas para recebê-los, o que contribui para que voltem a cometer crimes”, disse Plauto Miró. Para o deputado, o Superação é um projeto que pode ajudar o Estado na ressocialização de ex-detentos, diminuindo os índices de reincidência e criminalidade.
O projeto foi entregue à Secretaria de Estado da Justiça, e Maria Tereza adiantou que gostou da proposta. O projeto Superação pode ajudar a secretária no cumprimento de uma de suas metas nesta gestão: aumentar o número de presos que trabalham no sistema carcerário do Estado. Atualmente, o Paraná possui 15 mil condenados e apenas 24% deles trabalham, índice considerado pequeno.
Projeto – O projeto Superação prevê o atendimento aos presos em quatro fases. No regime fechado o detento receberá qualificação e trabalhará dentro dos presídios; Esse é um pré-requisito para que possa participar do projeto no regime semi-aberto, onde será oferecida qualificação específica voltada para as necessidades do Superação. Esse trabalho será voltado à produção, de forma remunerada.
Ao passar pelo regime semi-aberto o detento receberá o direito de participar do projeto no regime aberto. A última etapa prevê a contratação de egressos por empresas que participam da incubadora.
Dorival Ignácio lembra que o Superação tem o objetivo de dar a oportunidade dos presos, que já trabalham nos presídios, de continuarem com uma atividade laboral quando receberem a portaria de soltura.  “Por mais paradoxal que possa ser, o apenado quando está dentro do sistema se encontra empregado, mas quando recebe a liberdade ele se depara na maioria das vezes desempregado”, explica.
Ignácio diz que o projeto-piloto do Superação deve ser desenvolvido em Ponta Grossa e mais tarde ser levado para as cidades-pólo do Estado. A ideia é que uma primeira incubadora seja construída para a produção de material esportivo, como bolas, redes e camisetas. Nessas incubadoras trabalharão os familiares dos presos, que já estarão sendo qualificados dentro dos presídios. “Paralelamente ao trabalho, essas famílias estarão recebendo atendimento psicológico, moral e espiritual, para que na volta do detento às ruas, possa haver a integração familiar”, diz.
O projeto propõe ainda que, ao terminar sua pena e ser solto, o egresso seja imediatamente contratado na incubadora, onde sua família já está trabalhando. O presidente da Abrace lembra que juntos eles terão renda suficiente para suas necessidades. “Essa rede ajudará na redução da reincidência que muitas vezes é motivada pelo estigma da sociedade e a falta de oportunidade de trabalho para o ex-detento”, comenta.
Máquinas da gráfica – A Assembleia Legislativa e a Secretaria de Estado da Justiça já possuem uma parceria. No último dia 28 elas formalizaram a cessão dos equipamentos da extinta gráfica do Poder Legislativo para o Sistema Penitenciário do Estado. Ao todo, oito máquinas foram cedidas à Secretaria da Justiça para uso de detentos que trabalharão na produção de materiais didáticos. O objetivo é permitir a profissionalização e a inclusão social dos presos.
Os maquinários cedidos são: duas máquinas impressoras Prática Roland; uma máquina impressora GTO Heildelberg; uma guilhotina Fuutmod; uma picotadeira Rossi; uma picotadeira Gutemberg; uma dobradeira Baurhak BD-9 e uma dobradeira Baurhak BD-9.

Foto: Pedro de Oliveira

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