Projeto que Amplia Acesso à Internet Tramita Na Assembléia Legislativa

15/06/2007 14h26 | por Flávia Prazeres
Para Editoria de PolíticaDistribuido em 15/06/07Jornalista: Flavia PrazeresA conexão à internet por fibra óptica, ou seja, através da rede elétrica já está sendo adotada nas escolas estaduais do Paraná, devido ao Programa de Inclusão Digital do Governo do Estado, podendo ser ampliado com a aprovação na Assembléia Legislativa do projeto de lei do deputado estadual, Francisco Buhrer (PSDB), que estende o programa as escolas municipais.O uso dessa tecnologia ainda representa uma novidade no País, sendo experimentada apenas em Porto Alegre, porém trata-se de uma pequena rede. Já no Paraná a internet por via elétrica alcança 2.100 colégios da rede pública de ensino. Segundo dados do Governo, as escolas têm laboratórios de informática com internet banda larga, via cabos de fibra óptica da Copel (Companhia de Energia Elétrica do Paraná).Para o deputado, a aprovação da medida legal resultaria em benefícios, pois poderia atingir a um número muito maior de alunos. Além disso, Buhrer entende que o uso da internet através da rede elétrica deve ser adotado em todo País. Ele explica que a tecnologia exige poucos recursos, porque a infra-estrutura já está toda pronta.Os laboratórios das escolas incluídas no programa adotam tecnologia multiterminal desenvolvida pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), que possibilita a ligação de conjuntos periféricos – formados por quatro teclados, mouses e monitores – em um computador, formando assim, quatro estações de trabalho independentes e suporte de software da Celepar-Informática do Paraná.O uso da banda larga por meio de fibra óptica é uma tecnologia que completa dois anos, oportunizando uma velocidade 10 vezes maior em relação à internet turbo. A conexão já é acessível para 65 municípios do Estado, inclusive aqueles com baixíssimo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) como Nova Esperança, Santa Amélia, Curiúva e Ortigueira.Buhrer espera que com o seu projeto de lei possa popularizar ainda mais o acesso à internet e auxiliar na consolidação do “Programa Digital” do Governo, que como ele defende: “Pode ajudar inclusive aos professores, que terão acesso a sites especializados sobre educação, apresentando diferentes formas de ensino. Além disso, irá democratizar ainda mais o programa em ampla expansão, que vem sendo realizado pelo Executivo, desde o ano passado”.“A conexão por fibra óptica se mostra como mais uma alternativa de inclusão à Internet, num país onde 95% da população têm energia elétrica. Além disso, como a infra-estrutura é de menor custo, esse sistema mostra-se como uma alternativa mais econômica para os usuários”, concluiu.TRÂMITE – Na Assembléia do Paraná, a proposta foi apreciada pelas Comissões Permanentes da Casa, inclusive pela Comissão de Constituição e Justiça, Educação e Finanças. A primeira analisa a constitucionalidade e a legalidade de todas as matérias. A segunda o mérito. E a última o impacto financeiro da medida legal nos cofres públicos e a previsão orçamentária. Agora, a matéria será votada pelos deputados em plenário e caso seja aprovada é enviada a sanção do governador Roberto Requião.CONEXÃO OPTICA - O anel de fibras ópticas da Copel tem 4.500 quilômetros de cabos instalados e cobre 146 cidades, que concentram 87% da população do Estado. “Para permitir o acesso à rede, a Copel começa a intensificar o sistema de cabeamento urbano”, afirmou o superintendente de Telecomunicações da Copel, Carlos Renato Oliveira Fontes. A nova onda de conexão ainda não é muito conhecida no mercado e pelos usuários da rede, mas funciona da seguinte forma: transmitem dados e voz em banda larga pela rede de energia elétrica, utilizando infra-estrutura já pronta, ou seja, a rede elétrica. A tecnologia começou a ser estudada no Brasil em 2000, sendo que a Copel realizou seu primeiro teste em 2001, mas o que muitas pessoas não sabem é que essa nova conexão, por meio de fibra óptica, está sendo usada em grande parte das escolas públicas, devido ao “Programa Digital” do governo estadual. A nova conexão é conhecida por PLC (Power Line Communications). Dentre as vantagens consta a velocidade, porém a conexão pode ser corrompida devido à distância, mas esse problema pode ser resolvido com o cabeamento e novas tecnologias. O uso desse novo meio de acesso à internet oferece mais benefícios do que desvantagens, entre elas, a facilidade de implantação, pois a rede elétrica é a mais abrangente em todos os países, e cobre 95% da população nacional. E não apenas isso, reduz os gastos com implantação de infra-estrutura independente, o que representa economia. Isso também gera praticidade, pois bastaria ligar um equipamento como esse na tomada, conectando o cabo de rede em seguida. Outro ponto importante é a alta taxa de transmissão podendo chegar a até 40Mbps nas freqüências de 1,7MHz a 30MHz. A segurança também é um ponto importante: ao contrário da rede Wi-Fi, onde um usuário pode tentar se aproveitar do sinal do próximo, no PLC quem compartilha do mesmo “relógio”, não tem como compartilhar a conexão de rede, devido à criptografia com algoritmo DES de 56 bits.Os eletrodomésticos podem também usar uma rede doméstica, com dispositivos Ethernet, USB, wireless ou ponte de áudio, esta conectando o computador às caixas de som, bastando comprar módulos PLC que inclusive já estão à venda. Iniciativa gigante é a que está sendo feita pela União Européia. Ela aprovou recentemente 9,06 milhões de Euros para apoiar o PLC, desenvolvida pela Opera (Open PLC European Research Alliance), uma aliança determinada a criar novas gerações de tecnologias para redes integradas, e, todo o projeto é co-financiado pela União Européia, beneficiando vários países da Europa – e inclusive outros, por tabela, já que a tecnologia nunca fica num só local.

Agenda

TRAMITAÇÃO DE PROJETOS

LEIS ESTADUAIS

PROJETOS PARA JOVENS

  • Visita Guiada
  • Geração Atitude
  • Parlamento Universitário
  • Escola do Legislativo
Assembleia Legislativa do Estado do Paraná © 2019 | Desenvolvido pela Diretoria de Comunicação