Proposta da Cpi das Ongs é Mais Ampla do que Investigar Padre Roque

27/03/2007 18h35 | por Edson Fonseca / (41) 3350-4058
As supostas irregularidades cometidas pelo ex-secretário estadual do Trabalho Padre Roque Zimmermann não é o foco da CPI das ONGs. A afirmação é do autor do requerimento, deputado Fabio Camargo (PTB), que garante que o objetivo é realizar um estudo amplo para regulamentar as relações do Poder Público com o terceiro setor.“Embora as denúncias que recaem sobre Padre Roque sejam sobre valores significativos, o universo que envolve os contratos do governo e das prefeituras é muito maior”, afirma Camargo. O deputado lembra que os R$ 5 milhões a que se refere a denúncia contra o ex-secretário são como “uma gota de água no oceano”.A CPI foi protocolada no dia 15 de fevereiro, data da abertura dos trabalhos no Legislativo paranaense, portanto, muito anterior aos problemas enfrentados por Padre Roque. “Não vamos tornar a CPI uma luta partidária, queremos o apoio de todos os representantes para que ao final da CPI o Paraná tenha uma legislação moderna para o setor”, analisa o deputado.Fabio Camargo afirma que não pretende revelar o nome das entidades denunciadas antes da hora. “Não pretendemos condenar ninguém por antecipação. Através das investigações, dos depoimentos, dos relatórios que vamos examinar do Tribunal de Contas e do estudo que a OAB tem sobre a questão vamos chegar naturalmente às entidades que são sérias e aquelas que estão cometendo irregularidades com dinheiro público”, explica.A instalação da CPI foi adiada para a próxima semana, após uma reunião de líderes dos partidos para decidir a composição. De acordo com o regimento interno, os integrantes são definidos pela proporcionalidade do número de deputados que cada partido tem, mas tradicionalmente, a presidência da comissão é destinada ao proponente.Pelo artigo 34 do regimento interno, que trata da composição das comissões, o PTB ficaria fora da CPI. Com isso, Fabio Camargo não poderia ser integrante, mas o PMDB concordou em ceder uma das duas vagas a que teria direito, para respeitar a tradição da Assembléia Legislativa. “Com isso o PMDB deu uma demonstração de democracia e que o governo não teme a investigação”, afirma Fabio Camargo. O deputado lembra que já recebeu a palavra do presidente Nelson Justus (PFL) e do primeiro-secretário Alexandre Curi (PMDB) para que os trabalhos comecem o mais rápido possível. Devem integrar a CPI os deputados Cleiton Kielse (PMDB), Plauto Miró (PFL), Péricles de Mello (PT), Ney Leprevost (PP), Carli Filho (PSB), Luiz Fernandes Litro (PSDB) e Fabio Camargo (PTB).

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