Um projeto apresentado nesta semana pelo presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), pretende frear furtos e roubos de veículos no Paraná. O projeto quer regulamentar o destino dos automóveis velhos, que não podem ser recuperados e também aqueles apreendidos ou que são objetos de indenização por seguradoras. Pela proposta, os veículos só poderão ser desmanchados em empresas credenciadas pelo Departamento de Trânsito do Paraná, o Detran.
Segundo o autor, quando virar lei estadual, o projeto vai criar dificuldades para quem atua na receptação de veículos e peças de carros furtados ou roubados. Sabe-se, de acordo com Traiano, que esse tipo de crime está diretamente relacionado à existência de um mercado paralelo de compra e venda de autopeças e acessórios automotivos. E a intenção é coibir essa prática. Traiano afirma ainda que estabelecer regras mais rígidas para o desmanche de veículos é uma forma comprovadamente eficiente de reduzir os furtos e roubos.
No estado de São Paulo, depois que a legalização dos desmanches e a redução do espaço para a receptação de peças de veículos, começaram a funcionar, o resultado foi a queda de 11% nos furtos e 25% nos roubos de carros.
Também existe uma regulamentação federal do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) que trouxe avanços para o controle dos desmanches. Porém, a proposta paranaense vai além. Estabelece punições severas para quem for pego atuando de forma irregular no mercado de desmonte de veículos. Entre elas está a cassação da inscrição estadual do estabelecimento.
O projeto também determina que se faça um sistema de controle operacional informatizado que permita a rastreabilidade de todas as etapas do processo de desmontagem, desde a origem das partes e das peças, incluindo a movimentação do estoque.
Uma das consequências positivas do projeto e , que vai beneficiar toda a população, é o barateamento do custo do seguro de veículos.
A proposta também vai contribuir com o meio ambiente, já que estabelece diretrizes para que veículos classificados como inservíveis não fiquem abandonados e não sejam colocados em depósitos, e com isso, promovam a degradação ambiental, servindo de criadouro de insetos e animais que possam transmitir doenças à população.