Posse de Paulo Bernardo Abre Espaço Ao Pt do Paraná

28/03/2005 11h14 | por GAZETA DO POVO
A posse do deputado federal Paulo Bernardo (PT) no Ministério do Planejamento abre o caminho para o PT do Paraná começar a traçar estratégicas de candidatura própria ao governo do estado para as eleições de 2006. O presidente do PT do Paraná, deputado estadual André Vargas, diz acreditar que a indicação do londrinense Paulo Bernardo para integrar o primeiro escalão do governo Lula mostra que o Paraná será ainda mais valorizado. "O nosso partido se consolida para apresentar uma candidatura própria e construir um projeto alternativo para governar o Paraná em conjunto com partidos e setores da sociedade que querem mudanças qualificadas para o estado", disse André Vargas.A corrente petista Unidade na Luta reuniu representantes de 101 municípios em Curitiba no início do mês e uma das decisões foi pela construção da candidatura própria. Entre os nomes pré-aprovados para a disputa estão o do próprio ministro Paulo Bernardo, o presidente da Itaipu Jorge Samek, o senador Flávio Arns e a diretora financeira da Itaipu, Gleisi Hoffmann. A previsão é de que o partido tenha definições no início de 2006. Até lá, o PT vai passar por um processo de disputa interna. No mês de setembro, ocorre eleição direta para a presidência estadual do partido. André Vargas disputa a reeleição, mas ainda não existem outros pré-candidatos declarados a concorrer ao cargo.Segundo Vargas, o processo de escolha da direção partidária deve servir de mobilização dos militantes e fortalecer o governo federal. "Claro que as críticas são bem-vindas, mas a maioria do PT e do povo brasileiro tem uma avaliação positiva do presidente Lula", afirmou. Além de debater a questão nacional, o deputado entende que o processo interno do PT vai discutir um programa alternativo de governo para o Paraná.Para pôr em prática o projeto de candidato próprio, Vargas voltou a defender a independência da bancada estadual em relação ao governo do estado. Dos atuais deputados, apenas André Vargas, Padre Paulo Campos e Tadeu Veneri votam contra o governo quando discordam de projetos ou mensagens do Executivo. Pedro Ivo Ilkiv, Élton Welter, Hermes Fonseca, Luciana Rafagnin, Ângelo Vanhoni e Natálio Stica são contabilizados como integrantes da bancada governista.O presidente é enfático ao lembrar que o PT é um partido que conta com mais de 50 mil filiados em todo o Paraná, é independente e cresceu muito nos últimos dois anos. "Devemos ter a liberdade para apoiar ou não o governo, criticando e evitando que erros sejam cometidos, além de fiscalizar a atuação do governador e de seus secretários", disse.Quando a atual direção assumiu em 2001, o partido estava organizado em apenas 50% dos municípios, tinha dois deputados federais, quatro estaduais, 10 prefeitos e 143 vereadores. Atualmente, o PT do Paraná está organizado em 391 municípios. Em 2002, o partido alcançou o melhor desempenho eleitoral da história com a eleição de um senador, seis deputados federais e nove estaduais. No primeiro turno da eleição foram mais de 50% dos votos para o presidente Lula, e no segundo turno o apoio do PT foi decisivo na eleição do atual governador.Em 2004, Vargas afirma que o PT voltou a demonstrar "vigor político", elegendo 29 prefeitos e 255 vereadores, projetando novas lideranças em todas as regiões do estado e levando seus candidatos ao segundo turno nos quatro municípios onde a votação ocorreu. Em Londrina, o partido foi vitorioso reelegendo o prefeito Nedson Micheleti e se consolidou como a segunda força política em Maringá, Ponta Grossa e Curitiba. Em Maringá e Ponta Grossa, o PT não conseguiu vencer o segundo turno e reeleger os prefeitos. Na capital, Ângelo Vanhoni foi derrotado por Beto Richa (PSDB).

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