Distribuição de absorventes íntimos nas escolas da rede estadual e nas unidades básicas de saúde do Paraná. É o que prevê um projeto de lei aprovado em primeiro turno na sessão plenária desta segunda-feira (30) da Assembleia Legislativa do Paraná. A justificativa é que uma a cada quatro mulheres brasileiras já deixou de ir à escola por falta de absorvente e muitas até abandonaram os estudos. A proposta do deputado Boca Aberta Júnior (PROS), em conjunto com Goura (PDT), Cristina Silvestri (CDN), Mabel Canto (PSC), Cantora Mara Lima (PSC), Luciana Rafagnin (PT), Michele Caputo (PSDB) e Luiz Cláudio Romanelli (PSB), pretende, além de evitar essas situações, dar dignidade às jovens nas escolas públicas e às mulheres que procuram atendimento de saúde, uma vez que é destinada às cidadãs em vulnerabilidade social e econômica, como indica o autor.
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A proposta determina ainda que o Poder Executivo poderá receber doações de absorventes higiênicos de órgãos públicos, da sociedade civil, ONGs, e da iniciativa privada. O tema menstruação não deveria, mas é tabu até mesmo entre as mulheres. Imagine então a chamada pobreza menstrual? Um termo que poucos conhecem, e que nada mais é que a falta de acesso a itens básicos de higiene durante a menstruação, seja por falta de informação ou de dinheiro, porque os absorventes descartáveis são considerados itens cosméticos pelo mercado, muitas meninas não têm as mínimas condições econômicas para comprar o artigo, lembra o deputado Romanelli.
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Em maio deste ano, a Assembleia Legislativa do Paraná, através da Procuradoria da Mulher, participou da Campanha Dignidade Feminina, coordenada pelo Coletivo Igualdade Menstrual, que atua no combate à pobreza menstrual. O volume arrecadado foi repassado para escolas estaduais, que mantêm estoques de absorventes para doarem a meninas em situação de vulnerabilidade. A procuradora da Mulher, deputada Cristina Silvestri, que também assina o projeto de lei, comemorou a aprovação da proposta.
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